Prólogo

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POV CAMERON

Meu nome é Karlos Cameron Cabello Estrabao

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Meu nome é Karlos Cameron Cabello Estrabao. Tenho 28 anos. Nasci em Londres, mas moro em Seattle desde os 3 anos de idade. Foi quando meu pai veio para os Estados Unidos estabelecer uma filial de sua empresa de tecnologia da informação. Com o avanço desse ramo, ele resolveu se fixar por aqui, transformando a filial em matriz.

Além da empresa, herdei dele o dourado nos olhos cor de mel e de minha mãe os cabelos castanhos, que com o passar dos anos escureceram ganhando uma tonalidade para o preto. Formei em Economia na Universidade de Harvard. Resido numa belíssima cobertura, num dos melhores bairros da cidade, onde também possuo o escritório central da minha empresa.

Gosto de me vestir bem: Armani, Dior, Gucci e etc... Sou bastante vaidoso quando se trata da minha aparência. Mas nem tudo na minha vida foi prazeroso... 6 anos atrás, meu pai faleceu inesperadamente, deixando um desastre financeiro causado por uma péssima administração de sua empresa pela pessoa em quem ele mais confiava. Na época eu morava na Universidade, e estava prestes a começar minha pós-graduação, mas a riqueza que sustentou um estilo de vida além dos sonhos da maioria das pessoas tinha se dissipado da noite para o dia. Então fui chamado em casa e encontrei minha mãe deprimida e nossa residência pronta a ser leiloada para pagar os credores.

Minha mãe se chama Sinuhe, e tudo o que queria era vê-la de volta à casa que era sua por direito e toda a sua vida de volta. Mas para isso precisei abandonar meus planos de pós-graduação e comecei o processo de recuperar obstinadamente o que tinha perdido. Mas não teria conseguido se não fosse pela ajuda do Pastor Michael e sua esposa Clara, que a acolheram em sua casa. Foi um apoio inestimável. Graças a eles, tive a liberdade para conseguir o sucesso rápido, e, menos de 4 anos depois, já tinha recuperado quase tudo. Porém, paguei um preço alto por todo o meu empenho. Antes de deixar Harvard, tive a infelicidade de me apaixonar por uma mulher. Achava que Dove havia nascido para mim. Ela reclamava bastante sobre reuniões que se estendiam, viagens de negócios, até que por fim, quando o trabalho excessivo começou a interferir na sua necessidade diária de ser bajulada, Dove começou a procurar alguém que lhe desse atenção total. Aquela tinha sido uma lição útil e decidi abolir de vez qualquer tipo de compromisso afetivo em minha vida. Então, enganar uma mulher, definitivamente não me interessa. Desde o começo elas sabem que não me comprometo. Sou totalmente honesto quanto a isso.

Mas agora, meu maior desafio é desenvolver o mínimo de paciência com Lauren Jauregui. 8 meses atrás, minha mãe disse que ela precisava de um emprego e diante da imensa ajuda que a família Jauregui nos prestou, não tive escolha senão oferecer-lhe um.





POV LAUREN

Sou Lauren Michelle Jauregui, mas prefiro que me chamem de Lauren

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Sou Lauren Michelle Jauregui, mas prefiro que me chamem de Lauren. Minha idade: 23 anos. Fui criada num ambiente totalmente religioso, meu pai é... bom, era Pastor em Montana, cidade onde nasci e cresci. Sou tímida e não gosto de ser o centro das atenções, por isso evito usar roupas extravagantes, decotadas, curtas ou transparentes. Nunca tive um namorado, apenas algumas paqueras, nada significante... Mas na adolescência desenvolvi um amor platônico por um rapaz, e que dura até hoje. Seu nome? Cameron Cabello. Como o conheci? Sinuh, a mãe dele, era uma frequentadora assídua da Igreja onde meu pai pregava e ela sempre ajudou muito nas festas beneficentes.

Eram raras as vezes que Cameron ia numa, mas me lembro, como se fosse ontem, a primeira vez que ele foi acompanhando sua mãe. Eu tinha 13 anos e ele, 18... já quase um homem, e com o tipo de aparência que fazia as mulheres pararem para admirá-lo cada vez que ele passava. Como não poderia ter me apaixonado? Minha mãe e Sinuh tornaram-se amigas, e estavam sempre organizando alguns eventos para a Igreja.

