27 - De coração quebrado

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SCOTT

Mais tarde, quando estava com condições para dirigir, peguei meu carro e voltei pra casa. Descobri que Amanda já tinha pegado tudo o que era dela e deu um fora dali. Deixou a casa até bagunçada. 

Mal dormi devido a tudo o que havia acontecido.

Era dia de domingo. Logo de manhã, levantei e  fui até o motel onde Harry estava morando. Ele teria que me escutar. Sempre quando ele precisou de mim eu estive aqui por ele. Agora, no momento em que mais preciso dele, me ignora?

Fui até a porta do seu quarto e bati várias vezes, mas não obtive resposta. 

— Harrison?

toc, toc, toc

— Harrison, eu sei que você tá aí! 

Dei meia volta e fora da calçada que ficava em frente às portas dos quartos, bufei e chutei a areia no chão.

Caminhei até uma cabine telefônica que o motel tinha do lado de fora e liguei pra casa de Robin. 

— Alô?

— Robin, o Harrison tá aí?

— Não, Scott... — ela suspirou.

— Onde ele está? Sabe?

— Acho que está no motel. 

— Obrigado. — desliguei. 

Voltei até a porta e bati nela mais vezes.

— Harrison, vou falar de novo. Sei que está aí. 

De novo, sem resposta. 

Não importa.

Me sentei na calçada.

— Eu vou ficar aqui até ele sair, mas ele vai me escutar. Ah, ele vai... — sussurrei pra mim mesmo.

HARRISON

Ele é muito insistente. 

Não vou abrir pra ele. Não quero falar com ele. 

A sorte é que eu consigo vê-lo pelo olho mágico que tem na porta.

Depois de um tempo, ele parou de insistir e parece que foi embora. 

Ainda estava assustado por tudo o que havia acontecido no casamento. Eu imagino como Amanda deveria estar a essa hora... Eu gosto muito dela e agora ela deve me odiar. 

Deitei na cama e fiquei sozinho com os meus pensamentos esperando o dia passar. Não havia mais nada que eu gostaria de fazer. Eu não sabia nem como me sentir. Tudo estava tão confuso.

Não tinha tomado café da manhã porque mal tinha energias pra sair da cama. Quando deu a hora do almoço, meu estômago já estava roncando, então fui obrigado a levantar. Fui até o frigobar e abri. Só tinha água e algumas bebidas. 

Revirei os olhos e fechei a portinha. Calcei meus sapatos e fui até o espelho pra ajeitar meu cabelo bagunçado.

Assim, pude destrancar a porta do quarto pra sair. 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora