Capítulo 7- Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar(...)

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O luau seria na casa de Natália, lá havia um grande gramado e piscina, geralmente era lá que se reuniam para tocar violão, ela morava com a mãe, uma mãe jovem, que quando podia, participava do luau com eles.

Apenas pedia que não trouxessem bebidas alcoólicas, mas no geral mesmo os que bebiam não consumiam em demasia.

Milena escolheu um vestido godê em lese rosa quartzo, que ia pouco abaixo dos joelhos e sandálias baixas.

- Parece uma boneca saída dos sonhos.

Disse Cláudio quando ela chegou.

Revezaram-se com o instrumento, Guilherme, Joaquim e Cláudio. Uma salada musical, uma tal liberdade, o passageiro, eu quero sol nesse jardim, entre outros.

Após muitas músicas, conversas e beliscando uma coisa e outra, Guilherme deixou o violão a um canto. Não fazia falta ter muitas luzes acesas, pois a lua estava em sua fase cheia e haviam muitas estrelas.

Cláudio e Milena se olhavam, estavam sempre perto. Joaquim já havia percebido, parecia descontente, mas de todas as maneiras aceitou que ela nunca havia lhe dado esperanças, continuou com suas brincadeiras e foi dele a ideia de pular na piscina do jeito que estava. Acabou sendo seguido pelos demais rapazes.

- Anda, vem! - insistiu Alberto para Angela.

- Não vim preparada para isso.- retrucou ela.

Mas logo não resistiu e foi por vontade própria. Diferente de Natália que foi carregada por Guilherme, gritando, esperneando e sorrindo ao mesmo tempo.

- Só falta você. - teria dito Cláudio, estendendo a mão para Milena.

Ela como sempre usava um short de coton por baixo das saias e vestidos, sentiu-se mais à vontade para entrar. Tirou as sandálias e se sentou na bordada piscina, de onde ele a pegou e a colocou na água.

A piscina tinha aproximadamente 1,40 metros de profundidade. Havia uns degraus na parte mais rasa. Cláudio aproveitando que os demais haviam ido sentar-se nos degraus. Virou-se para Milena que permanecia em um dos lados, dando as costas para os demais.

- Se eu te beijar, o Guilherme vai me bater? - perguntou abrindo aquele sorriso que tanto encantava Milena.

- Acredito que ele já imagina que isso aconteça em algum momento. -respondeu sem tirar os olhos dos dele.

- E você... Imagina? - quis saber ele.

- Eu espero que aconteça...
E você? - nem acreditou que disse aquilo.

- É o que eu mais quero.

Aproximou um pouco mais e segurando delicadamente em sua nuca e cintura a beijou e tudo ficou em silêncio. Até que o silêncio foi interrompido por Guilherme.

- My God! eu tô morreeeendo de ciúmes, larga a minha irmãzinha, seu brutamontes.

Inevitável não sorrir e Cláudio a puxou para si e abraçou.
Ela não havia mergulhado até o momento, os cabelos secos, colocados de um lado do ombro.
Ele ficou desfrutando daquele cheiro maravilhoso que exalava dos cabelos dela.

- Beijou minha irmã, vai ter que casar. - brincou Guilherme.

- Aceito, Pode chamar o padre! - concordou Cláudio sorrindo.

- Gui, larga de ser tonto! - brigou Milena em tom brincalhão.

- A moda antiga, maninha.

- Você se casará primeiro com Natália. - profetizou ela.

- Será? - Natália e Guilherme responderam em uníssono. Olhando um para o outro e sorrindo.

- Tive uma idéia. - disse Joaquim. - Como o Cláudio bonitão já chegou sentando na janela e eu sou a vela por aqui, farei o casamento de vocês, preparem os votos.

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