Capítulo 7

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O festival terminou depois de muita comida, bebida, dança e festa. O povo estava alegre e animado com o noivo de Sukehiro, todos o receberam muito bem. Claro que ocorreu o episódio com Charlotte, mas William não deixou o comentário dela abalar ele, principalmente porque o seu noivo não só aceitou o presente, como também pareceu gostar bastante dele.

A flor de lótus que ele ganhou era linda e a vontade dele era de não tirá-la mais. Toda aquela gentileza que ele via no noivo, apenas fazia ele se encantar mais. Admitia apenas para si mesmo, que por alguns segundos, quando Yami se despediu dele com um beijo na bochecha, ele por uma fração de segundos, achou que o beijo seria na boca. Só de lembrar da sensação, o seu coração já disparava.

Yami antes de voltar para casa procurou William para acompanhá-lo até em casa. Claro que Licht quando notou isso, inventou qualquer desculpa para o amigo, dizendo que queria correr e comprar qualquer coisa antes de retornar para casa, e com isso William e Yami voltaram lado a lado, conversando, trocando alguns sorrisos em uma conversa amena.

Quando o alfa lhe deixou na porta e foi se despedir, William quase, eu disse quase, pediu um beijo em seus lábios, mas a vergonha e a timidez falaram mais alto e ele não conseguiu dizer nada. Mas recebeu um singelo beijo em seu rosto que por consequência avermelharam as suas bochechas imediatamente. Se despediu e fechou a porta, com o coração disparado e com a dúvida martelando em sua cabeça se ele deveria ter tomado um pouco mais de coragem e realmente ter pedido um beijo na boca.

Do outro lado da porta ficou um confuso Yami, que jamais imaginou que ele conseguiria ser tão doce com alguém tão puro. Normalmente os homens e as mulheres caíam aos seus pés, implorando por seus beijos e seus toques. Claro que ele sempre respeitava a vontade dessas pessoas, não fazendo nada que elas não quisessem, mas jamais precisou ser tão paciente com alguém.

E o pior é que agora, toda a doçura e gentileza do ômega, estavam fazendo florescer intensos sentimentos dentro dele.

Yami seguiu para a sua casa, se perguntando mentalmente, se ele poderia ter sido um pouco mais ousado, e pedisse permissão para beijar a boca dele.

***

Marx julgou que o festival foi um grande sucesso. Os membros do clã pareciam ter se encantado com a educação e simplicidade que William transbordava. Um sorriso faceiro brincava em seu rosto, imaginando que seu filho seria muito feliz com este casamento.

Se fosse parar para refletir agora, não saberia dizer o porquê de ter aceitado um estrangeiro como noivo de seu filho, mas agradecia por ter seguido a sua intuição.

- Marx? - se aproximou do ômega, passando os seus braços ao redor da cintura alheia e inspirando o aroma fresco que se desprendia da sua pele.

Sorriu e se virou no abraço para ficar na ponta dos pés e selar os seus lábios nos do alfa.

- Sim, alfa?

- Nada demais... Apenas achei você com o pensamento longe daqui.

- Eu estou pensando em nossa família... - desfez o abraço e segurou na mão de Julius – Eu tenho uma boa intuição sobre a união do nosso filho, mas eu também acho que vamos enfrentar alguns percalços pelo caminho.

- Você diz isso pelo que terminou de examinar nas memórias de Liebe? - indagou desfazendo o abraço e terminando de se arrumar para dormir.

- Também... Mas eu confesso que usei os meus poderes em William – o alfa olhou para ele em repreensão – foi rapidinho, Julius.

- Marx... - suspirou – se você quer que ele confie em nós, te aconselho a não tornar a fazer isso sem a permissão dele, ou ele nunca confiará em você... E ele me parece ter bastante apreço por você.

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