Patrícia apenas assentiu enquanto enxugava as lagrimas e Brunna a observava com desprezo.
-Ludmilla: Vem Brunna... – chamou, puxando a loira pelo pulso.
(...)
-Brunna: Desculpa. – disse baixo após beber água.
-Ludmilla: Tudo bem, eu não sei o que tinha antes de namorar com ela, mas ela não tinha o direito de te abandonar da forma que fez. – disse compreensiva. – Saiba que se quiser conversar comigo relacionado a qualquer assunto, estarei aqui.
Brunna agradeceu a morena e deixou um beijo casto na testa da mesma. Voltaram para dentro do tribunal e a juíza retomou o processo.
A juíza chamou o réu para ser interrogado.
-Brunna: Você alega não ter agredido Ludmilla em nenhuma circunstância, psicologicamente ou fisicamente. Certo? – perguntou – Relembrando do juramento feito ao entrar aqui. "Direi a verdade, somente a verdade, nada além da verdade."
-Gabriel: Certo. – respondeu sério.
-Brunna: Você relata no depoimento, que na noite do dia 23 deste mesmo mês, você estava em casa, porem Ludmilla não. Correto?
-Gabriel: Exatamente.
-Brunna: Onde ela estava? – questionou.
-Patrícia: Protesto. A acusação está impondo meu cliente. – disse.
-Juíza: Negado. É uma pergunta comum. – respondeu rapidamente.
-Gabriel: Eu não sei onde ela estava. – disse com um sorriso fraco. – Ela nem dormiu em casa.
Ludmilla olhava atentamente e revoltada para o homem que a olhava com um sorriso lateral enquanto respondia Brunna, como se aquilo não passasse de um jogo.
-Brunna: Então por que nas imagens capturadas da câmera do condomínio o qual possuem uma casa, marca exatamente a entrada de Ludmilla às 21:35 da noite, do dia 23 entrando no condomínio com o carro? – Gabriel olhava irritado. Seu plano de pagar um homem do TI para destruir as imagens havia falhado, ou Brunna era esperta demais, para recupera-las com um preço maior.
-Gabriel: Ela... Ela não voltou pra casa, pode ter ficado na casa de um outro alguém. – disse tentando convencer a juíza.
Silvana olhava juntamente da família o homem mentir, como ela pode deixar a filha morar com um monstro desses?
-Brunna: Meritíssima juíza, posso apresentar provas de que Gabriel Jesus tem infringido a lei enquanto esconde fatos? – questionou séria fazendo o homem olha-la com ódio.
-Juíza: Concedido.
Brunna caminhou até a mesa, pegou uma pasta com alguns arquivos. Antes de se virar novamente, olhou para Ludmilla e deu um sorriso fraco.
A loira aproximou-se da juíza, que logo chamou a defesa.
-Juíza: Defesa, por favor.
Patrícia parou ao lado de Brunna, podendo sentir o cheiro que emanava, e estando perto de seu olhar gélido.
Brunna abriu a pasta, pegando algumas imagens, do corpo de Ludmilla completamente marcado em tons roxos e vermelhos, arranhões... na qual teria tirado no dia em que a morena lhe procurou. A loira também colocou sobre os arquivos um Pen Drive, diferente do qual Ludmilla teria visto, onde estava os vídeos do momento em que ela entrava no condomínio.
-Brunna: Aqui estão áudios, do empresário, ameaçando minha cliente com imagens pessoais somente de sua autoria.
A juíza pediu novamente um intervalo para conseguir ver tudo direitinho.
Após alguns minutos já estavam na enorme sala novamente. Para dessa vez em fim, receber o veredito.
-Juíza: De acordo com as provas coletadas, declaro o réu culpado perante a lei 11.340 (Maria da Penha); ao art. 5°, inciso X. (Invasão de privacidade) e perjúrio. Declaro então, meu veredito final. Sentença de 5 anos sem direito a fiança, e multa devido a violação de privacidade. Perjúrio e difamação. O divorcio será entregue no período de dois dias uteis, a residência será vendida e repartida em 50%. A empresa Nike, fica de total posse de Ludmilla Oliveira, sua então proprietária.
Ludmilla abraçou Brunna rapidamente que retribuiu encaixando o rosto da morena em seu pescoço. A empresária chorava enquanto prendia Brunna ao seu corpo. Brunna havia colocado o homem que atormentou sua vida por anos na cadeia...
De longe Patrícia observava Brunna abraçada com a morena, e sua expressão não era nada feliz. Gabriel estava sendo algemado e conduzido por alguns policiais que o levariam direto para o presidio, enquanto gritava por Patrícia, a loira só conseguia olhar para Brunna. Não se importava com o caso, se importava com quem acusava o réu... sua ex.
-Ludmilla: Obrigada. – Agradeceu.
Brunna sorriu fraco e assentiu.
Silvana abraçou a filha juntamente da família e Brunna a aguardou se despedir da família, que iria direto para o aeroporto, só estavam ali para prestar-lhe apoio emocional.
-Silvana: Se cuida meu amor. – disse abraçava a morena.
(...)
-Ludmilla: Vamos. – disse após deixar a família no carro e ir em encontro de Brunna.
-Brunna: Vamos – sorriu simpática.
As duas entraram no carro da advogada, Ludmilla deixou um beijo rápido sobre seus lábios e seguiram destino para o hotel onde a morena estava hospedada. Sua mudança seria feita durante a tarde e organizada por uma empresa de limpeza contratada pela empresária.
-Ludmilla: Vai fazer alguma coisa agora a tarde? – questionou dando uma apertadinha na coxa da loira, na qual sua mão estava apoiada durante o trajeto.
-Brunna: Vou... – disse séria enquanto olhava pra frente. – Ficar jogada na cama com uma mulher que conheci a alguns dias. – Manteve-se séria. – Já estou com saudades dela.
Ludmilla olhou confusa, e tirou a mão da perna da loira. Virou o rosto para o lado da janela enquanto encarava o trânsito, não acreditava que Brunna estava falando aquilo...
-Brunna: Você Ludmilla, a mulher é você. – disse sorrindo.
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Improvável
FanfictionBrunna Gonçalves é uma advogada criminalista e da família mais conhecida na América, que possui fama e imponência na mídia e no mundo. Porém não acredita no amor, por conta de uma relação passada. Ludmilla Oliveira é uma bloqueira e empresária, casa...