SCOTT
O que...
Harry?
É você?
Apertei forte a sua mão.
Onde estou? O que aconteceu?
Minha visão estava tão embaçada... Estava um pouco tonto...
— Scott... Não acredito... Não acredito! — Harrison gargalhava alto em meio as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
Ele se aproximou de mim e me abraçou forte, fazendo com que eu sentisse algumas dores pelo meu corpo, mas eu não ligava. Sentir o abraço dele era muito bom.
Como se já não bastasse o abraço, repousou um beijo longo e delicado na minha bochecha.
— Eu já volto, só um instante, preciso avisar ao médico, depressa! — ele limpou o rosto e saiu apressado do quarto.
Eu piscava os olhos lenta e fragilmente, sem entender ainda o que estava acontecendo. Logo, o médico e uma enfermeira entraram no quarto.
— Me ajuda com essas coisas.
— Claro, doutor.
Estava me sentindo muito fraco e cansado, então fechei os olhos mais uma vez enquanto eles desconectavam todos aqueles... negócios de mim.
Sem mais nada no meu rosto e impedindo a minha livre passagem de ar, comecei a tossir ao tentar falar alguma coisa.
— Calma, garoto... Acabou de acordar de um longo sono. Aos poucos tudo vai voltar ao normal. — o médico me assegurou. — Consegue respirar normalmente? Como se sente?
Fazendo o máximo de esforço que conseguia, não consegui falar. Meus braços pareciam muito pesados e eu mal conseguia mexe-los.
Eu estava sem o movimento das pernas? Não conseguia sentir ou mexer nenhuma das duas.
— Um momento. — o doutor levantou a pálpebra do meu olho e apontou uma pequena lanterna. — Ok...
Respirei fundo. Só queria saber o que estava acontecendo.
Onde estava Harry agora?
— Sente isso? — apertou os meus braços com força.
Assenti com a cabeça positivamente. Sentia, só estava bastante dolorido.
— Aqui? — fez o mesmo pelo meu peito e barriga.
Assenti com a cabeça de novo.
— E aqui? — apertou minhas pernas até os pés.
Graças a Deus eu sentia. Afirmei positivamente com a cabeça pela terceira vez.
— Ótimo, Scott. Pode agradecer a Deus ou a alguma força superior que acredite, pois é um milagre. Sabe, você perdeu muito sangue.
Sangue...
Na banheira...
— Vou te ajeitar aqui rapidinho, tá bom? — a enfermeira me avisou com gentileza enquanto ajeitou o meu corpo com cuidado, dobrando a cama usando um controle remoto para que o meu corpo ficasse um pouco mais sentado do que deitado.
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Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)
Romance(COMPLETO E REVISADO) No ano de 1989, em Denver, Colorado - Estados Unidos, Harrison é um garoto de 18 anos que nunca se relacionou com ninguém por ter dificuldades de entender sua sexualidade. Se sentindo completamente confuso, a situação só piora...