Romance cristão ✝️
Sinopse
Numa noite fria em meio a uma densa neblina, Cláudio Carvalho, um rapaz bonito que não perde a chance de estar acompanhado, vê uma linda jovem correndo e por algum motivo que só o tempo poderia explicar, fica fascinado p...
Havia passado uma semana desde que esteve almoçando com Maica, Juan e Javier. Vinha preliminarmente arrumando suas malas, algumas coisas já havia enviado por correio juntamente com os presentes, mas muitas outras coisas teria que deixar. Quanta coisa havia acumulado durante esse tempo.
Amaya desde que soube que seu amigo de apartamento a deixaria, vinha se lamentando, mas seguramente não tardaria a encontrar outra pessoa.
O apartamento era muito conservado, bonito, tinham estação de metrô quase em frente, cafeterias, mercado, ficava próximo a avenida Gaudi e uma de suas mais linda obra, o templo da Sagrada Família, desenhado por ele.
Também ele sentiria saudades dela e da cidade. A princípio pensou que não daria certo dividir o apartamento com uma mulher, mas felizmente ela era uma mulher tranquila, era seis anos mais velha que Cláudio e sempre que podia ia a Madrid para estar com sua filha que vivia com a avó. Cláudio acabava tendo o apartamento só para si.
Era madrugada quando seu celular fez um barulho de mensagem chegando pelo aplicativo, sempre colocava no modo silencioso, porém como ficou ouvindo música até tarde esqueceu-se de ativar.
Era uma mensagem de sua irmã Clarissa, falando algo sobre Milena Florenza, apenas olhou e voltou a dormir.
Passava das oito quando despertou, já havia parado de trabalhar e agora aproveitava para passear um pouco mais por Barcelona.
Desceu para tomar o café da manhã na cafeteria e ler um jornal, pediu dois croissants e uma Madalena, suco de laranja e também café com leite.
Fazia um dia bonito de verão. As pessoas iam tranquilas com roupas leves e via uns e outros usando chinelos com a bandeira do Brasil.
Logo, logo estaria de volta, ficaria pouco tempo na casa de seus pais, já tinha em mente que assim que chegasse, iria procurar ter seu canto, com trinta anos era o que tinha que fazer ter sua casa e com umas economias podia se dar esse luxo de comprar, não teria para nenhuma mansão, mas conseguiria uma boa casa, não precisava de uma mansão mesmo e de pronto se lembrou de que Clarissa havia falado algo sobre Milena e pegou seu celular do bolso. Quando acordava no meio da noite ficava um pouco desnorteado.
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— Cacau, lembra da moça que você tanto falava pra mim? O sobrenome é Florenza não é? Milena Florenza.
Ele ficou incomodado com a pergunta. Será que teria acontecido algo com ela? Poderia suportar que ela estivesse casada, com filhos desde que fosse feliz, mas não suportaria saber que havia acontecido algo ruim. Mais que rápido, respondeu para Clarissa.
— Sim, Florenza, o que houve?
Ficou olhando sem parar para o celular e os dez minutos que Clarissa demorou em responder parecerá uma eternidade.
— Não é nada ruim, apenas escutei por acaso uma rádio e uma das locutoras se chama Milena Florenza, deve ser ela né?
— Pode ser que sim, esse sobrenome não é tão comum no Brasil.
Havia passado cinco anos desde que a viu pela última vez, continuaria casada? — pensou.
— Procura ai no buscador, você pode ouvir ao vivo, Rádio Melody FM, escute pela noite, no caso aí será bem tarde.
— Beleza, obrigado! E por aí, tudo bem?
— Sim, ansiosos com sua vinda.
— Também estou.
Procurou imediatamente pela rádio e a localizou. Havia informação acerca da programação e o locutor que fazia e lá estava o nome de Milena.
Como estavam às seis horas de diferença, eram exatamente as 23h00 horas quando Milena assumiu a programação, ela não tinha aquela voz grave aveludada e tão profissional inerente em locutores.
Mas tinha uma voz agradável, tranquila, uma bonita voz e normal. Interagia com as pessoas que participavam com muita simpatia e espontaneidade, era possível participar pelo aplicativo.
Cláudio anotou e ficou olhando, ela estava on line, tentou escrever tantas coisas e apagava em seguida. A escutou até as 04h00 da manhã. Quando finalmente terminou o horário dela, em Cuiabá eram 22h00 horas. Tentou imaginar o que ela fazia nesse momento, despedindo-se dos colegas, indo em direção ao carro. Procurou fotos da fachada da rádio para concretizar a cena em seus pensamentos.
— Clarissa, está acordada?
— Não!
— Engraçadinha.
— Conseguiu escutar a rádio? É a sua Milena mesmo?
— Sim é ela e quem dera fosse minha.
— O que pensas fazer?
— Não sei o que você faria?
— Humm, creio que começaria a participar e ir falando coisas pouco a pouco, como ouvinte.
— Você crê que isso seria uma boa?
— Apenas uma maneira para aproximar, bom você sabe.
— Talvez tenha razão, ainda preciso descobrir se continua casada.
— Só não pergunte isso de cara ou ela pensará que você é algum maníaco.