Our Souls at Night

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obrigada a todo mundo que chegou até aqui :( nem acredito que, enfim, chegou no fim.
muito obrigada por todo carinho com essa história. obrigada por tantos elogios, prometo ser ainda melhor numa próxima vez :)
e me desculpa pela demora mas essa história teve vários finais até que eu decidisse que precisava terminar ela de um jeito ou de outro, mesmo idealizando mil possibilidades. mas, não tinha outra forma de terminar ela. espero que vcs gostem :)))

***

2024.

Quando eu era mais novo gostava de pensar que durante a vida eu me apaixonaria por muitas pessoas. Seja homem, mulher, alto ou baixo, não importa. Eu queria me apaixonar por muitas pessoas. Porém, quanto mais o tempo passa, eu percebo que isso não acontece como eu gostaria.

São poucas as pessoas que realmente importam algo em nossa vida, e apesar de ser frustrante, dói menos quando aceitamos que a vida é isso. Eu gostaria de me apaixonar, gostaria de amar muitas pessoas mas não tive essa sorte. Para mim apenas uma pessoa foi capaz de causar essa euforia, apenas uma pessoa me deixou provar o gosto de amar alguém. Foi apenas ele, Choi Yeonjun, quem me ensinou o que era amar e que me mostrou até onde vai o amor.

Choi Yeonjun foi único cara que amei na vida.

Quão embaraçoso é isso? Os anos se passaram, não sou mais o garoto esquisito que fui no ensino médio. Tenho quase vinte e quatro anos e me sinto ainda tão estranho quanto era a alguns anos atrás. Há sempre algo faltando e é sufocante. Tanto tempo estando sozinho ainda não foi suficiente para me separar do passado e isso me esgota todas as vezes. Quero dizer, em algum momento eu deveria perder as esperanças, não? Talvez o garoto que amei aos dezesseis nunca mais fosse aparecer.

Nos primeiros anos foi muito fácil, eu era um cara comprometido e esperançoso, contava os dias, dizia a todos sobre tudo que vivi com Yeonjun. Meus pais me chamaram de louco por muito tempo, não acreditavam nessa história, afinal, ninguém em sã consciência acreditaria na história de um garoto que viaja no tempo. Em certo momento, até eu mesmo comecei a questionar o que vivemos juntos. Eu era um garoto deprimido e solitário, seria fácil demais inventar um namorado perfeito só para suprir minha carência. Mas, então, logo me lembrava de suas palavras, lembrava de suas promessas e da forma como seu corpo se movia sobre o meu e, então, concluía que minha mente nunca seria capaz de produzir algo tão divino quanto Yeonjun.

Os anos continuaram passando e com eles as minhas memórias se tornavam apenas memórias. Não havia mais o gosto dele na minha língua e isso fazia parecer distante, como se tudo aquilo tivesse sido vivido em outra vida, ou por outra pessoa.

Em algumas noites sua ausência não doía tanto, pensar nele não doía tanto e era quando eu podia sonhar um pouco. Sonhava em encontrar uma outra pessoa, alguém mais presente, alguém que não me fizesse esperar. Não posso me culpar por isso e sei que ele também não pode me culpar, quando se é adolescente tudo parece possível, mas quando o tempo passa percebemos que a vida não é um conto de fadas.

Tentei me envolver com algumas pessoas, na verdade, tentei me envolver com mais pessoas que os dedos das mãos podem contar, mas nunca dava certo. Nunca consegui beijar um cara ou uma garota sem que o rosto de Yeonjun viesse a minha mente e, era quando eu me sentia horrível. Sentia náuseas e enjoos e era como traí-lo. Meu corpo não reagia a outras pessoas, ninguém era bom suficiente, nenhum homem era firme como ele, nenhuma mulher era suave como ele.

Então, eu chorava, chorava porque sentia tanta falta do meu amor. Sentia tanta falta de beijá-lo e abraçá-lo e deitar minha cabeça em seu peito. Sentia falta de seu sorriso e de sua risada.

Oásis. [yeonbin]Onde histórias criam vida. Descubra agora