CAPÍTULO 11

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*flashback on*

A família Smith estava tomando o café da manhã como qualquer outro dia comum.
John e Elizabeth Smith, junto de seus dois filhos Joanna e Max, estavam sentados à mesa, comendo waffles. Parecia uma manhã tão tranquila, tão pacífica. Mas o que as crianças não esperavam era ouvir um longo estrondo acompanhado por uma explosão.
Tudo aconteceu tão rápido. Mal deu para perceber o que estava acontecendo quando alguma coisa atingiu a parede da sala de jantar, fazendo com que tudo desabasse. Joanna ouviu gritos agudos de sua mãe, mas logo após isso, a garota desmaiou.

Depois de um tempo, Joanna acordou com seu irmão sacudindo-a desesperadamente.

- Joanna! Por Favor acorda! - O irmão gritava.

A garota se sentou colocando a mão na cabeça, que doía. Tirando a mão de lá, sentiu o sangue escorrendo pela sua testa.
Ela olhou em volta, ainda confusa. O lugar que antes era a sala de jantar, agora era apenas destroços.
Ela olhou para o irmão ainda sem entender o que havia acontecido. Mas assim que olhou para o rosto dele, ela arregalou os olhos. Havia um corte gigantesco cortando o rosto do garoto. Seu olho esquerdo estava inchado e ele não conseguia abri-lo.
Joanna automaticamente colocou a mão no rosto do irmão.

- Meu Deus Max! O que aconteceu? - Ela perguntou preocupada com Max. O garoto sentiu uma pontada de dor quando a irmã colocou a mão em seu corte. Ele retirou a mão dela com delicadeza.

- Um míssil entrou pela sala e explodiu na cozinha. Depois disso, a casa inteira caiu e eu desmaiei. - Max disse, tirando uma laje de cima da perna da irmã, e ajudando-a a se levantar.

- Onde estão a mamãe e o papai? - Joanna disse olhando para os lados, assim que se levantou.

- Eu não sei. Só lembro do papai gritando para nos abaixarmos. - Max disse olhando para os lados também. Joanna olhou para o espaço atrás de seu irmão, e viu alguma coisa se mechendo em baixo dos destroços.

- Alí! - Joanna apontou e correu para perto dos destroços que se mechiam. O irmão veio logo atrás. Os dois ajudaram a empurrar os destroços e logo viram a mãe deles. Ela chorava.

- Mãe você está bem? - Joanna perguntou, vendo que a mãe estava sangrando no abdômen. Parte do rosto dela havia sido queimado por conta da explosão.

- Onde está o papai? - Max perguntou. Elizabeth olhou para o lado. As crianças seguiram o olhar dela até o corredor, onde uma parte do telhado havia caído. Em baixo das telhas, havia uma mão saindo para fora. O pai dos garotos havia sido esmagado.
Elizabeth voltou a olhar para os garotos ainda chorando por conta do marido. Ela estava perdendo muito sangue.

Joanna levou a mão até a boca. Ela olhou para a mãe novamente, assustada. A mãe sorriu para as crianças com carinho e fechou os olhos lentamente. Joanna entrou em desespero.

- MÃE! TEMOS QUE CHAMAR UMA AMBULÂNCIA! - Joanna gritou para Max, colocando as mãos no abdômen de Elizabeth, tentando parar o sangramento.
Max correu para o outro lado do cômodo para achar um telefone. Joanna já estava afogada em lágrimas.

Depois de um tempo, os paramédicos chegaram na construção, mas já era tarde demais. John e Elizabeth já estavam mortos.

Joana e Max foram levados para o hospital.
Logo depois eles tiveram que lidar com uma assistente social, já que eram menores de idade; Joanna tendo 16 anos e Max 17; e não tinham um responsável legal.
A guarda dos dois foi passada para uma tia distante.
Os dois então iriam morar com a tia, depois da tragédia daquele dia.

No hospital, os irmãos foram colocados juntos, no mesmo quarto. Joanna notou que Max estava muito quieto. Apesar de os dois terem acabado de perder os pais, Max não chorava e nem se lamentava. Ela se perguntava se ele ainda estava em choque.

Descendente StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora