— Bom dia — Mal desejou ao recém marido. Ele estava em transe há observando. — Esta fazendo aquilo de novo? — Perguntou bocejando.
— O que?
— Me observar.
Poderia dormir mais um pouco com certeza.
— Você é linda e não acredito que seja minha esposa. — Confessou tirando o cabelo que escondia o rosto dela.
— Bobo. — Sorriu abrindo seus olhos para vê-lo com o sorriso que tanto conhecia. — Também não acredito que me casei com o rei de Auradon. Nossa! Onde estava com minha cabeça.
— Desculpa, como é?
Conhecia o tom irônico dela e somente riu e entrou na brincadeira.
— O que você tem que me levou a te dizer sim?
— O que eu tenho?
Ben a envolveu em seus braços e suas mãos percorreram o corpo dela.
— Oh, pode ser por isso. — Riu aceitando as carícias. Ben levou seus lábios até o pescoço dela. — Isso também. — A boca dele finalmente encontrou a sua e foi rápido a troca de posições. — Definitivamente foi isso.
Era a lua de mel deles e aproveitariam até o último instante.
O casal de recém casados estavam em Arendelle, Mal não era a garota ensolarada que amava sol, por isso Ben a levou até o lugar mais gelado do reino.
— Nunca pensei que iria dizer isso, mas aqui nunca tem sol?
Mal perguntou observando o céu do lugar.
— Sim, mas com a rainha sendo a rainha do gelo é raro ver o sol. Você não gostou? Eu posso pegar o...
— Ben, relaxa, adorei. — Tentou acalma-lo. — Principalmente as comidas, isso aqui é muito bom, parece gelado, mas na boca é quente, não sei explicar.
— Mal, que comida não gosta?
Perguntou limpando o canto da boca dela.
— Frutos do mar, aquilo tem um sabor horrível.
— Próxima viagem, Atlântica. — Brincou. — Quem dera se pudéssemos viajar de férias assim sempre.
— É, ser rei e rainha tem suas desvantagens e vantagens.
— Tem vantagem? Qual que eu não estou sabendo?
— Várias, posso estacionar onde quiser, posso ir em todos os reinos e posso comer essas comidas estranhas e boas.
Mal levantou da mesa e Ben não entendeu o porquê
— Isso você poderia fazer sem ser rainha.
Mal pegou um pano para limpar a boca dele, mas ao contrário do que ele fez, Mal beijou o canto da boca.
— E tem você.
— Pegou a coroa só por mim? Que escolha duvidosa rainha Mal.
Brincou ainda preso nos olhos verdes.
— Cala a boca, Florian. — Deu um leve tapa no ombro do rapaz que a puxou para sentar em seu colo. — Sabe, a gente poderia fazer mais coisas do que só ficar no quarto — Reclamou, tentando dizer com a boca dele colada na sua.
— Estou feliz aqui, mas podemos desbravar Arendelle.
(...)
— Tem uma floresta no norte, é especialmente linda no verão.
O guia dizia com os dois, que andavam de mãos dadas pelas ruas do reino.
Mal tirou os olhos da paisagem e quando fez isto notou os lábios quase azuis do marido.Ele ao contrário dela é muito sensível ao frio, enquanto Mal nascida na Ilha, sabia lidar com baixas temperaturas.
— O que foi? — Ben perguntou tentando não gaguejar ao ver os olhos de Mel ficarem verdes florescentes. Mal prendeu sua boca contra a dele e assim que os lábios dela que estavam quentes tocaram os seus foi como um aquecedor. — Uau! Isso foi Uau!
— De nada.
Mal o puxou pela mão, pois o rapaz estava abismado demais com o feito da esposa, esposa dragão.
(...)
— Isso é lindo, não acha?
Ben perguntou quando chegaram no alto da montanha.
— Muito.
Mal comentou rápido só abraçando ele mais forte e vendo o lugar com profunda admiração. Este silêncio que ficou sobre eles não era constrangedor, ambos gostavam e não sentiam necessidade de falar nada.
Mal entrelaçou sua mão enluvada na dele e os dois ficaram vendo o pôr do sol, igual faziam em Auradon.
— Obrigado.
Ben disse interrompendo o silêncio.
— Ainda pelo beijo? Não foi difícil concentrar o calor do meu corpo na minha boca, só para você saber.
Era incrível como ele estava tão chocado com o que era mínimo para ela.
— Não é isso, embora tenha amado isso. Quero te agradecer por ter aceitado se casar comigo.
Mal o encarou. Se soubesse que para ela era tão ou mais inacreditável pensar que se apaixonou sendo quem era.
— Obrigada por ter pedido. — Tirou sua luva e a dele que iria reclamar até ver que ela só entrelaçou elas de novo e beijou as duas alianças unidas. — Te amo.
— Eu também, para sempre.
(...)
— Não te achava um rei bobão, só meio idiota.
Os dois estavam em uma banheira de água quente. Conversavam sobre tudo que podiam, enquanto aproveitavam o abraço um do outro.
— Por que? Só porque resolvi trazer os filhos dos maiores vilões para Auradon?
— Ben, quem em sã consciência faria uma coisa dessas? Só a minha mãe destruiu metade dos reinos antigos.
— Em minha defesa, não conseguia pensar em outra coisa a não ser você tinha dias.
— Você é fofo. — Beliscou as bochechas vermelhas dele. — Por isso te achava meio inocente demais.
— Quis dizer bobo?
— Você não me achou uma ameaça catastrófica para seu reino?
— A única coisa que pensava e fiquei pensando o dia todo, era se você realmente era a menina dos meus sonhos.
— Precisamos perguntar a Fada Madrinha sobre isso.
— Sobre o que? Os sonhos?
— Sim, não é normal sonharmos um com o outro antes de nos conhecermos.
— Para mim parece bem normal.
— Isso só mostra que sempre estivemos destinados a estar juntos, mas não responde tudo. — Ben a e Mal tinha aquela cara de quando pensava sobre algo. Ele amava aquele olhar dela. — É sério, tem que me parar de olhar desse jeito.
— Não dá, não consigo, ainda não consigo acreditar que é minha esposa.
As bochechas dela coraram, por isso antes que o rei a fizesse ficar com mais vergonha lhe calou com um beijo.
— Não quero voltar para casa.
— Auradon consegue viver sem a gente, não é?
— Com certeza.
Voltaram a estar como estavam no início do dia, deitados nos braços um do outro não desejando nada além do que isso.