Capítulo 2

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Os raios luminosos do sol deitavam em sua janela. Logo pela manhã a brisa suave invadiu o seu quarto, despertando William de seu sono. Por mais que ainda estivesse triste, não podia negar que ele passou uma noite agradável em sua casa nova.

Sua moradia era aconchegante e confortável, um tanto grande demais para duas pessoas, mas o lugar era realmente bonito. Pelo o que Licht lhe disse, havia um grande espaço para construir um belo jardim no quintal dos fundos.

Antes de tomar um banho para começar o seu dia, William arrumou a sua cama de forma impecável, separou algumas peças de roupa e rumou para o banheiro. Ele precisava se preparar para aquele novo dia. Estava em seu novo lar e ele se esforçaria para conhecer o lugar e as pessoas que viviam lá.

A água refrescou o seu corpo e vestido de tecidos leves e confortáveis. Vangeance foi para a cozinha onde o seu amigo já preparava o café.

- Bom dia, Licht! Você já fez os pães? Eu farei o nosso café então! - se dirigiu ao amigo sorrindo doce para ele enquanto procurava tudo o que precisaria para fazer a bebida favorita deles.

- Bom dia, Lliam! Eles já estão quase prontos, quando o seu café terminar, eles já estarão na mesa.

Licht era sim o servo pessoal do ômega. E os dois desenvolveram uma relação de extrema cumplicidade e afeto. Sempre que o outro podia, lhe ajudava nas tarefas. Eram praticamente apenas os dois no clã Vangeance, porque a família do ômega mal ficava perto dele. Logo William passou a oferecer ajuda, no começo o mais velho recusava, mas o ômega contestava e dizia que se ele lhe ajudasse, o outro acabaria suas obrigações mais cedo, tendo mais tempo para se divertirem juntos. Dessa forma, Licht fazia tudo sozinho apenas quando ambos não estavam sozinhos.

Alguns minutos depois, a mesa do café estava pronta, os dois riam e conversavam, lembrando de seus experimentos culinários que não deram certo. Os risos de William sempre eram mais contidos, mas na presença do amigo ele conseguia ser bem mais espontâneo e despreocupado.

Quando William ia se servir, ouviram bater na porta e ele se levantou para atender. Licht já ia repreendê-lo, dizendo que era ele quem deveria atender, mas o ômega apenas levantou uma das mãos negando com a cabeça.

Antes de chegar à porta, colocou a sua máscara rapidamente.

- Bom dia, senhor! Bom dia Yami - cumprimentou com humildade – Estamos para tomar café da manhã, gostariam de se juntar a nós? - a voz suave e tranquila do rapaz era tão serena que chegava a soar melódica.

- Só se você prometer não me chamar de senhor, Jullius está bom, ou sogro também – gargalhou no final com a sua própria piada idiota. - Claro que queremos, dá pra sentir o cheiro do café de longe!

Entrou descontraído na residência, Yami cumprimentou o seu prometido com um maneio de cabeça e entrou logo atrás de seu pai.

- Sentem-se por favor... - pediu ao se sentar.

Licht já estava de pé para servir aos convidados, não é porque ele e William tinham um tipo de relação diferente, que ele não agiria com presteza e polidez com os outros dois.

Logo as fatias cortadas do pão estavam em seus pratos, as geleias e manteigas à vista, tudo em uma bela refeição matinal. Yami pediu apenas um pouco de café, alegando não estar com muita fome.

Claro que Jullius estranhou levemente o fato do noivo de seu filho ir atender a porta, mas de verdade ele achou aquilo tão curioso, que ficou mais intrigado do que incomodado.

Yami estava sem a menor paciência por estar ali, nada contra o noivo, mal o conhecia. O fato de ter sido tirado de suas atividades matinais, realmente deixa ele de mal humor, não poder treinar ou andar por aí com os seus animais de estimação. Mas seu pai Marx lhe encheu a cabeça de que deveria mostrar a vila para o ômega. No fim, não pôde negar ao pedido de Marx, seu pai era gentil, mas sabia ser medonho se fosse contrariado ou se fosse preciso.

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