A mulher ainda assustada com a fala do rapaz abre a porta e o deixa entrar, Gabriel logo reclama:
- Nathalie eu disse que não queria ser incomodado! - diz sem tirar os olhos do lugar.
- Não sou a Nathalie tio...
- Como você entrou aqui? Eu disse a ela para não deixar ninguém entrar! - Daniel olha para o tio e fica mais que surpreso, e murmura algo:
- Essa casa é realmente uma caixinha de surpresas... por isso você nunca sai de dela...
- O que disse? - Diz o estilista visivelmente bem irritado.
- Isso não vem ao caso agora. Eu vim aqui pedir para que você deixe o Adrien e eu sairmos para ele me mostrar a cidade, já que não venho aqui a dez anos.
- Fora de questão. Nathalie pode te levar.
- Repense tio.
- Já disse que não!
- Se não quiser que ele eventualmente descubra que a borboleta preta sai da própria casa, eu daria a ele mais liberdade para ir e vir se ele cumprisse com os horários. - Diz Daniel com ar provocativo e de deboche.
- O que você está insinuando?
- Não estou insinuando nada, só estou dizendo que se não quer que ele descubra cedo sua identidade e a da sua funcionaria, eu consideraria a minha ideia. - Ainda meio a contragosto Gabriel responde:
- Olhando pelo seu ponto de vista, desde que ele cumpra com as obrigações, realmente não vejo o por que dele ficar preso em casa. Nathalie! - Ela entra.
- Chamou senhor?
- Diga ao Adrien que ele está liberado para ir e vir desta casa quando quiser desde que, seu guarda costas sempre o leve de carro para o local e que ele cumpra com todas as obrigações.
- Tem certeza disso senhor? - Gabriel a olha com um olhar autoritário e profundo. - Sim senhor, já vou informa-lo. - Ela sai da sala e vai em direção ao quarto do Garoto. Daniel diz com ironia ao tio.
- Foi bom fazer negócios com você tio. - Gabriel o responde no mesmo tom.
- Sempre é um prazer negociar com você. Agora se me dá licença.
- Ah claro, acho que já abusei demais do seu tempo. Até o jantar.
Daniel sai do escritório do Agreste e sabe as escadas para o quarto de Adrien, no caminho ele encontrar Nathalie que o confronta:
- Você está brincando com fogo garoto.
- Talvez eu queria me queimar. - o garoto sai andando e abre a porta do quarto do primo, que o recebe com um grande abraço.
- Eu não sei o que você fez, mas muito obrigado, muito obrigado mesmo.
- Eu só abri os olhos dele para a realidade, não fiz nada demais...
- Nada demais?! Você fez tudo que eu sempre quis, agora eu sou livre para sair com meus amigos.
- Não se esqueça das letras miúdas, você tem que ser levado e trazido pelo seu guarda costas e cumprir com suas obrigações.
- Isso é o de menos, agora vamos. Quero te apresentar para alguns amigos meus, você vem Félix? - Ele que estava com o olhar distante olha os primos e responde:
- Acho melhor não, seus amigos talvez não queiram me ver depois do que aconteceu... Eu vou para o meu quarto. - Adrien ainda animado com a novidade diz:
- Se você quer assim.... Vamos Dann, você precisa comer o melhor croissant de toda a Paris.
