Capítulo 28

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EDA BOLAT

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EDA BOLAT...

5° mês de gestação.

Sabe quando tudo parece estar prestes a desmoronar e não conseguimos ver um lado positivo das coisas? Essa sou eu agora e eu costumo ser bem otimista, mas não dessa vez.

Meu mundo tinha parado na palavra acidente e eu não escutei mais nada, não sei se por medo ou bloqueio, mas agora eu me arrependo. Eu devia ter perguntado ao menos o estado em que o meu marido se encontrava, se era grave ou não, se ele estava bem e mais importante, como foi que isso aconteceu. Ele é atento no trânsito, não foi culpa dele e eu estou certa disso.

Agora eu tenho que me controlar e pensar nos nossos filhos, eu não posso passar nervoso e preciso me controlar por eles. Desde que eu recebi a notícia, como se sentissem que estou desesperançosa, eles se movem em um aviso de "estamos aqui" e é por eles e apenas por eles que eu estou me segurando para não perder a esperança. São os dois que estão sendo a minha força e o motivo do meu controle nesse momento de pura angústia que estou passando.

Assim que meu peito se apertou eu senti que tinha alguma coisa errada, quando o telefone tocou um frio na espinha subiu e quando escutei a notícia foi como se o ar tivesse sido tirado de mim.

A verdade é que o Serkan é o amor da minha vida e para a minha vida, eu não me vejo sem ele. Nossas almas se completam e somos feitos um para ou outro. Ele sempre fala que não consegue respirar quando eu não estou por perto e ele nem sabe que ele também é a minha respiração. A única coisa que me consola é saber que independente de qualquer coisa ele vai estar lutando por nós, porque assim como dois mais dois é quatro, eu e Serkan Bolat somos feitos um para o outro e estávamos destinados a ficar juntos. As estrelas que cruzam o céu todas as noites e ligou nossos destinos são as testemunhas disso.

Fecho os olhos e vou o resto do caminho até o hospital orando e desejando que não seja nada grave. Nós temos muitos planos e ele não vai me deixar, ele não pode me deixar.

Quando chego já encontro a minha obstetra na entrada do hospital ao lado da Sema que a primeira a me abraçar e eu me permito chorar em seus braços aceitando o conforto que eles me passam.

– Ei meu amor, vai ficar tudo bem. Ele está bem. – Ela diz baixinho no meu ouvido e acaricia os meus cabelos. Mas eu me afasto nervosa.

– Como você sabe? Você viu ele? Cadê ele?

– Eda, calma, pensa nos gêmeos, tenta ficar tranquila. – Minha médica fala e eu balanço a cabeça em negação, parece que o aperto aumentou e o oxigênio se foi. Parece que eu perdi ele e eu odeio essa sensação, é desesperadora. Eu mando o controle para o espaço, ignoro tudo e todos e deixo o desespero me abater.

– Não, eu preciso ver ele, cadê ele? Eu quero notícias, foi grave? Ele está bem? – pergunto descontrolada e entro no hospital indo em direção a recepção batendo a mão no balcão e fazendo a moça se assustar. – Notícias, eu preciso de notícias do paciente Serkan Bolat, eu sou a esposa dele e... – Paro de respirar quando sinto uma pequena pontada na barriga e arregalo os olhos.

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