Quando a família Cabello perdeu o seu patriarca, todo o império deles veio a baixo. E em seu momento mais difícil, Sinuh foi acolhida por minha família. Meus pais cuidaram dela por quase 1 ano, até a situação começar a melhorar; enquanto Sinuh esteve em minha casa, Cameron aparecia eventualmente para visitá-la e eu sempre procurava me esconder. Não queria confrontá-lo, tinha medo que percebesse minha paixão por ele... Mas que tolice minha... ele jamais iria reparar numa garota desengonçada, sem graça e sem o belo corpo das mulheres com quem ele andava.

Durante alguns anos trabalhei no Centro de Jardinagem de Montana e gostava muito do que fazia, mas devido a cortes de funcionários, fui demitida. Tempos depois, meu pai veio a falecer e a situação em minha casa começou a se complicar. Sinuh, sabendo de tudo, pediu ao filho que me empregasse na empresa e foi assim que vim parar em Seattle. Com o salário que recebo, consigo me sustentar e pagar o aluguel do conjugado onde moro, no subúrbio; e ainda enviar algum dinheiro para minha mãe. Não é muito, mas o suficiente para completar a renda dela.

Quando recebi a notícia de que iria trabalhar para Cameron fiquei extasiada, pois fazia uns 4 anos que não o via. Pensei: "Como ele estaria? Decerto não estava casado. Disso eu saberia."

Mas fiquei decepcionada quando constatei que Cameron não era o tipo de homem que se envolvia com uma mulher para tal fim. Seus relacionamentos não duram mais que duas ou três noites. Casamento não está nos planos dele. Sua vida se resume em trabalho, trabalho e mais trabalho. Quando comecei a trabalhar na empresa, me questionava sobre a vida social que ele levava. Não tinha. Eram sempre almoços e jantares de negócios, reuniões intermináveis e quando não, ficava no escritório até mais tarde. Mas certa vez, Cameron tinha saído para uma reunião e não retornaria naquele dia. Ligou no meio da tarde pedindo que fosse levado para seu apartamento, onde ele se encontrava no momento, um determinado relatório. Como Margot, sua assistente pessoal, estava muito ocupada, fui incumbida para tal serviço. Ela acionou o motorista da empresa e deu as instruções para que me levasse até o apartamento de Cameron. O trajeto era curto e chegamos rapidamente. Nunca tinha posto os pés lá e me deparei com um prédio luxuoso. O porteiro já estava ciente e logo que me identifiquei sendo da empresa do Dr. Cabello, permitiu minha entrada. Entrei no elevador e subi até a cobertura. Cameron já estava na porta. Obviamente o porteiro o avisou de minha chegada. Estranhei a maneira como ele estava vestido, usava um roupão preto amarrado à cintura que deixava parte de seu torso másculo à mostra. Senti minhas pernas bambearem, minhas mãos gelarem, comecei a suar frio, o ar faltou... meu Deus, eu não podia desmaiar ali... Precisei desviar meu olhar. Ele me perguntou, secamente, onde estava Margot e quando comecei a explicar fui interrompida por uma voz feminina, melosa, que vinha de algum lugar lá de dentro: " Cameron, vem logo... a cama está começando a ficar fria sem você."

Cameron pegou o envelope de minha mão e ao mesmo tempo em que fechava a porta, disse que eu podia voltar para o escritório. Fiquei consternada, vendo a porta se fechar. Concluí que Cameron não tinha uma vida social, mas sim sexual. Desde aquele dia, resolvi conhecer e sair com outros homens. Relacionamentos fictícios eram bons para adolescentes de 15 anos; aos 23, era loucura. Eu precisava de um relacionamento real com um homem real, que fizesse planos reais para um futuro real. Então, não sendo muito do meu feitio, passei a sair de vez em quando com algumas colegas do trabalho, até que, finalmente depois de meses, alguém apareceu. Seu nome é Taz Skylar. E hoje eu terei um encontro com ele.








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Seduction - Versão CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora