Aqui

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O céu estava nublado e o quarto escuro, eram 6:15 da manhã, Brunna estava de folga então nem se preocupou com o horário em que iria dormir ou acordar, por isso nem usou o despertador. Mas o seu subconsciente estava ali e ele não falhou.

A loira abriu os olhos rapidamente, e como em uma situação antiga, sentiu que Ludmilla já tinha ido embora, mas era somente sua insegurança deixada por Patty.

Quando olhou pra baixo a morena ainda estava sobre seu peito, com os cabelos espalhados por seu corpo e as mãos em volta da sua cintura. Brunna aproveitou para observá-la, não devia estar se sentindo tão bem com a morena ao sobre si, era como se Ludmilla fosse algo que faltou em toda sua vida, mas parecia ter encontrado...

Seus olhos percorreram o corpo da morena, ela analisou as pequenas tatuagens distribuídas em lugares aleatórios. A pele macia e bronzeada, a silhueta perfeita... o corpo nu de Ludmilla sobre o seu era o encaixe perfeito.

Não podia estar começando a se apaixonar... e se ela fosse embora?

Brunna respirou fundo e sentiu os braços da morena lhe abraçarem mais forte, seu corpo se aninhar mais. A loira de um sorriso de lado, tentou pegar no sono mar era impossível, optou por ligar algo na TV...

Um filme qualquer. Enquanto assistia, ainda tinha a morena com o corpo sobre o seu, e a pele arrepiada pelo frio. Brunna pegou o edredom afastado pela morena durante o sono e a cobriu.

(...)

A audiência seria em 2 dias, mas a advogada já tinha tudo completamente organizado, apenas revisaria algumas vezes. O divórcio seria assinado, Gabriel querendo ou não, a audiência seria somente para repartir os bens financeiros caso necessário. Já que Ludmilla tinha documentos comprovando que a empresa era completamente de sua posse.

Em torno das 08:00 a morena acordou, sentiu o barulho da TV baixinho, os raios solares bateram em seus olhos e ela rapidamente fechou os olhos. Inspirou fundo e sentiu o cheiro que lhe era tão conhecido.

-Ludmilla: Acordada a muito tempo? – perguntou baixo.

-Brunna: O suficiente pra assistir o filme e te observar... – respondeu.

Ludmilla sorriu corada e tímida, Brunna conseguia deixa-la com vergonha em poucas palavras.

Nunca havia tido a sensação de pertencer a alguém, não em sentido de posse. Mas gostava do calor que Brunna lhe transmitia, da educação e carinho da qual era tratada.

-Ludmilla: Meu corpo está dolorido. – disse afundando o rosto no pescoço de Brunna, causando arrepios na loira.

-Brunna: Foi intenso. – sorriu ao apoiar a mão na cabeça da empresaria que deixou beijos por ali.

-Ludmilla: Muito... Eu amei, Brunna. – disse sincera e recebeu um "também" da loira. – Admito que queria ficar mais um tempinho aqui por quê passei a adorar sua companhia de energia leve. Mas preciso ir...

-Brunna: Eu também gosto da sua companhia e entendo que tenha coisas pra fazer. – respondeu calma e deixou um beijo na têmpora da empresaria. – Mas tenho que levantar tambem, tenho seus processos pra revisar.

Ludmilla se assustou quando sentiu uma bola de pelos pular sobre seu corpo.

-Brunna: É... meu cachorro. – engoliu seco tentando segurar a risada.

Ludmilla deslizou as mãos sobre os pelos de Calleb o acariciando, o cachorro logo subiu sobre seu colo a lambendo.

-Ludmilla: Ele gostou de mim. – sorriu – Qual o nome?

-Brunna: Calleb.

As duas ficaram ali por mais um tempinho, agora com a presença de Calleb. Depois Ludmilla se vestiu, deixou um selinho nos lábios de Brunna, colocou um óculos escuro e correu para o carro. Não seria bom lhe flagrarem saindo da casa de sua a advogada as 9:20 da manhã...

Brunna tomou um banho rápido, secou os cabelos e vestiu somente um moletom. Revisou rapidamente os documentos, as clausulas e as solicitações pedidas ao juiz e depois almoçou sozinha na companhia do seu amado vinho tinto. Enquanto o bebia a loira lembrava da noite anterior, e o sorriso se alargou em seus lábios.

Usou a tarde para ir ao salão, queria cortar um pouco o cabelo que já havia crescido e mantê-lo no tamanho que adorava, aproveitou e intensificou o loiro que já estava longe da raiz.

(...)

Ludmilla chegou no hotel por volta das 10:00, cheirava a sexo então rapidamente tomou um banho, seu corpo estava dolorido, mas era a melhor dor da sua vida. Olhou-se no espelho ainda nua e tinha marcas no corpo, chupões pela barriga, clavícula e pescoço... mas tinha certeza de que Brunna estaria da mesma forma. A morena cobriu as pequenas marcas do pescoço com maquiagem, vestiu um look de sua nova coleção e foi direto para a reunião marcada.

A empresaria teve o dia completamente ocupado, aproveitou para dar uma resposta ao corretor e finalmente escolher sua casa, marcou a mudança e fez algumas outras coisas

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A empresaria teve o dia completamente ocupado, aproveitou para dar uma resposta ao corretor e finalmente escolher sua casa, marcou a mudança e fez algumas outras coisas. Neste momento estava no carro acompanhada de sua mãe, iriam jantar juntas.

-Silvana: Então vai continuar aqui? – questionou.

-Ludmilla: Sim, posso controlar a empresa de perto e tenho mais contratação pra fotografar aqui. – disse sincera, e agora também tinha outro motivo, Brunna, tinha que entender o que possivelmente estaria sentido. E seria mais fácil tendo a loira por perto. – Já assinei as papeladas, depois de amanhã, após a audiência eles me entregam as chaves da casa.

-Silvana: Ok, eu sei que você sempre gostou do Rio, se aqui te faz bem, então deve ficar aqui.

As duas jantaram em silêncio e ao voltar pro hotel conversaram sobre assuntos aleatórios e como Ludmilla pretenderia dar rumo a vida.

A morena entrou no quarto e estava sozinha novamente, abriu o Instagram e viu algumas noticias sobre Brunna, ela agora estava entre as 20 mulheres mais poderosas do Brasil, nomeada pela revista Forbes. Ludmilla ficou feliz por ela, pois quando entrou entre as 20 foi um avanço extremo em sua carreira.

WhatsApp:

-Ludmilla: Então minha advogada está entre as 20 mulheres mais poderosas do Brasil? – enviou a mensagem puxando assunto enquanto esperava a banheira encher.

-Brunna: Exatamente, minha cliente também, sabia...

-Ludmilla: O que cê tá fazendo? – perguntou enquanto mordia os lábios, esperava que a resposta fosse um "nada".

-Brunna: Nada, e você? – questionou provocativa do outro lado da tela.

-Ludmilla: Processos não vão bem quando o cliente está nervoso... – disse entrando na água.

-Brunna: É? – mandou em áudio. – Descobri exatamente a mesma coisa... – concluiu.

-Ludmilla: Acho que 'cê' tem a missão de vir aqui, não acha? – respondeu em áudio, com a voz provocativa. – Hotel ****** 12° andar, quarto 06.

-Brunna: Estou chegando. – digitou e enviou rapidamente.

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