33 - Como nos velhos tempos

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HARRISON

Acordei sozinho na cama de casal. Olhei ao redor e não achei Scott em lugar algum do cômodo. Me espreguicei e lentamente sentei na cama, coçando meus olhos. Soltei um bocejo e ajeitei meu cabelo. Levantei da cama e fui até o banheiro que ficava no quarto. Abri o pequeno armário localizado em cima da pia e coloquei um pouco de pasta de dente no meu dedo. Eu não tinha escova, mas não conseguiria acordar de vez sem antes escovar meus dentes. Depois resolveria isso, pegaria algumas coisas pra trazer pra casa de Scott. Isso se eu não me mudasse pra cá.

Meu Deus... Me mudar pra cá? Eu adoraria, mas já? Será que seria uma boa ideia...? 

Saí para o corredor e não ouvi movimento nenhum na casa, o que me deixou um pouco preocupado.

Eu confiava nas palavras de Scott, acreditava em tudo o que ele me dizia, mas ainda assim eu sentia medo. Ainda estava um pouco traumatizado por aquela situação onde o encontrei desacordado na banheira. 

Ao descer as escadas, me deparei com Scott andando normalmente de um lado a outro, pela sala, sem a ajuda das muletas. Ele olhava pra baixo, prestando atenção nos movimentos lentos das suas pernas e pés.

Parei de andar e apenas sorri pra ele. 

Quando ele levantou a cabeça pra me perceber ali, também sorriu de volta pra mim. 

— Surpresa! 

— O doutor tinha razão... Você realmente tá se recuperando tão rápido. 

Caminhei até ele e o beijei nos lábios. Ao afastar meu rosto de volta, Scott olhava pra mim como se não acreditasse em tudo o que havia acontecido ultimamente. Nós estávamos tão felizes. Eu me sentia tão realizado. 

— Vem cá. — ele me agarrou e começou a rir, fazendo com que caíssemos juntos no sofá. 

— Ei. — falei entre os risos. — Calma. 

— Eu só quero ficar agarradinho com você. — ele me ajeitou em seu colo e fungou no meu pescoço antes de depositar um longo beijo. — Bom dia, meu amor. 

— Bom dia. — segurei o rosto dele com ambas as mãos e o beijei lentamente. 

Scott deslizava suas mãos pelas minhas costas pra cima e pra baixo enquanto trocávamos nossos beijos. 

Ficamos um bom tempo assim, apenas nos amando, até que ele parou pra observar meu rosto enquanto acariciava meu cabelo. 

— Como você se sente? — perguntei.

— Acho que quase totalmente recuperado. 

— Isso é ótimo, Scott... Fico tão feliz, mas ainda precisa de cuidado e repouso.

— Eu sei, pode deixar. Você ainda vai continuar cuidado de mim, não é mesmo?

— Claro que sim! 

— Então. — riu. 

— Não precisa se preocupar, é só seguir tudo direitinho... 

— Ei, eu queria te dizer uma coisa muito importante. 

— Fala, vida. — me ajeitei enquanto saí do seu colo, sentando do seu lado, mas ainda com uma das pernas apoiadas em cima das dele. 

— Você ainda lembra do nosso apelido? — ele ergueu as sobrancelhas enquanto sorria. 

— Claro que eu lembro. — fiquei um pouco sem graça. 

— Achei que você pudesse ter esquecido... — Scott acariciava minha mão.

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora