Em direção ao nosso final feliz

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Era um dezembro, a neve que caia lá fora pintava a cidade de branco. Renjun ainda tinha a idade de 5 e a linha do tempo poderia ser qualquer uma, até mesmo uma que não se conheceu.

Naquela noite, Renjun pintava debaixo da árvore de Natal, havia encontrado as tintas esquecidas de sua tia dentro de um enorme armário. Faltava pouco para a meia-noite.

— Jun...?!

Uma voz soara de repente, fazendo com que Renjun se assustasse. Não queria de forma alguma levar uma bronca de sua avó.

— Xuxi...oi! — o mais novo respondera com um sorriso, revelando sua face suja de tinta. Felizmente era só seu primo.

— Também não conseguiu dormir? — Yukhei aproximou-se, sentando-se ao lado do primo que parecia concentrado em seus papéis — O que é isso na sua cara? — o mais alto passou os dedos na bochecha do garoto, manchado suas unhas de azul.

— É tinta! — Renjun explicou, sorrindo largo. — Eu vi a titia fazendo isso.

Yukhei sorriu de volta, observando Renjun pincelar o papel com empolgação.

— E quem é esse no seu desenho? Um super-herói?

— Sou eu! Eu lutando contra os...monstros pra salvar os...o-os príncipes! — Renjun explicou, apontando o pincel para os elementos de seu desenho.

— Mais de um?

— Sim, eles são dois! Finn tem que salvar os dois....e-e todos os outros— Renjun explicou, deixando o mais velho confuso.

— Finn?

— É-é o meu nome de herói...! — Renjun prosseguiu, convencido de que aquilo fazia todo sentido — Mamãe disse que eu poderia ser o que eu quisesse se acreditasse nisso... Isso significa que eu posso ser um herói, não é?

Xuxi assentiu empolgado no mesmo momento.

— E quem são esses príncipes que você tem que salvar...? O monstro...ele é muito perigoso?

— Uhn...e-eu ainda não sei... Mas eu sei que vou salva-los!
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O coração de Renjun tornara-se acelerado assim que o outro garoto apresentara-se daquela forma. Dera um passo para trás, sentido os pelos eriçados e as pernas trêmulas, não havia qualquer dúvida de que o garoto se encontrava em um estado de tamanho nervosismo e apreensão que beirava o medo.

— P-príncipe de fogo...? — o Huang repetiu depois de um breve momento de silêncio. Renjun era incapaz de acreditar no que havia ouvido.

O outro assentiu de imediato. Estando mais calmo, voltara a se aproximar do mais baixo que tornou a se afastar.

 — O-o que é...o que é você? O-onde está o Mark? — Renjun decidiu perguntar, ainda que estivesse com medo da resposta que receberia.

— Achei que já soubesse Renjun... A estadia do Chiclete na sua casa te fez ainda mais sensível do que você já era, você pode até ter negado a si mesmo...mas sabe exatamente o que viu... Sabe exatamente quem eu sou, e porque me nomeou dessa forma. E não se preocupe com o Mark, o corpo dele é o mesmo...só estou falando por ele provisoriamente. — o garoto de fogo murmurou, omitindo o fato de que aquela não era a primeira vez que este falava por Mark.

— E-eu nomeie...? — Renjun acabara nervoso, realmente não tinha ideia do que o outro estava falando  — Você quer dizer que é como...o-o Nana? T-talvez...você seja fruto da minha imaginação...e esteja aqui porque estou confuso. I-isso com certeza é um sonho... — o chinês tentou se acalmar, esfregando os olhos na tentativa de despertar

Para onde eles vão? - Norenmim Onde histórias criam vida. Descubra agora