24 - Desequilíbrio

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SCOTT

Que ódio.

Que ódio! 

Eu não acredito que alguém teve coragem de deixar Harry aqui, sozinho, naquele estado! Eu nunca tinha visto ele assim. Tudo bem, ele não estava tão bêbado, mas estava sim, alterado. 

Era alguém que ele tinha conhecido na boate, não era? Só podia ser...

Subi as escadas e pensei em bater na porta do quarto onde ele estava, mas deixei pra ter essa conversa outra hora, então fui pro meu quarto.

Que droga, Scott, por que está com ciúmes do Harry assim? Precisa se controlar, precisa focar no seu noivado! Que merda! 

Eu gosto tanto de Amanda, gosto mesmo. Ela é uma pessoa incrível, me ama também, mas...

O relacionamento com Harry foi o mais intenso e verdadeiro que você já viveu em toda sua vida, Scott. Sim... Só que isso ficou pra trás, o tempo passou e as coisas mudaram... Está noivo agora e Harry nem quer saber mais de você, é claro, até porque conhecendo ele, aquele anjo jamais faria algo para acabar com a relação entre mim e Amanda... Precisa aceitar os fatos e seguir em frente.

É isso o que nós humanos fazemos, não é? Seguir em frente. 

— Ele já chegou? — Amanda esfregou os olhos, se ajeitando pra sentar na cama. 

— Já, pode voltar a dormir. — respondi enquanto deitei do lado dela. 

— Eu acordei com a gritaria de vocês e agora já perdi o sono. O que aconteceu?

— Ele bebeu além da conta, reclamei que estávamos preocupados com ele e...

— Scott, não deveria ter gritado assim com o garoto. Ele tem a sua idade, já é um homem e sabe o que faz.

— É, mas ele mora com a gente!

— Ele só estava se divertindo, comemorando o emprego novo que conseguiu. — Amanda explicou, apoiando a mão no meu ombro. 

— Hum. — resmunguei. 

— Você tá muito estressado, precisa relaxar... 

Amanda começou a fazer uma massagem nos meus ombros, o que realmente me deixou mais calmo. 

Em seguida, começou a beijar o meu pescoço e alisar meu torso nu. 

Não demorou para que ela descesse mais um pouco as carícias. 

— Amanda, eu não tô afim agora, tá bom? 

—  Ah, Scott, vamos relaxar um pouco, também tô precisando. — mordeu minha orelha. 

— Não sei, eu-

Ela me beijou intensamente e quando vi já estava tirando a minha calça de pijama. 

Eu tinha sido um pouco hipócrita quando reclamei do estado de Harry, porque enquanto esperava por ele na sala, bebi algumas doses de uísque. 

Eu e Amanda acabamos transando e dessa vez de forma muito intensa, mas a bebida só fez com que eu delirasse ainda mais, dessa vez, e imaginasse Harry de uma forma mais real ainda. 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora