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Fala galeraaaaa... Repostando porque tinha faltado um pedaço ENORME pro final

Quem leu... le de novo ai :)




POV. Justin.

Foi uma sensação muito boa quando eu entrei naquela sala de reuniões e tive o semblante surpreso do cara à minha frente. Ele demorou alguns segundos, mas apertou minha mão fortemente quando eu achei que ele não o faria.

Obviamente ele sabia quem e eu era, e bem, eu também sabia quem ele era e era provável que ele já tivesse notado sobre tal fato. Qual a grande coincidência quando eu descobri que ele trabalhava justamente na área renomada da construção civil, onde eu e minha família tínhamos – e acredito que ainda temos – grandes influencias.

- Bem vindo, Sr. Drew.

Logo ele soltou minha mão como se tivesse sido um grande fardo, quando na verdade a única que eu queria apertar era seu pescoço escondido por debaixo da gravata. Caminhei até o outro extremo da mesa, onde esta a minha cadeira. Normalmente nas reuniões em que eu participava era assim que funcionava. Os mais "poderosos" sentavam-se nas extremidades, e os outros senhores sentavam em volta.

Logo então ele começou a falar sobre os projetos e tudo que seria envolvido – questão planejamento e financiamento – mas em todo o momento eu fazia questão de deixa-lo em uma posição não confortável quando questionava absolutamente tudo que ele dizia. Eu certamente não deixaria as coisas fáceis para ele, e assim que eu pudesse tomaria tudo dele, assim como ele fez comigo.

POV. Shawn.

Eu estava com uma dor de cabeça terrível quando a reunião terminou. Nunca em toda a minha vida eu tive de fazer algo tão desgastante assim dentro de uma sala de vidro repleta de homens engravatados e milionários.

O ex-namorado de Camila, ou melhor dizendo, o homem que queria entrar como investidor máster estava à dificultar muito o andamento da reunião e eu preferia não acreditar que ele estava fazendo isso por questões pessoais, quando na verdade estávamos alí estritamente por questões profissionais.

- Precisa de mais alguma coisa, Sr? – Minha secretária perguntou após estender um comprido e um copo de água.

- Não, obrigado.

Mandei o comprimido para dentro, mesmo sabendo que ele só amenizaria minha dor de cabeça e não colocaria um ponto final naquilo, porque mais reuniões iram acontecer.

Eu chegava em casa por volta das seis, normalmente. Quando as coisas ficavam estressantes ou era o final de um projeto nosso, eu chegava às oito, mas nesse dia simplesmente estava tudo dando errado e como eu imaginara aquele comprimido nem fizera cócegas naquela dor latejante que fisgava minha cabeça à todo momento. Quando eu saí do edifício já se passava das nove e todos os funcionários já haviam ido.

Estava muito muito muito frio, mas ainda não nevava. Estava previsto para que nevasse naquela madrugada. Assim que cheguei ao apartamento – lar, doce lar – senti um cheirinho muito bom de comida, e notei que mal tive tempo de comer alguma coisa durante a tarde inteira. Quando passei da porta do apartamento já da entrada consegui visualizar certa latina andando em círculos enquanto tinha o celular na orelha.

Eu fechei a porta e então ela olhou pra mim tirando o celular do ouvido e respirando lentamente. Eu afrouxei a gravata enquanto ela vinha na minha direção. Aquele cheirinho de comida caseira fazendo meu estomago roncar.

A Aposta - ShawmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora