Eu o ouvi gritar, o som de seu desespero ecoou pela cidade, ele estava sentindo muita dor e eu culpada, seu eu não tivesse esquecido da patrulha teríamos nos encontrado antes, eu tinha que acabar com aquele vilão o mais rápido possível.
Ou era isso que eu pensava, ao ver que Chat Noir estava ferido o Akuma e o Amok saíram da criatura, que na verdade era apenas um objeto. "Mayura deve ter dado vida ao objeto, e Hawk Moth usou seu Akuma para controla-lo e dar seus poderes" pensei. Não consegui usar meu talismã a tempo, mas tinha que tentar.
-Talismã! - Gritei jogando meu io-io para cima, para meu azar, o que é até ironia já que joaninhas trazem boa sorte, não apareceu nada, não havia mais vilão então meu poder não iria funcionar. Chat Noir continuava agonizando, sem saber o que fazer e apavorada o peguei em meus braços e o levei até o terraço de um pequeno prédio, minha transformação acabaria em breve, então eu disse a ele:
-Chat Noir fique aqui, vou buscar ajuda! Eu olhei seu ferimento, não parece ser nada fatal, mas vai precisar tomar pontos. - Ele respondeu com uma piadinha:
-Como se eu pudesse andar My Lady. - Tentou rir,mas não teve êxito. Fiquei me perguntando como ele consegui fazer piadas como aquelas nessa situação, sai com meu io-io parei em um beco perto de casa.
-Transformar! - Voltei a usar minha roupas de civil e minha Kwami exausta saiu de meu brinco e foi direto para minha bolsinha onde começou a comer um cookie. Eu corri o mais rápido o possível para minha casa, entrei sem chamar atenção para meus pais não acordarem.
Subi as escadas, fui até meu quarto e em seguida fui para o terraço, lá estava ele, pálido como a lua, com uma mão em suas costelas para diminuir o sangramento.
-Chat Noir! - Eu disse - Ladybug me pediu para te ajudar, o que aconteceu? - perguntei para não levantar suspeita de que éramos a mesma pessoa.
-Nada de mais Marinette, só fui atingido por uma flecha imbuída na energia do cataclismo. - Ele disse gemendo de dor.
-Vem, deixe eu te ajudar. - Ajudei-o a levantar e pedi para que se apoiasse em mim para conseguir descer as escadas. Passamos pelo lado da parede que separava meu lado do terraço para o lado com escadas que iam para a sala.
Descemos para a sala, sabia que seria difícil para ele subir as escadas de mão, mas eu não podia deixar ele na sala de estar. Com muita dificuldade e com minha ajuda Chat Noir subiu as escadas, o levei até meu banheiro, pedi que ficasse sentado no chão para esperar eu voltar já que teria que descer até o banheiro social que se localizava no andar de baixo, para buscar o kit de primeiros socorros.
Ele assentiu com a cabeça, tentou dar um sorriso, mas falhou miseravelmente, deixei minha bolsinha na beirada da banheira e desci as escadas, corri até o banheiro, tomando cuidado para não fazer barulho.