Improvável

Vinho Tinto

-Ludmilla: Ei... – chamou Brunna antes de sair da sala e a loira lhe olhou atenta – Aceita beber um vinho tinto comigo essa noite, depois que nos desocuparmos? – questionou tímida e envergonhada.

-Brunna: Você envergonhada fica linda. – sorriu – Só aceito se for na minha casa – respondeu – E de recompensa eu faço um jantar pra gente, caso eu não queime tudo.

-Ludmilla: Ok. – respondeu sorridente.

Brunna se aproximou lentamente até a porta enquanto a morena lhe observava.

A loira prendeu a mão em seus cabelos e lhe deu um beijo lento e calmo. Brunna tinha esse jeito desejável que fazia pegar fogo em questão de segundos. E a timidez misturada com o jeito fofo e intimidador de Ludmilla lhe deixava fissurada.

-Brunna: Te espero às 20:00. Mando o endereço depois. – deixou um ultimo beijo, um beijo casto e a morena se foi.

(...)

Ludmilla havia chegado no aeroporto e aguardava a mãe no estacionamento, logo avistou a morena de cabelos longos com as malas, vindo em sua direção. A empresária saiu do carro e a recebeu com um abraço aconchegante.

-Silvana: Senti saudades, meu amor! – sorriu em meio ao abraço.

-Ludmilla: Eu também, mãe. – a morena a ajudou a colocar as malas no carro e arrancou dali com velocidade para sair do foco dos paparazzis.

-Silvana: Como você está diante de tudo isso? – questionou calma.

-Ludmilla: Não sei, acho que a fixa ainda não caiu, não sinto nada, eu acho. – respondeu sincera. Não havia tido tempo pra digerir tudo.

-Silvana: Aquela advogada é extraordinária, a experiencia dela com o assunto, a forma como lhe dar com a mídia. Fez uma ótima escolha. – disse.

-Ludmilla: Ela é ótima, me ajudou bastante quando precisei – disse – Ela é irmã da Lari. – disse sorrindo.

-Silvana: Larissa como sempre escondendo a vida pessoal da gente – sorriu.

-Ludmilla: Aparentemente as duas são assim, mas são pessoas incríveis. Criei até uma amizade com a Brunna, ela me passa lições de vidas reflexivas. – disse por impulso, falar de Brunna lhe dava conforto. Mas parou de comentar sobre ela, enfim mudando de assunto, pois sua mãe não poderia ousar imaginar algo relacionado a lesbianismo.

-Ludmilla: Mas e aí? Como está sendo em SP? – perguntou sorridente para a mãe.

-Silvana: Levo uma vida tranquila, me sinto bem lá. – respondeu – Você podia ir me ver, ou quem sabe ir morar lá, já que saiu desse relacionamento. – disse esperançosa.

-Ludmilla: Pode ser... vou pensar. – a única coisa que pensou foi em Brunna, estava gostando do pouco que tinham iniciado...

O resto do caminho foi silencioso até o apartamento que visitariam, Ludmilla o usou para pensar na loira que encontraria em breve. Brunna lhe trazia paz e uma sensação de segurança, não sabia se era por tudo que a loira fez e sentia gratidão ou se... estava prestes a desenvolver algo por ela.

Encontraram com um corretor e observaram alguns apartamentos, mas Ludmilla optou por uma casa, teria mais privacidade e mais espaço.

Sendo assim, gastou mais tempo observando algumas em um condomínio luxuoso e de seu gosto. Ludmilla se encontrava em duvida entre duas casas, decidiu então dar uma resposta ao corretor de imóveis nos próximos dias quando tivesse tempo para pensar melhor. Perder a empresa não era uma opção, estava em seu nome e Gabriel havia feito apenas investimentos baixos, não lhe prejudicaria. Acreditava que o homem teria feito apenas para ameaça-la.

As duas voltaram ao hotel em silencio, Silvana ainda insistia para a filha não comprar a casa e ir embora para São Paulo com ela. Mas Ludmilla estava em dúvida, talvez pudesse reconstruir sua vida aqui, no lugar onde amava.

Assim que chegaram no hotel Ludmilla pagou o quarto da mãe e a avisou que sairia com um amigo, para que a mãe não desconfiasse. Afinal ela já tinha dado muito na cara quando elogiou de mais a advogada, ir na casa dela então, seria inicio de uma especulação para sua mãe. Teria que tomar cuidado, não poderia colocar sua visibilidade e da advogada da mídia, nem tinham nada e não poderia se arriscar e expor isso. Prejudicaria seu caso, e talvez Brunna não gostasse.

Ludmilla ainda não havia parado para pensar nos seus sentimentos, se Brunna a correspondência caso se apaixonasse por ela. Ludmilla não havia parado pra pensar no que sua mãe acharia, ou se estava sendo impulsiva. Nem parou pra pensar em sua sexualidade...

Os beijos de Brunna lhe causaram mais do que Gabriel lhe causava na cama, comparado aos beijos da loira, o toque de Gabriel parecia frio, um prazer minúsculo, por mais que ele soubesse fazer muito bem. Mas a loira tinha um toque especial...

Ela vestiu uma roupa casual mas que mantivesse seu estilo imponente.

A morena parou apenas para comprar 2 garrafas de vinho e seguiu para o endereço que Brunna havia lhe enviado horas antes. O caminho era longo e o trânsito estava intenso, ela batia os dedos sobre o volante se perguntando o por quê de ter inventado isso... Brunna lhe causava sensações atrativas e insanas, Ludmilla não conseguia entender, só queria.

(...)

Ludmilla chegou e ficou mais de 5 minutos dentro do carro enquanto encarava a casa. Estava tímida e nervosa, não sabia o que rolaria depois de duas garrafas de vinho, mas dentro de si, implorava para que acontecesse. A morena desceu do carro ainda nervosa e foi até a porta principal, apertou a campainha e ouviu alguns passos e logo a porta se abriu dando de cara com a loira.

-Brunna: Oi. – sorriu tímida – Vem... fica a vontade.

Pareciam duas adolescentes.

-Ludmilla: Posso por aqui? – questionou quando chegou na cozinha.

-Brunna: Claro. – a encarou – Estamos parecendo duas crianças. – disse sorrindo.

-Ludmilla: Eu estou nervosa, nunca fiz isso antes. – disse tímida.

-Brunna: Tudo bem. Vem, vou te mostrar a casa. – disse puxando a mão da morena.    

__________________

Desculpem demorar a postar, mais estou sem internet onde estou!

Provavelmente volte a postar normalmente quarta-feira.

Enquanto isso, comentem bastante!