Laurel abriu os olhos, sonolenta. Era de madrugada e demasiado cedo para acordar, por isso não entendeu de imediato o que foi que a acordou.
Ao ver Draco Malfoy deitado junto dela a dormir profundamente, entendeu.
Aquela tinha sido talvez a primeira noite que ele ficara com ela a dormir a noite inteira. O corpo dela reconhecera isso e o seu cérebro parecia querer deixá-la mais feliz. Com um sorriso no rosto, aconchegou-se ao loiro, que abriu os olhos de imediato.
- Tens um sono demasiado leve. - reclamou ela, encostando o rosto no peito dela.
- Mexes-te muito. - reclamou Draco, rodeando-a com os braços.
O tilintar das pulseiras de Laurel chamou-lhe à atenção. Com gentileza, segurou-lhe o pulso, observando com atenção as jóias que ali se encontravam.
- Porque ainda a usas? - perguntou, curioso.
- A tua? É linda, nunca consegui tirá-la. - respondeu Laurel, sonolenta, referindo-se ao pingente de dragão que ele lhe dera - Foi dos melhores presentes que já recebi.
- Referia-me a esta. - apontou para a Cobra dos Puros, que circulava perfeitamente o pulso magro da jovem - Porque é que a usas?
A expressão de Laurel tornou-se séria, o sono que tinha dissipando-se. Afastou-se dele apenas o suficiente para acariciar a jóia de prata, os olhos fixando-a de forma distante.
- Relembra-me daquela noite. De Cedric. - fez uma pausa, pensativa - Ao mesmo tempo, uso-a para desafiar a memória do homem que destruiu a minha vida e a de todas as Ravenclaw antes de mim...
- Salazar Slytherin. - completou Draco, os olhos cinza brilhando com a luz da Lua, que adentrava no dormitório através da enorme janela ao lado da cama de Laurel.
A ruiva assentiu. Por várias vezes pensara em devolver a jóia aos Malfoy mas nunca conseguira forçar-se a isso. Aquela pulseira salvara-lhe a vida na noite em que não conseguira salvar a de Cedric. Era uma constante lembrança do seu melhor amigo, o rapaz que se recusara a abandonar a irmã e que acreditara sempre na sua recuperação.
Se Ashley recuperara do tormento que passar, fora por causa de Cedric e Laurel estaria sempre em dívida com ele por isso.
- A pulseira pode ser usada contra ti. - mencionou Draco, passando a ponta do polegar na bochecha dela, num movimento instintivo que não compreendia.
Laurel assentiu. A pulseira tinha a estranha capacidade de retirar-lhe a magia caso um Malfoy e somente um Malfoy assim decretasse.
O Malfoy mais próximo estava mesmo ali à sua frente.
- A única pessoa que pode usá-la contra mim és tu, Draco e tu não o farias. - afirmou, convicta.
Haveria um dia em que Laurel se arrependeria da confiança cega que tinha em Draco. Haveria um dia em que ele lhe partiria o coração precisamente por isso.
Mas ela estava ciente disso e preferia viver um dia de cada vez, preferia permitir-se amá-lo do que sofrer por antecedência.
- Tens demasiada fé em mim. - comentou Draco, num sussurro.
Não havia pessoa no mundo que acreditasse tanto em Draco como Laurel.
E não havia ninguém mais grato por isso do que Draco.
Curvou-se para a beijar, sentindo-a suspirar contra si. Eram completamente opostos, criados de maneira muito diferente e com perspectivas de vida muito diferentes. Laurel era como a água, livre e tempestuosa se precisasse, sempre defendendo aquilo em que acreditava. Draco era fogo, queimando para seu próprio benefício, pronto para destruir quem se metesse no seu caminho em nome da família e do sangue.
VOCÊ ESTÁ LENDO
EMERALD [3]⚡ HP ✔️
FanfictionLIVRO 3 ⚡💚 EMERALD: esmeralda; pedra do amor, rejuvenescimento, inteligência. A Ordem de Fénix ergueu-se novamente. Meredith Lovelace tinha apenas uma missão: tornar-se a mais nova Devoradora da Morte e recolher o máximo de informações importantes...