Capítulo 22- Brasil, 05 de setembro de 2015.(Milena).

176 31 7
                                    

Minutos antes.

- E ao som de Robin Gibb, "Like a fool" me despeço de vocês, ótima noite!

Levantou-se dançando ao som da música que acabava de colocar e seu colega, Allan chegou sorrindo ao presenciar aquela cena mais uma vez, ele assumiria dali em diante.

- E aí, Milena tudo tranquilo por aqui? -
foi em direção a uma mesa, deixando uns objetos em cima e indo cumprimentá-la com um beijo no rosto.

- Tudo certo! Nos conformes. - sorriu.

-Bom trabalho! - deu- lhe um beijo no rosto, pegou sua bolsa, parou antes para tomar água e saiu.

- Boa noite, Jefferson! Tudo bem? - disse cruzando a portaria.

- Boa noite, Milena, tudo bem! - Ah, Milena! - disse repentinamente como alguém que de pronto se lembra de dizer algo importante.

- Tem um rapaz que chegou em um táxi há uns quarenta minutos e está aí na frente .

- Sério? Deve estar esperando alguém. -disse procurando ver quem era, porém algumas árvores faziam sombra e não dava para saber, parecia ser uma pessoa alta.

- Vou te acompanhar até o carro.

-Obrigada!

Ele não estava próximo do carro de Milena, mas veio de encontro a ela. Ela não podia acreditar no que via, de pronto seu coração deu um salto, era Cláudio, lindo como ela já não conseguia mensurar o quanto. Usando uma calça jeans azul marinho e uma camisa de botão, branca, dobrada nos braços. Do jeito que ela gostava.

- Eu o conheço, Jefferson, obrigada! - foi andando lentamente em direção a ele.

Jefferson olhou bem para Cláudio e saiu oferecendo que qualquer coisa o chamasse.
Permaneceram por um instante se olhando.

- Oi, estava passando por aqui e resolveu parar? - perguntou ela sorrindo, nervosa, querendo transparecer tranquilidade.

- Não, eu vim para te ver mesmo. - Sorriu.

- Quanto tempo, não é mesmo!

- Sete anos e um mês.

- Nossa já passou tudo isso?

- Eu não teria como esquecer. - completou sorrindo e colocando ambas mãos nos bolsos da calça.

- Certo! - respondeu assentindo positivamente com a cabeça. - E porque isso agora? Depois de tanto tempo.

- Eu quero saber se você já consegue me perdoar e...

- Não se preocupe! Te perdoei a muito tempo, creio que também fui muito dura contigo, exigi algo que você ainda não estava pronto para oferecer. Já passou.

- Nem tudo passou. - suspirou ele.

- Sei bem como é. - respondeu olhando em volta. - Escuta, aqui não é o melhor lugar para conversar a essa hora, te dou uma carona?

- Muito gentil!

- Essa sou eu.

Olharam-se e sorriram, colocando o cinto de segurança e ela deu a partida no carro.

- Onde te deixo?

- Pode ser em sua casa, em sua vida. - disse ele em tom brincalhão tentando disfarçar o nervosismo também.

- Olhaaa! Não me venha com gracinhas.
olhou para ele de canto de olho.

- Podemos passar em algum lugar para tomar algo e conversar, o que você acha?

A MINHA GAROTA Onde histórias criam vida. Descubra agora