Capítulo 13- Barcelona, agosto de 2015

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- E assim foi a ultima vez que nos falamos, evidentemente que eu não tinha ninguém a meu favor, não consegui mais saber dela, o número de celular ela provavelmente mudou, pois estava sempre desligado.

— Ela tem muita determinação. — comentou Maica.

— É verdade. — concordou Cláudio. —
O nosso trabalho na cidade terminou antes do previsto, não procurei mais ver nenhum deles nesse meio tempo, me senti tão envergonhado. Eu sabia que ela ia à igreja todos os sábados e a vi de longe, conversando com uns jovens na saída.

Eu me sentia desolado, porque fui me dando conta do que ela representava pra mim, os beijos dela, ainda que raras vezes nos beijassemos, faziam-me mais feliz do que estar com outras mulheres na cama, que como sempre me fazia sentir vazio.

Até aquele momento ainda achava que ia ser pai do filho de uma garota que mal conhecia e que nem gostava e a garota dos meus sonhos estava lá cercada de rapazes, me achando o homem mais desprezível do mundo e livre. Ela era livre para encontrar um homem de sorte que a teria por completo pelo resto da vida.

- E não encontrou outros meios? - quis saber Maica.

- Eu voltei uma vez ou outra, mas não via mais ela, nem na igreja, passava em frente a casa dela, ela não tinha mais rede social, deveria ter desativado,  parece que fez o possível para sumir totalmente de mim.

Após um tempo cheguei a sair com uma garota da minha cidade e vi que aquilo já não era mais pra mim, não da maneira que havia feito sempre.

Depois de um bom tempo, fui novamente saber dela e conversei com o Alberto e ele não me falou absolutamente nada sobre ela. - respirou fundo.

- Que lastima!

- Sim, Maica! Aí comecei a ir à igreja em minha cidade, era o único lugar em que eu me sentia de certa forma ligado a Lena, ia todos os sábados, porque sabia que a mesma hora ela estaria na igreja também.

Fiquei dois anos sem sair com ninguém, nem mesmo beijo e então descobri que sim, era humanamente possível. Não era fácil, mas totalmente possível.

- Caramba, você se apaixonou mesmo por ela, mesmo ficando pouco tempo juntos. - comentou Juan.

- Foram dias incríveis, inesquecíveis. - Cláudio disse nostálgico.
- Eu a vi dois anos depois disso.

- Sério? E se falaram? - quis saber Juan.

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