31 - Forte como era antes

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SCOTT

O que...

Harry?

É você?

Apertei forte a sua mão.

Onde estou? O que aconteceu?

Minha visão estava tão embaçada... Estava um pouco tonto...

— Scott... Não acredito... Não acredito! — Harrison gargalhava alto em meio as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. 

Ele se aproximou de mim e me abraçou forte, fazendo com que eu sentisse algumas dores pelo meu corpo, mas eu não ligava. Sentir o abraço dele era muito bom. 

Como se já não bastasse o abraço, repousou um beijo longo e delicado na minha bochecha.

— Eu já volto, só um instante, preciso avisar ao médico, depressa! — ele limpou o rosto e saiu apressado do quarto.

Eu piscava os olhos lenta e fragilmente, sem entender ainda o que estava acontecendo. Logo, o médico e uma enfermeira entraram no quarto. 

— Me ajuda com essas coisas.

— Claro, doutor. 

Estava me sentindo muito fraco e cansado, então fechei os olhos mais uma vez enquanto eles desconectavam todos aqueles... negócios de mim.

Sem mais nada no meu rosto e impedindo a minha livre passagem de ar, comecei a tossir ao tentar falar alguma coisa.

— Calma, garoto... Acabou de acordar de um longo sono. Aos poucos tudo vai voltar ao normal. — o médico me assegurou. — Consegue respirar normalmente? Como se sente? 

Fazendo o máximo de esforço que conseguia, não consegui falar. Meus braços pareciam muito pesados e eu mal conseguia mexe-los. 

Eu estava sem o movimento das pernas? Não conseguia sentir ou mexer nenhuma das duas. 

— Um momento. — o doutor levantou a pálpebra do meu olho e apontou uma pequena lanterna. — Ok... 

Respirei fundo. Só queria saber o que estava acontecendo. 

Onde estava Harry agora?

— Sente isso? — apertou os meus braços com força.

Assenti com a cabeça positivamente. Sentia, só estava bastante dolorido. 

— Aqui? — fez o mesmo pelo meu peito e barriga.

Assenti com a cabeça de novo.

— E aqui? — apertou minhas pernas até os pés. 

Graças a Deus eu sentia. Afirmei positivamente com a cabeça pela terceira vez.

— Ótimo, Scott. Pode agradecer a Deus ou a alguma força superior que acredite, pois é um milagre. Sabe, você perdeu muito sangue. 

Sangue...

Na banheira... 

— Vou te ajeitar aqui rapidinho, tá bom? — a enfermeira me avisou com gentileza enquanto ajeitou o meu corpo com cuidado, dobrando a cama usando um controle remoto para que o meu corpo ficasse um pouco mais sentado do que deitado. 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora