Em perigo

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Mudei um pouco a ideia, se a fic conseguir os 300 comentários eu faço outra maratona no sábado.

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Ludmilla acordou após reviver tudo novamente em um pesadelo, sentou-se rápido, ainda com a respiração ofegante. Brunna não estava mais ao seu lado, mas viu o pequeno relógio com o vidro estilhaçado sobre o móvel ao lado da cama, e deduziu que ela realmente estava intacta, em casa. A morena respirou fundo, inspirando e expirando sequencialmente até recompor-se, era difícil, após o "trauma" mais cedo.

Ludmilla então desceu as escadas vagarosamente e pode ouvir a conversa...

Ligação:

-Brunna: Eu não sei Larissa, mas foi muito estranho. - dizia enquanto andava de um lado para o outro. - Eu havia mandado revisarem o carro semana passada, era completamente impossível o pneu estourar assim.

A loira passou então alguns segundos enquanto ouvia Larissa falar...

-Brunna: Não tenho nada em mente, mas vou resolver isso, nem que eu tenha que confrontar o diabo. - dizia aparentemente fria. - Mas com certeza não foi um acidente comum, não existia a mínima probabilidade. - sorria irônica enquanto a irmã respondia. - Não, meu carro está todo amassado, provavelmente nem tenha concerto. - respirou fundo. - Tudo bem, te ligo mais tarde, e te aviso se precisarmos de qualquer coisa. Te amo, Lari.

Ludmilla desceu mais alguns degraus e a loira ficou a visão em seu corpo, coberto apenas por um blusão da advogada.

-Brunna: Tudo bem? - questionou fria.

Ludmilla assentiu milimetricamente, seu olhar era confuso, inseguro e de medo. Conhecia aquela Brunna que estava ao seu lado, carinhosa e dedicada, mas não sabia até onde sua ânsia de vingança iria.

-Brunna: Vem cá. - chamou com a voz rouca, antes de prender os lábios entre os dentes e relaxar os ombros.

A empresaria andou em sua direção com cautela e a loira logo a puxou para seus braços, aninhando seu corpo ao seu. Sua mão circulava o pescoço de Ludmilla, puxando seu rosto e o apoiando em seu ombro. A empresaria tinha as mãos circulando sua cintura perfeitamente "desenhada" repleta de arranhões e marcas de dor...

-Ludmilla: Não se coloca em perigo, por favor... - pediu baixinho.

-Brunna: Eu vivo em perigo, eu sofro ameaças e as vezes sou alvo marcado. - sorriu fraco.

-Ludmilla: Eu só quero que fique segura, e que se for fazer algo, que faça da forma certa. - disse baixinho, entre o ombro e o ouvido de Brunna.

Brunna sorriu em compreensão, apertando ainda mais o corpo de Ludmilla ao seu.

-Ludmilla: Fica aqui hoje? - pediu impulsiva.

-Brunna: Fico.

A advogada deslizou os dedos pelos cabelos macios de Ludmilla, enquanto a sentia respirar mais leve. Não queria coloca-la em perigo, mas infelizmente era isso o que sua carreira lhe imponha. Ameaças; manipulações e chantagens. Ser reconhecida, não era sinônimo de felicidade e boa vida, tinham consequências, e muitas vezes elas causavam riscos mortais.

Ao olhar nos olhos de Ludmilla, Brunna podia sentir toda delicadeza e calmaria que exalava dali. Seu jeito terno e atencioso era deslumbrante. Ludmilla não merecia viver em cautela... aquilo era uma prisão mental, onde pisar em falso, perdia a vida.

-Brunna: Alguém sabe que eu estou com você? Além da minha irmã, é claro. - questionou repentinamente.

-Ludmilla: Não. - respondeu sincera.

-Brunna: Ninguém pode saber, pelo menos não agora. - disse rápido.

-Ludmilla: Por que, amor? - perguntou ingênua.

-Brunna: Eu só quero te manter segura. - respondeu seria.

A verdade era que Brunna era muito atenciosa e observadora, sabia quando tinha inimigos por perto, e quando eles aparentemente estavam a sua procura. Brunna por muito tempo foi a presa, mas agora fazia o papel de caçador, manipulava e causava medo para manter os criminosos revoltados longe de si. Mas podia ter perdido o controle quando passou sua atenção para Ludmilla...

Podia estar sendo observada neste mesmo momento por um psicopata qualquer, um mercenário a mando de algum chefe, afinal era esse os riscos que corria. As vezes colocar grandes criminosos milionários, ou empresários de caminhos escondidos na cadeia lhe traziam problemas pessoais. As pessoas que amava podiam estar em perigo, por isso escolheu viver mais afastada. Ludmilla não era o caso. Não se separaria dela por nada, a menos que colocassem sua vida em risco...

-Brunna: Olha pra mim... - pediu segurando na cintura de Ludmilla, movendo seu corpo.

Ludmilla a olhou.

-Brunna: Se acontecer qualquer coisa estranha, eu quero que me conte. Qualquer barulho estranho, qualquer objeto fora do lugar, qualquer mensagem perturbadora, ligações em silêncio. - pediu.

-Ludmilla: Eu conto, amor. - disse sincera.

-Brunna: E eu quero que fique atenta por onde andar. - concluiu.

Ludmilla entendia, mesmo que fosse 5% dos problemas de Brunna, queria conhecer todos, e lutar ao seu lado.

-Brunna: Posso colocar dois seguranças para observarem você? - pediu. - Pode parecer invasão de privacidade, mas não é. Não vai perceber que ele estão perto, eles não vão dirige nenhuma palavra a você, a menos que precise. - disse.

-Ludmilla: Tudo isso? O que está acontecendo, Brunna? - perguntou confusa.

-Brunna: Eu não sei Ludmilla... mas vou descobrir. - disse baixo.

-Ludmilla: Tem haver com o acidente e o GPS? - questionou confusa.

-Brunna: Sim... um pneu novo não estoura do nada, um GPS não entrega rotas contrarias por caminhos rápidos, sem transito, sem pessoas. E um avião não tem voou pousado a força explodindo apenas uma parte, da qual eu sentaria. - respondeu gélida. - Alguém armando algo... faz isso.

-Ludmilla: Como assim? - questionou ainda confusa.

-Brunna: Dois planos, um serve de disfarce. - sorriu irônica. - Em um eu provavelmente morreria de acidente, o que milagrosamente não aconteceu. O avião seria o disfarce... quem daria a mínima para Brunna Gonçalves com um avião explodido e centenas de vitimas? - questionou seria. - Ou o pneu poderia não funcionar corretamente, e eu estaria morta, sobrando apenas as arcadas dentarias dentro de um IML pra descobrir de quem era o corpo.

-Ludmilla: O caminho inóspito te deixaria morrer se fosse mais grave... - concluiu. E Brunna assentiu.

Parecia loucura, mas se Brunna não estabelece observações e vivenciando coisas do tipo por diversos anos, não saberia que estava em perigo, e provavelmente a beira da morte.

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