Promessas esquecidas

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Renjun nutria tamanha paixão pelos diversos festivais sediados em Fireflies. As comidas tradicionais, as decorações de papel mache, as apresentações de luta e dança, as vestimentas de todos os tipos, e, principalmente todos as pilhas de brinquedos que ganhava nas barraquinhas e sorteios. Não importava a época do ano, desde os festivais de inverno aos de primavera, o Huang sabia que se divertiria, seja com seus pais, seja com Mark, seja com seus primos e avós. 

Renjun só não gostava de um festival em especifico, ainda que na época só tivesse justificativas bobas para tal. O festival do prefeito, no qual só se via um desfile e algumas bandeirolas, lhe parecia extremamente tedioso em relação aos outros. Ainda assim o Huang mais velho nunca deixava de acompanhar Chenle, o qual dos 4 aos 9, parecia nutrir tamanha fixação por cavalos e carros alegóricos. Zhong Chenle era uma criança peculiar.

Embora não gostasse muito das comemorações anuais aos grandes perfeitos de Fireflies, Renjun poderia dizer que sua memória mais intensa quando se falavam de festivais era justamente relacionada a tal evento. Mesmo com tão pouca idade, Renjun jamais esqueceria das tentativas fracassadas de acalmar Chenle com um fantoche, já que este passara boa parte do evento aos berros por razão inexplicável

Nem os esforços de Renjun, nem o cavalo branco de que tanto gostava: nada fora capaz de fazer com que o choro de Chenle cessasse assim que o perfeito Kim, o eleito do ano, aparecesse em meio as serpentinas vermelhas. O Zhong tinha medo do homem, e nem sabia  porque razão.

Após a saída desesperada de Renjun em busca da avó dos meninos, o choro de Chenle finalmente havia encontrado um fim. Jeno, o qual também passeava por ali, fora o único capaz de acalmar o mais novo, mas aquilo não havia se dado como pensava.  O pedaço da maçã caramelada que havia dividido com o menino não fora motivo de sua alegria, mas sim sua própria presença. Porque Chenle e ele não só compartilharam os mesmos salgadinhos enquanto o mais velho se escondia no guarda-roupa do Zhong, eles também compartilhavam da mesma dor, e do mesmo ódio pelo homem o qual estava sendo prestigiado

Jeno e Chenle eram os filhos daqueles que este ousara roubar a vida.

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Jaemin se vira atônito enquanto o sorriso do outro garoto se alargava. Poucas eram as palavras que podiam descrever seus sentimentos, se não medo e a apreensão. Ele havia sido alertado que deveria teme-lo.

— E-eu não sei do que você está falando... S-sou Jaemin, Na Jaemin. — o acastanhado murmurou aos gaguejos, ainda sem saber muito o que fazer. Se o Jeno de verdade não estava ali, o que é que este poderia fazer?

— Aah Chiclete, não se faça de sonso... Consigo sentir o seu cheiro. Você sabe que está aí, pare de confundir seu garoto e fale comigo... — contestou o vampiro, deixando o estudante nervoso.

— J-já disse que ele não está... ! —  Jaemin insistiu, enquanto apertava os próprios punhos. Segundo o que ele havia lhe dito, o vampiro não era do tipo confiável, principalmente quando se tratavam de assuntos como aquele.

   — Calma, calma...não precisa se estressar.  Se você diz que é Jaemin, e somente ele...te darei esse voto de confiança. — o mais velho sorriu, enquanto o Na se colocava em estado de alerta. — Mas me diga...o que faz aqui? Tenho certeza que não veio porque gosta de nós... Não vê que contribuiu para que tudo desse errado? Até mesmo Renjun nos abandonou agora, tive que tomar a dianteira antes que perdesse o Jeno para as ideias malucas do maldito do Mark, ou melhor, das famílias loucas dele e da Yeri.

A partir dali, o desconforto que já existia dentro do Na fora multiplicado por 100. É bem verdade que só havia descoberto tudo através das palavras e mensagens das duas cópias, mas naquele ponto havia uma grande discordância entre o que Jaemin pensava por si só, e aquilo que ambas as contrapartes pareciam acreditar. Não sabia o que havia feito, nunca quisera o prejudicar. Para Nana, Mark sempre fora sinônimo de porto-seguro, como ele poderia estar querendo fazer algo de ruim com Renjun?

Para onde eles vão? - Norenmim Onde histórias criam vida. Descubra agora