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Uma semana havia se passado. Alfonso havia conseguido o emprego, e minha mãe estava satisfeita com a indicação. As coisas entre Anahí e Christopher estavam estremecidas, e por mais que quisesse voltar ao que tinham antes nada mais parecia se encaixar. Eram planos diferentes, sonhos diferentes.

Anahí chegou cedo a cada dos pais, era aniversário de casamento deles e ela e Amber preparavam uma surpresa. Poucos convidados, apenas para os amigos mais íntimos. Alfonso e Pepe ajudaram com a arrumação do jardim, enquanto Kate se encarregou do jantar. Anahí estava prestes a ir para o banho, tinha o corpo suado do esforço para deixar tudo em ordem, quando Alfonso a chamou do lado de fora da casa.

Caminhou curiosa até onde ele estava e esboçou um sorriso assim que o viu com uma pá em uma das mãos e uma pequena caixa de veludo na outra. Ele cumprira mesmo com o prometido. Essa também era uma novidade, desde aquela fatídica noite em que Alfonso lhe protegera na saída da festa de Dulce, os dois se tornaram bons amigos. Anahí não sabia explicar o porque, mas algo em Alfonso lhe remetia seu passado. Talvez os olhos, a fisionomia. Parecia conhecê-lo a tanto tempo que fora inevitável que lhe desse essa abertura.

- Você achou - sorriu feliz, tirando a caixa das mãos dele - Maite mal vai acreditar nisso. Ela é tão sentimental, sem dúvidas vai chorar a tarde toda - rolou os olhos.

- E você? Não é sentimental? - riu, enxugando a testa que escorria um fio de suor devido ao calor.

- Digamos que na medida - brincou - Não é qualquer coisa que derrete meu frio coração, senhor Herrera - sorriu divertida - Bom, eu vou para o banho! Obrigada por ter encontrado, de verdade, é muito importante pra mim - tocou a mão dele que mirou aqueles olhos, tendo um dejavu inexplicável - Nos vemos mais tarde? - pediu o tirando dos devaneios.

- Oi? Disse algo? - soltou-lhe a mão, segurando a pá outra vez.

- Pedi se você vem para o jantar?

- Oh não, imagine. Sequer tenho roupa para um jantar assim tão chique, além disso seus pais nem devem querer os empregados por aqui, não com tanta gente importante - justificou. Anahí tratou logo de negar.

- Meus pais nunca fizeram distinção, ao contrário, adoram que todos os funcionários se sintam da família. Além disso, posso lhe conseguir uma roupa Alfonso, sem dúvidas meu pai deve ter algo que lhe caía bem - sorriu - A não ser claro que já tenha planos para essa noite...

- Não tenho planos mas - ela o cortou.

- Certo, então sem desculpas. Pode usar a casa de visitas e pedirei ao Pepe que leve um traje para que você vista - riu da cara que ele fazia - Te vejo mais tarde - piscou, entrando em casa com a caixa nas mãos.

Anahí revirou o closet do pai, apanhando uma camisa azul e uma calça preta de sarja de alguma marca cara ao qual o pai nem usava mais. Pegou também um sapato que julgou combinar bem com a roupa que escolhera. Entregou-as a Pepe que prontamente levou para que Alfonso pudesse se aprontar. Anahí se jogou sobre a imensa cama de lençóis de algodão egípcio da irmã. Tinha um sorriso misterioso nos lábios ao passo que as mãos ainda seguravam a pequena caixa.

Amber que entrou no quarto logo suspeitou o que se passava.

- Posso saber o motivo dessa felicidade toda? - arqueou a sobrancelha, inquisitiva - Pois um passarinho me diz que não se chama Christopher Uckermann.

- Amber - Anahí a recriminou - Você nunca vai deixar de implicar com o Ucker?

- Enquanto você ainda estiver com ele não. E você ainda não me respondeu? O que houve que te deixou tão feliz? Tem a ver com o novo jardineiro bonitão? - brincou, se jogando sobre a irmã que resmungou pelo esbarrão.

Amor ImprovávelOnde histórias criam vida. Descubra agora