Capítulo 35

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- LAUREL!

       Harry Potter caminhava esbaforido pelo corredor fora, com Ron Weasley nos ombros e uma expressão afogueada no rosto. Em pleno Março e com os raios de Sol de Primavera a iluminar Hogwarts, Laurel tirara o dia para investigar sobre Horcruxes no livro que encontrara na biblioteca dos Black, a qual visitara com a permissão de Dumbledore, embora não lhe tivesse contado o porquê de querer visitar a sua casa em pleno período letivo.

     Depois de muito pesquisar e muitas visitas à biblioteca dos Black, composta pelos mais terríveis livros negros, Laurel reconhecera no diadema as características de um Horcrux.

     Se Dumbledore soubesse que o diadema era um potencial Horcrux de Voldemort iria querer destrui-lo e Laurel não gostaria que isso acontecesse. Afinal de contas, era um artefacto histórico importante da sua família.

- Harry, o que se passa? - perguntou, guardando o livro na sua mala e apressando-se a segurar no outro braço de Ron.

- Acho que ele tomou uma Poção do Amor que era para mim. - explicou o Grinffindor, enquanto Ron balbuciava coisas sem nexo - Tenho de levá-lo ao Slughborn...

- Ao Slughborn? Disseste que ias apresentar-me à Romilda Vane! - exclamou Ron, tentando soltar-se.

- A Romilda está com o professor Slughborn, Ron. - afirmou Laurel, trocando um rápido olhar com Harry - Como é que ele tomou a Poção?

- Ele comeu uma caixa de chocolates que me ofereceram...

- Há quanto tempo isso foi?

- Eu não sei! 5 a 10 minutos, talvez?

     Laurel assentiu. O seu próprio kit de Poções ficara no dormitório e Ashley, que andava sempre com os seus fraquinhos na mala, estava ainda no dormitório com Meredith.

- Vamos. - foi tudo o que disse, os três seguindo em direção ao gabinete de Slughborn.

     Mal Harry deu a primeira pancada, Slughborn abriu a porta imediatamente, com um roupão de veludo verde, uma boina a condizer e os olhos ainda ramelentos.

- Harry, ainda é muito cedo para visitas... Normalmente durmo até tarde aos sábados... - olhou para Laurel com desaprovação - Miss Ravenclaw, a menina já deixou bem claro que não quer ter nada a ver comigo...

- Peço desculpa por vir incomodá-lo, professor. - pediu Harry, com calma - mas o meu amigo tomou uma poção de amor por engano...

     Laurel soltou uma risada, distraindo-se com as figuras que Ron estava a fazer, esticado em bicos de pés à procura da tal Romilda. Harry lá conseguiu convencer o professor a deixá-los entrar e implorou à Ravenclaw com os olhos para que ela não o deixasse sozinho. Revirando os olhos, a ruiva seguiu-o, observando com interesse o professor em ação. Slughborn ignorou a presença dela e conversou com Harry enquanto acrescentava os ingredientes do antídoto num pequeno frasquinho de vidro.

     Ron bebeu-o de um trago, olhando feliz para os outros três. Depois, lentamente, o sorriso esmoreceu e uma expressão de puro horror tomou conta do seu rosto.

- Funcionou na perfeição! - exclamou Laurel, com entusiasmo - Podemos não concordar em muita coisa, professor, mas o senhor sabe o que faz.

    Slughborn revirou os olhos, balbuciando um agradecimento.

- Ele precisa é de uma coisa que lhe dê ânimo. Tenho Cerveja de Manteiga, tenho vinho. tenho uma última garrafa de mead envelhecido em casco de carvalho... Hum... Era para dar ai Dumbledore pelo Natal... Bem, tanto faz... Ele não irá sentir falta do que nunca teve! E se a abríssemos e festejassemos o aniversário de Mr. Weasley? Não há nada como uma bebida de boa qualidade para afastar as desilusões do amor não-correspondido.

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