Capítulo 19

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Alguns dias depois, o Exército de Dumbledore reunia-se mais uma vez e Laurel Ravenclaw era a convidada de honra.

- Pensem em memórias felizes, as mais felizes que tiverem - explicou Laurel, fitando cada um dos membros do ED - Agarrem-se a essa memória feliz como se a vossa vida dependesse disso porque, quando são confrontados com um Dementor, depende mesmo.

Para surpresa da maioria, a Ravenclaw ergueu a mão, proferindo o feitiço da forma mais natural que já tinham visto, indiferente ao facto de ser a primeira vez que mostrava que conseguia fazer magia com as mãos.

- Expectro Patronum.

A memória de Remus Lupin a ler-lhe histórias antes de dormir era uma das mais felizes que tinha. Era naquele momento que Remus lhe mostrava que um pai não precisava ser de sangue, bastava ter amor, algo que Lupin tinha de sobra. Estivera sempre lá quando Laurel precisava e passava horas e horas a ler-lhe histórias antes de dormir, mesmo que a sua manhosa filha já soubesse ler desde os quatro anos.

Laurel gostava da forma como Remus lia as histórias, com dedicação e ênfase en cada frase. Remus gostava da forma como a criança o observava atentamente enquanto lia.

O conto favorito de ambos era Muggle e chamava-se A Pequena Sereia.

O Patronus de Laurel inundou a Sala das Necessidades com o seu brilho e tamanho. A águia enorme sobrevoou o teto, pousando delicadamente no ombro da Ravenclaw, como se tivesse uma forma corpórea e não fosse apenas formado de luz. o animal era tão gracioso e belo que os restantes membros permaneciam boquiabertos, verdadeiramente impressionados.

- Realizar um Patronus aqui é fácil. - afirmou Harry, colocando-se do outro lado de Laurel - Estamos numa sala perfeitamente iluminada, rodeados de amigos e colegas de Casa, longe do verdadeiro perigo que os Dementors representam. Não se iludam; na hora em que os enfrentam, o Patronus não será tão fácil de produzir.

Os membros do ED eram, no seu geral, bastante empenhados. Guiados por Harry e com uma ou outra ajuda de Laurel, tentavam produzir o feitiço da maneira mais correta possível, dando a Laurel a impressão de que Harry era um professor respeitado.

- És um bom professor. - elogiou Laurel, olhando para Harry, que encolheu os ombros.

- Não faço nada de especial. Boa Hermione!

Uma lontra prateada rodopiou em torno de Hermione, que sorriu, satisfeita consigo própria.

- Parece mais fácil do que é. - resmungou Ashley, visivelmente frustrada - Não me consigo lembrar de nenhuma memória feliz!

- Primeiro beijo com Meredith? - sugeriu Laurel, divertida.

Ley corou.

- Talvez resulte... Expectro Patronum!

Um lindo texugo brotou da varinha de Ashley Diggory, cujo verdadeiro sobrenome não podia estar mais evidente. Com um sorriso, Laurel pousou a mão no ombro da melhor amiga, que olhava fascinada para o animal da sua Casa.

- Muito bem, Hufflepuff.

As duas trocaram um olhar significativo, os olhos âmbar de Ley enchendo-se de lágrimas. Ela era uma Hufflepuff. Essa noção ainda não estava muito presente na sua cabeça mas era com orgulho que o seu Patronus rodopiava em torno de si mesma, relembrando-a disso.

A porta da Sala das Necessidades abriu-se e voltou a fechar-se, captando a atenção de Laurel e de Harry, que procurou ver quem entrara. Não havia ninguém. Laurel franziu o sobrolho, confusa, ficando imediatamente esclarecida ao ver a figura pequena de Dobby, o elfo livre que travara amizade com Harry tantos anos antes.

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