22 - A luz nas trevas

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HARRISON

Robin ficou boquiaberta e sorridente. Levou as duas mãos à boca e parecia uma estátua. Não me disse nada, não respondeu. A reação que eu tive foi de abraçá-la. Abracei muito forte. 

Ela fez o mesmo, me abraçou de volta e me balançou de um lado para o outro, quase me desequilibrando.

Agora, eu escutava os seus risos. 

— É você mesmo! — ela me olhou sorridente e com os olhos brilhando depois de nos abraçarmos.

— Você tá mais linda do que nunca. — eu ri. 

— E você tá mais lindo também, quase irreconhecível com essa barba! Olha só que homenzinho que ele se tornou. — permanecia incrédula, soltando risos. 

Olhei pra trás e vi Scott sorrindo de lado enquanto entrava de novo no carro. Foi embora.

— Obrigada por trazer o meu Harry de volta pra mim! — Robbie gritou, acenando. 

Scott respondeu com duas buzinas rápidas. 

— Vem, vamos entrar! 

Obedeci Rob e limpei os sapatos no tapete antes de entrar. Ela fechou a porta e passou as mãos no rosto.

— Robin, você tá...?

— Chorando? Não! — mentiu, sorriu e olhou pra cima, tentando limpar as lágrimas que caíam dos seus olhos. 

— Ai, Rob... — eu ri e me emocionei também, começando a lacrimejar igual a ela. A abracei forte mais uma vez.

— Ai, Harry, que saudades de você. — ela disse bem baixo durante o abraço.

— Também senti muito a sua falta... Precisamos conversar sobre muita coisa, não é mesmo?

— Sim... Precisamos. 

Depois, Robbie me levou pra sala e sentou em uma poltrona chiquérrima de tecido estampado verde e dourado. 

— Você aceita beber alguma coisa? Senta aí. 

— Não, Robin, obrigado... Nossa, isso é tão estranho...

— O que? — ela cruzou as pernas. 

— A gente se rever assim, depois de oito anos... E tudo parecer...

— Natural como era antes? —ela completou.

— Sim. — sorri e me sentei.

— Sabe, Harry... — ela jogou os cabelos para trás e olhou bem fundo nos meus olhos. — Quando o amor é pra sempre...

Senti um frio na barriga e respirei fundo.

— O que... — tentei responder com alguma reação, mas a tentativa foi inútil. 

— ...nem o tempo pode matá-lo. — ela me interrompeu, completando a sentença. 

— Está dizendo que nossa amizade sobreviveu ao tempo? — me encostei na poltrona e soltei um sorriso a ela. 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora