Capítulo 1

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Eram seis horas da manhã, quando Santana tateou a mão pela cama atrás de seu celular que despertava e o desligou. Ela com certeza odiava aquele som irritante nos seus ouvidos toda manhã, mas também sabia que sem ele jamais acordaria tão cedo por conta própria. Nem com reza.

Mais um dia comum se iniciava, como a todos os outros da semana onde Santana acorda cedo para correr e depois retorna para casa para tomar seu café e se arrumar para a escola. Ter um corpo atlético e manter uma rotina saudável era uma das principais exigências para ser a capitã do time de lacrosse. Além de jogar bem é claro. Mas nisso ela se saia muito bem.

Claro, não era fácil, ainda mais porque sua mãe nem ao menos sabia dessa parte de sua vida. Até porque Maribel infartaria se soubesse que sua filinha é capitã do time, de um jogo que segundo ela é violento demais. Mas para a sorte de Santana, sua mãe era uma mulher que trabalhava muito e apesar de se importar muito com a filha e ser uma mãe maravilhosa, ela não tinha tempo de ver o que a garota andava fazendo pelo colégio e já ficava feliz desde que suas notas fossem boas no final do semestre.

Depois de muito enrolar na cama, Santana levantou e foi em direção ao banheiro fazer suas higienes para depois pôr uma roupa para correr. Assim que estava pronta, desceu de fininho pelas escadas, cuidando para não fazer nenhum barulho e acabar acordando sua mãe. Ela tinha amor à vida.

Assim que ela colocou os pés para fora de casa, seus olhos imediatamente pararam na garota no outro lado da rua e seus lábios se curvaram em um sorriso. Quinn Fabray. Ela estava agachada amarrando os tênis completamente distraída.

Era estranho pensar que elas eram tão diferente e ao mesmo tempo tinham tantas coisas em comum. Quinn saía todos os dias para correr e Santana também, ambas eram capitãs dos seus esportes favoritos, eram as meninas mais lindas do colégio e dividiam a popularidade. A unica coisa que elas não tinham em comum era a implicância. Enquanto Santana adorava implicar com a loira, Quinn tentava fingir que ela nem existia.

Mas nem sempre dava certo, não é mesmo?

Santana atravessou a rua o mais sorrateiro possível e parou a poucos centímetros da outra garota, trazendo consigo um sorriso travesso nos lábios.

— Fabray! – Disse alto o suficiente para dar um pequeno susto na garota. — Que surpresa você aqui.

Quinn mais que de pressa se levantou assustada e virou em direção da voz, dando literalmente de cara com a latina.

— Sério Santana? – Ela bufou forte tendo seus olhos fixos no de Santana e então deu alguns passos para trás se recompondo. Perto demais. — Você sabe que estou aqui todos os dias, por favor não banque a sonsa, não combina com você. – A loira cruzou os braços na altura do peito. — E o fato de você nunca me dirigir a palavra me deixava muito contente. Já sou obrigada a te aturar nas aulas, nos campos e no clube do coral. Aqui não.

Quinn tenta dar as costas, mas Santana acha um jeito de parar em sua frente novamente e quase ri só de ver a raiva aumentar em seus olhos.

— Sem estresse, Fabray, eu vim na paz. –  Ergueu as mãos em rendição. — E pra ser honesta, nunca notei você aqui. – Mentira! Mas ela não admitiria. — Se eu tivesse, com certeza viria te incomodar. Me dá prazer te ver irritada.

Santana sorriu. Um sorriso irritante de lindo. E Quinn se deu por vencida, afinal, a garota queria alguma coisa e quando Santana queria algo não dava paz a ninguém até conseguir.

— O que você quer Santana? Fala logo e para de desperdiçar o seu e o meu tempo.

— Preciso da sua ajuda. Quero que faça dupla comigo na tarefa da semana que o Shcuester passou pra gente.

O acordo (Quinntana) Onde histórias criam vida. Descubra agora