Descobrindo

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POV SAFIRA:

Haviam se passado dois dias desde que eu descobri mais da estranha prostituta morta e concluí que ela parecia demais com a mulher do meu sonho, até as posições em que os corpos delas foram encontrados. Meus pesadelos continuam e cada vez mais estranhos e eu cada vez mais inquieta tentando decifra-los, mas sem sucesso. Se as coisas continuassem assim, eu iria ter que apelar para o vampirismo mesmo e passar à noite toda em claro, antes que ficasse maluca. Minha mãe chegaria à noite e se me encontrasse me fazendo esse monte de pergunta e com essa cara de quem não dorme à dias, ela teria um ataque. Ah sim, minha mãe estava voltando da América do Sul mais cedo porque o desfile lá foi cancelado e marcado em outro lugar, Austrália -esse eu já conhecia- mas antes queria ver se estava tudo bem comigo e passaria dois dias aqui. Eu já havia arrumado a casa de cima à baixo e estava na escola, na aula de literatura para ser mais exata, as aulas sobre vampiros acabaram mas vez ou outra a professora comentava sobre algo.

Estava quase desmaiando de sono e com a cabeça encostada no vidro como sempre, por isso não sabia dizer sobre o que era a aula dessa vez.

(.......)

Estava escuro e eu estava correndo, a sombra havia parado de me seguir mas ainda assim eu corria, quando de repente esbarro em alguém na rua, esse alguém era um homem e tentava pro força me ferir com um canivete. Ora essa, saí dos braços de um para acabar nos braços de outro? Eu gritava e pedia ajuda, parecia que ninguém ia me ajudar, até que a sombra que antes me perseguia, me livrou do homem com o canivete.

(........)

–SAFIRA!!! -berrou a Kelsey.

–OI!!!!? -berrei de volta acordando assustada.

–Que bom que resolveu se juntar à nós senhorita Safira! -a professora falou irônicamente.

–Ah desculpe professora, estou tomando um remédio cujo efeito colateral é a falta de sono à noite, por isso não durmo direito e fico com sono pela manhã.

–Entendo! Sente-se bem? Quer lavar o rosto?

–Não obrigada, já estou melhor!

A professora fez cara de ''sei'' e voltou à dar sua cândida aula, todos os alunos da sala ainda olhavam para mim e eu sentia minhas bochechas formigando de vergonha. Ao meu lado, a Kelsey ria que nem se preocupava em esconder isso.

–Bonito você rindo de mim Kels, isso lá é jeito de me acordar? Tenha dó!

–Desculpa Safira, mas eu te cutuquei de tudo quanto é jeito, só faltei te dar um tapa mas você parecia nem estar respirando!

–Ah meu Deus, apaguei mesmo!

–Sim! E esse lance de remédio? Cara, sou sua fã! -ela ria mais ainda.

–Era isso ou eu saía de sala. Minha mãe teria um infarto!

–Ela vai voltar?

–Sim, hoje, mas depois já vai de novo! -falei bocejando.

–Se não são remédios, o que é que te faz ficar acordada?

–Os pesadelos!

–De novo?

–Outra vez...novamente....eu estou dizendo Kels, eles querem dizer algo e eu tenho que descobrir o que é antes que fique louca.

–Se não já ficou né?

Confesso que o que a Kelsey falou mexeu comigo. E se eu já estivesse louca e os pesadelos fossem a prova disso? O horário tocou e eu caminhava apressada pelos corredores, iria até Volterra claro, mesmo estando louca ainda tinha consciência dos meus sentimentos por Demetri e faziam dois dias que eu não o via, iria enlouquecer mais ainda se deixasse passar mais um dia. Ele era como uma droga para mim, eu não conseguia e nem podia ficar sem ele. Iria andando mesmo, Volterra não ficava longe e não seria a primeira vez que eu iria andando, se eu voltasse antes do anoitecer não haveria perigo nenhum. Fui abordada por Vítor na saída da escola.

La tua cantante - Amor VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora