Capítulo 1

278 25 1
                                    

Com as mãos trêmulas e o coração batendo em ritmo acelerado,  Jonas corria para alcançar o elevador, contudo a frustração foi inevitável com o fechar da porta.
O jovem estava ansioso demais para esperar pelo elevador. Precisava confirmar se a informação que Isabel lhe dera era verídica, por esse motivo decidiu ir pelas escadas, correndo o máximo que pode.
Ao chegar no sexto andar, parou enfrente a porta apoiando as mãos nos joelhos. Estava ofegante e dedicou alguns segundos para recuperar o fôlego.
Somente tocar a campainha não era o suficiente. Jonas batia na porta desesperado,  gritando pelo nome do namorado.
_ Bruno! Abre essa porta, Bruno.
As estocadas eram tão fortes , que fizeram dona Lurdes abrir a porta para verificar o que estava acontecendo.
_ Oh seu menino, o Bruninho já foi embora.
_ Como assim foi embora? Perguntou Jonas na esperança de que a idosa sorrisse e dissesse que não passava de uma trolagem.
_ Ele foi embora hoje de manhã bem cedinho.  Um caminhão levou as coisa dele tudo. Você não sabia disso? Uh,  vocês não são amigos?
Jonas socou a porta com as duas mãos com a intenção de aliviar a raiva. Apoiou as costas na porta e foi deslizando até sentar no chão, penetrou os dedos entre os cabelos.
_ Já tentou ligar para o celular dele?
Jonas não respondeu a idosa. Contudo,  ele havia ligado muitas vezes para o celular de Bruno e só ouvia uma voz feminina dizendo que o número era inexistente.
Pensou em se comunicar pelo chat dos perfis das redes sociais de Bruno, mas para a sua surpresa estava bloqueado.
Dona Lurdes decidiu entrar, a sua novela já estava para começar. Ela que não iria perder o último capítulo de Avenida Brasil por causa de Jonas.
Desolado,  Jonas se recusava a acreditar que Bruno partiu sem dizer um "adeus" , ou mesmo o motivo da partida.
O relacionamento deles era ótimo em todos os aspectos. O sexo era maravilhoso e praticado com frequência. Além de namorados,  eles eram grandes amigos.  Jonas confiava cegamente em Bruno, pois nunca foi tão bem tratado num relacionamento como era por Bruno.
A última vez que estiveram juntos foi na noite anterior. Jonas havia acabado de ter mais uma briga com a mãe e ligou para o namorado para pedir abrigo, porque não queria dormir em casa naquela noite.
Bruno o recebeu no seu apartamento.  Vestia apenas um short esportivo de cor preta, mas havia acabado de sair do banho e cheirava a erva doce, que era o cheiro preferido de Jonas e não é por acaso que Bruno usou o sabonete e loção preferida do namorado, sua intenção era seduzi-lo.
O abraço foi uma forma de recepção. Ao sentir a maciez da pele de Bruno, Jonas segurou o seu queixo e lhe deu um beijo caloroso. Envergonhado,  Bruno se afastou e puxou o namorado para dentro do apartamento.
_ Cara, e se alguém ver a gente?
_ Serão testemunhas do meu amor por você.
_ É,  mas as pessoas são preconceituosas. Você precisa se controlar em público.
_ Deixe de ser exagerado que não tinha ninguém no saguão.  E a culpa foi sua por ser tão gostosinho assim. Disse puxando Bruno pelas nadegas e o beijando novamente.
Jonas pôs as mãos por dentro do short do namorado e foi tateando até encontrar o ânus e penetrou o seu dedo, o que fez Bruno gemer como uma mulher.
_ Adoro quando você geme assim, feito uma putinha. Sussurrou Jonas ao pé do ouvido,  em seguida deslizou a língua pelo pescoço do namorado.
Exitado,  Bruno retirou a blusa de Jona, enquanto chupava os mamilos do rapaz, abriu a braguilha da calça de Jonas e começou a masturbar o seu membro.
O segurando pela nuca, Jonas fez Bruno se aguaichar até ficar de joelhos e deslizou o seu pênis nos lábios de Bruno e quando o rapaz ia pôr na boca, ele retirava irritando Bruno.
_ Quer mamar,  bebezinho?
Bruno sorriu confirmando com a cabeça e engoliu o pênis de Jonas. O sexo oral foi muito prazeroso para ambos, mas Jonas não estava satisfeito. Arrancou o short de Bruno, o agarrou pela cintura o fazendo ficar de quatro, lubrificou o ânus de Bruno e penetrou num vai e vem até chegar ao orgasmo.

Após o ato sexual, eles tomaram banho e Bruno serviu uma lasanha de berinjela para o jantar. Ao depositar o jantar na mesa, abraçou Jonas pelo pescoço e o beijou no rosto e boca. Com a cabeça deitada no ombro de Jonas perguntou:
_ O que aconteceu entre você e a sua mãe,  lindo?
_ Você não vai acreditar o quanto a minha mãe é uma pilantra. Você acredita que ela estava roubando dinheiro da Neiva?
_ Sério que a sua mãe estava roubando dinheiro da empregada dela? Como assim? Indagou se afastando e sentando na cadeira para ficar em frente a Jonas.
_ Sim, cara. Como você sabe os meus pais estão divorciados,  mas ele ainda sustenta a casa e manda o salário da Neiva. Acontece que o meu pai manda 800 reais e a minha mãe só paga 500 a ela.
_ Nossa, que absurdo, lindinho! E como você descobriu isso?
_ Eu estava procurando um documento meu na gaveta do escritório que era do meu pai, foi aí que descobri os extratos bancários do pagamento da Neiva. Cara, a minha mãe é muita cara de pau. Quando eu fui tirar satisfação ela ainda se fez de vítima. Mas eu disse a ela que se não pagar a Neiva o que é dela por direito,  eu vou denunciar para todo mundo e não vou prestar vestibular.
_ Mas se você não prestar vestibular vai se prejudicar,  meu amor.
_ Não tô nem aí. Para falar a verdade eu nem quero cursar nada. Eu só queria arrumar um emprego e sair daquela casa. E a preocupação da minha mãe não é com o meu futuro e sim o medo de que meu pai deixe de pagar a minha pensão que ela "come".
_ Oh,  meu bem. Eu te recomendo a ingressar na faculdade e sair de casa. Você já vai fazer 18 anos na próxima segunda-feira,  sua mãe não vai poder te proibir de sair de casa e você pode viver com a gorda pensão que o seu pai te paga, até você conseguir um estágio.
_ A ideia é boa.  É isso mesmo que eu vou fazer.
Jonas começou a acariciar o rosto de Bruno, deslizando o seu dedo pelo nariz,  até chegar na boca e contorná-la.
_ Casa comigo, gatinho?
_ Você quer que eu vá preso? Você é menor de idade e eu sou cinco mais velho que você.  Disse Bruno sorrindo.
_ Eu não vou ser menor de idade para sempre. Se for para sair de casa que seja para viver com você.
_ Jonas, você só tem 17 anos. Tem tanta coisa para viver,  tem certeza disso?
_ Eu  tenho tantas coisas para viver sim, mas todas elas ao seu lado. Casa comigo, amorzinho?
Bruno sorriu e beijou o amante. Jonas arrastou a cadeira e pos Bruno sentado no seu colo.
_ Isso é um sim?
_ Deixa eu pensar…
_ Ah, não Bruno!
_ Brincadeirinha.  É óbvio que eu quero me casar com você. Cê é o homem da minha vida.
Jonas transbordava felicidade. Estava completamente apaixonado por Bruno. Era a primeira vez na vida que estava habitando na terra dos apaixonados. A possibilidade de sair de casa e viver ao lado do seu grande amor era o conceito de paraíso para Jonas.

Borboletas sempre voltamOnde histórias criam vida. Descubra agora