Gringa Grudenta - (Catradora)

Futuro do pretérito

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vou postar no meu perfil tbm, eu sei que não dá pra clicar aqui. Me apoia no Padrim e pega meu livro na Amazon tbm, tá de graça!

e vcs devem ter percebido que a fic está com uma nova capa.

ela foi feita por @Karmaleona14 (user no twitter) - ELA FAZ COMISSIONS GENTE, CORRE LÁ PRA DEIXAR ELA RICA

link original: https://twitter.com/Karmaleona14/status/1329776114194116610

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"Ela realmente quase me matou nessa academia", pensa uma ofegante Catra.

Adora a fez correr por 2 horas na esteira e, não satisfeita, depois ainda tiveram que fazer sessões de abdominais, agachamentos, polichinelos, flexões, e vários exercícios de levantar peso, de acordo com Adora, "para fortalecer esses músculos".

Após isso, fedendo fortemente a suor, elas revezaram o único banheiro da casa para tomar um belo banho.

Catra está morta. Mas pelo menos, agora vai poder deitar na cama de Adora e passar o resto do dia morgando, assistindo seja lá o que for que ela queira mostrar. Quando chega na sala, Catra encontra a eteriana sentada no sofá, distraída, olhando trailers e sinopses da Netflix. A brasileira se deita, com a cara no colo da loira, que dá um gritinho surpreso.
- Cala a boca, é culpa sua – murmura a voz abafada de Catra.
- Então não reclame se eu fizer isso – replica Adora, e começa a acariciar os cabelos da brasileira. No susto, ela faz menção de se levantar, mas Adora exerce uma leve pressão em seu corpo para que fique e ela acaba cedendo. Em parte, pelo cansaço. Em parte, pela conversa que tiveram no dia anterior.

Talvez, essa seja sua maneira de dar cuidadosos passos na direção de "dar uma chance".

É tão confortável... faz Catra entender a razão de Melog gostar tanto disso. Ela pensa que poderia dormir se ficasse ali só mais um pouco.
- Então, o que você quer assistir? – questiona uma animada Adora.
- Sei lá, assiste o que cê quiser aí, eu vou dormir – Catra se sente cansada demais para falar inglês.
- Oi?

Catra não responde.

Adora continua acariciando seus cabelos sedosos com o cheiro do seu xampu.

[...]

Setembro de 2007.

As duas garotinhas assistem desoladas na televisão quando a juíza apita o final do jogo, sinalizando um 3 a 1 para a Alemanha em cima de Etéria e eliminando as First Ones da Copa do Mundo nas semifinais. Glimmer abraça as próprias pernas e esconde o choramingo, enquanto Adora, deitada no colo de sua mãe, abre um berreiro.
- Shh, shh... calma, está tudo bem... elas vão vencer na próxima, viu? – ela tenta consolar a filha.
- Ma-mas... é só daqui 4 anos! – chia a loirinha, voltando a chorar copiosamente.

Mara suspira, tentando pensar numa solução com as duas garotinhas chorosas no seu sofá. Ela observa com certa tristeza sua companheira de tantos anos na seleção, Shadow Weaver, a última do quarteto ainda em atividade, caminhando na direção do vestiário, arrancando a braçadeira de capitã no meio do caminho. Embora tenha um semblante que parece apenas levemente incomodado, Mara sabe: ela está puta da vida. As câmeras focam na estrela de 38 anos até ela desaparecer pelo túnel do vestiário, recusando todas as entrevistas que os jornalistas da beira do campo tentam arrancar dela.
- Vocês não sabiam que Etéria é bicampeã mundial? – sussurra Mara, num tom dramático. Glimmer revira os olhos.
- Sim, tia Mara. Você sempre conta essa história. Mas a gente não viu isso!