Para onde eles vão? - Norenmim

Eu, por você e por ele

Finalmente a tão esperada festinha de aniversário de 8 anos de Huang Renjun havia chego, e Na Jaemin e Lee Jeno, dois de seus melhores amigos, não poderiam estar mais ansiosos para brincarem juntos até disserem chega.

Jaemin se arrumava empolgado em frente ao espelho. Os cabelos eram cuidadosamente penteados para trás enquanto sua mãe se encarregava de ajeitar sua gravata borboleta. O Na estava simplesmente adorável.

Embora a infância traga amizades relativamente fáceis, era difícil dizer se os tímidos garotos, Huang Renjun e Na Jaemin, se tornariam assim tão bons amigos sem que Lee Jeno e sua energia inesgotável estivesse por perto. Para quem estava morrendo de medo de sentir-se sozinho, Jaemin não poderia estar nada menos do que grato, não só por ter alguém divertido como Jeno como amigo, mas também por este tê-lo ajudado a se aproximar de alguém tão doce quanto o Huang.

Jaemin desceu as escadas de maneira apressada assim que amarrara seu sapato. Sua mãe só fazia rir, divertindo-se com a postura do menino que carregava desajeitadamente o presente do amigo por debaixo do braço.

— Tenha cuidado, brinque bastante, mas não faça muita bagunça está bem...? — a mais velha sorriu enquanto ajeitava a camiseta do pequeno. Jaemin assentia, embora não soubesse muito como poderia brincar em silêncio. — Vou até a casa dos Huangs te buscar quando for a hora...

— Não precisa mamãe, eu sei atravessar a rua sozinho já... — o Na fez birra, batendo os pézinhos de maneira impaciente.

— É claro que precisa! Vai estar escuro...! — a mulher rebateu, se vendo surpresa com a postura do menino. — O que deu em você anh? Nunca reclamou sobre isso...

— Eu...quero ser mais forte... — Jaemin confessou, pensando no amigo. Com Jeno não era assim, o garoto sempre parecia fazer tudo sozinho sem a ajuda de nenhum adulto.

— Como assim querido? Você já é forte...

— Quero ser forte como o Jeno... Ele sempre faz essas coisas sozinho mamãe....

A mais velha não sabia bem como responder aquilo. Já havia notado o descaso com o garoto mais novo da família Lee, mas ainda não sabia como se portar a respeito, já que não queria bancar a intrometida por mais uma vez.

— Você pode dizer ao Jeno...quando vê-lo sozinho...que você pode ajuda-lo. Então vocês dois serão fortes juntos, certo? E se for algo muito difícil, você pode dizer ao Jeno que eu ou o papai podemos ajuda-lo também...

— Tudo bem mamãe, eu vou dizer. — o garoto assentiu sorrindo, enquanto a mulher ajeitava a lapela de sua camisa — Eu vou agora, tá bom?

— Okay querido, tome cuidado... Lembre-se de olhar os dois lados antes de atravessar. Eu vou estar com você na porta, está bem?

Jaemin voltou a concordar enquanto se afastava devagar. O presente debaixo do braço voltava a traze-lo problemas para se movimentar enquanto esforçava-se para abrir a enorme porta de madeira.

O pequeno Na havia seguido as orientações da mãe, atravessando a rua com total cautela. Já no lado contrário à sua casa, cruzou os olhares com Jeno, este se sentava entristecido na beirada da calçada.

— Nono o que você tá fazendo? Você vai se atrasar, tem que se trocar logo pra festa do Injun! Ele vai ficar chateado se você não vier... Usa aquela camiseta de estrelinha, o Injun disse que é a favorita dele! — Jaemin murmurou indignado, não entendia como Jeno ainda não havia se aprontado.

— Eu não vou, não posso ir... — Jeno confessou cabisbaixo, raspando os tênis desgastados nas pedrinhas da calçada.

— Como assim? Por que não pode ir? Você tem que ir Nono...! — Jaemin insistira, puxara o garoto da calçada na tentativa de faze-lo desistir daquela ideia boba.