28 - Prova de amor

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ALGUM DIA EM 1988

SCOTT

— E como estão as coisas com Elena?

— Eu não quero falar disso, Tom. — chacoalhei meu cabelo molhado com a mão. 

— Qual é, Scott. Você tava doido pra conseguir sair com ela!

— E saímos.

— É, e você nem contou nada pra gente. — Tom se sentou ao meu lado na arquibancada da quadra. 

— Não foi nada demais. Fomos ao cinema, beijei ela e tal... — olhei pra cima, doido pra mudar de assunto.

— Ué, "nada demais"?

— É que ela é chata, não é quem eu esperava que fosse. Não teve química, nem conversamos sobre nada. Foi um tédio. — expliquei.

— E desde quando isso tudo importa? Ela é uma gata! 

— Você pode ficar com ela só pra você então. — ri. 

— Não, ela não tá nem aí pra mim. Ela sempre foi afim de você. 

— Infelizmente vai continuar sendo, se quiser, mas não vai rolar nada entre nós. 

— Você não sabe as oportunidades que perde, seu otário. — Thomas me deu um soco no ombro.

— Ei! — revidei com outro soco, também no seu ombro. 

Um som alto de apito ecoou pelo ambiente.

— Ei, mocinhos! Não é porque a aula de educação física acabou que eu vou deixar de ficar de olho em vocês! — o professor nos chamou atenção.

— Ah, não estamos brigando! É só brincadeira. — Tom riu. 

— Não interessa! Se comportem. — o professor ordenou de forma ríspida e virou para observar outros alunos. 

— Esse cara é um idiota. — Tom sussurrou pra mim. 

Logo o sinal havia tocado. Deveríamos voltar para as salas de aula.

Levantamos da arquibancada e começamos a descer para o gramado. 

— Tigers! Tigers! Tigers! — Tom gritava ao encontrar Dave, ambos pulando, querendo chamar a atenção de todos.

Apenas sorri pra eles e continuei andando. Antes de ir para a sala, entrei no vestiário de novo pois estava apertado. 

Depois de dar descarga, lavei as mãos e me dirigi até a saída. 

Assim que eu estava saindo, alguém esbarrou com toda a força contra mim.

— Ai! Olha por onde anda! — franzi o cenho. 

— Desculpa... — o nerd me olhou estranho, massageando a testa que acabara de se chocar com a minha. 

Bufei enquanto ele passou por mim, entrando no vestiário. 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora