Pobre garota

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POV DEMETRI:

estava bem tarde quando voltei para a torre, deviam ser quase seis da manhã. As ruas estavam silenciosas e vazias, e pensar que dali à algumas horas mais, todos iriam fazer barulho nas ruas, quando anoitecesse todos iriam para suas casas dormir até o sol nascer de novo, e assim o ciclo se repetia infinitamente. Suspirei. De madrugada era a melhor hora para deixar a torre e o que ela ocultava: o castelo dos Volturi, a mais rica, tradicional e respeitada família do mundo dos vampiros, claro que os humanos não tinham conhecimento dos Volturi e muito menos de vampiros e era por isso que eu estava de vigia nesta época de Volterra. Turistas curiosos demais, poderiam acabar passando pela porta dourada que eu sempre protegia, e poderiam chegar até nós, o que seria um problema.

Eu andava a passos rápidos demais para um humano normal mas não estava me importando, o sol só nasceria às sete horas e não haviam humanos na rua. Era o que eu pensava até chegar na porta da torre e ver umas cinco prostitutas ali, fumando e usando roupas minúsculas. Gemi. Esses humanos me davam nojo. Não pude deixar de dar uma risadinha quando passei por elas para entrar e ouvi o suspiro coletivo, reação mais do que normal para as humanas que ficavam completamente encantadas por mim, fazia parte de ser um vampiro e de ser um Volturi é claro!

Entrei sem olhar para trás -sim, eu não me importava nem um pouco com humanos- e ouvi a porta dourada sendo aberta, Heidi saiu dela absolutamente linda de morrer, tirou o capuz do casaco cinza escuro e deu um sorriso estonteante para mim. Sorri de volta, principalmente ao ouvir as reclamações baixinhas das prostitutas, que haviam virado para me olhar mais.

–Parece que deixou algumas fãs desapontadas general! -Heidi riu.

–Como se eu me importasse! -dei de ombros.

–Eu trouxe o lanchinho da madrugada e Aro me mandou ver se você se juntaria à nós!

Fiquei pensativo por um minuto.

–Não, eu estou bem obrigado!

–Aonde você estava? -perguntou Félix chegando de repente.

–Ah...-dei de ombros- Por aí Félix.

–Por aí não é resposta Demetri, você devia estar aqui vigiando!

–Vigiando de quem? Está tudo vazio a não ser por aquelas prostitutas ali, mas creio que o negócio delas seja lá fora mesmo! -dei um sorrisinho maldoso.

Félix revirou os olhos e Heidi me acompanhou no sorrisinho maldoso. Félix sumiu tão apressado como veio levando Heidi consigo. Eu fechei o portão e fiquei ali, parado feito um imbecil enquanto as prostitutas ainda me olhavam e davam risinhos. Juro que perdi a paciência e se não fosse tão educado -e se não quisesse que Aro arrancasse minha cabeça- juro que as atacaria ali mesmo. O vento soprou fraco lançando o cheiro delas no meu nariz, minha garganta ardeu imediatamente, uma delas -a loira com mechas rosa para ser mais exato- tinha um cheiro maravilhoso. Dei um sorrisinho malicioso, embora Aro nos proibisse de chamar a atenção, ele nunca nos proibiu de caçar discretamente - apesar de ser Heidi quem trás nossa comida- e apenas pessoas que não fariam falta nenhuma como no caso daquelas prostitutas. Seria moleza. Dei um sorrisinho discreto e malicioso para a loira e ela sorriu de volta, ouvi seu coração acelerar e seu rosto ficou vermelho, o que só fez minha garganta arder mais ainda. Discretamente, comecei a andar em direção à floresta e pisquei mais uma vez para ela para ver se ela me seguia, ela me seguiu. Dei um sorrisinho vitorioso. Quem dera fosse fácil assim com aquela outra humana: Safira.

O rosto dela não saía da minha cabeça e o cheiro espetacular dela parecia impregnado em meu nariz, eu queria o sangue daquela humana mais do que tudo, era simplesmente o cheiro mais maravilhoso, mais doce, mais sensual e exótico que eu já havia sentido em três mil anos de existência. Havia tentado uma vez mas não consegui ficar sozinho com ela. Parei de andar quando percebi que já estava longe o suficiente para esconder o corpo dela, ela parecia completamente hipnotizada por mim, e isso era muito bom, dei outro sorrisinho malicioso e me aproximei dela levando meu nariz e minha boca para seu pescoço, eu adorava esse poder que tinha sobre as mulheres. Encostei meus lábios e minha língua devagar em seu pescoço e sentir a pulsação aumentar e muito. Minha boca se encheu de veneno e a mulher loira tentava me agarrar, ela era muito bonita e com certeza fazia sucesso entre os homens, mas eu não iria me envolver com ela, meu interesse nela estava apenas no líquido vermelho, quente e doce que corria nas suas veias. Mordi seu pescoço e senti seu corpo estremecer e lutar para se afastar de mim, mas era inútil, aos poucos -enquanto eu acabava com seu sangue- seu coração foi ficando lento, lento, lento.....até que parou por completo. Joguei o corpo sem vida no chão e o chutei, mais uma vez....eu não me importava e faria o mesmo, se não pior com a humana que eu tanto queria, era apenas uma questão de tempo.

La tua cantante - Amor VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora