Dinastia

021

IZABEL

-Você parece ser bem fraca... –Constatou ao olhar por alguns instantes a garrafa vazia em suas mãos.

-Parece que sim. –Comentei sem bom humor. –Vocês costumam observar muito.

-Como assim? –Questionou parecendo interessado.

-Nunca agem por impulso. –Soltei um longo suspiro. –Parecem estudar os gestos, as ações, para só assim dar o próximo passo. –Leon em momento algum cortou o contato visual, parecia tentar descobrir minhas palavras antes mesmo que eu pudesse dize-las.
As mãos de Leon se fecharam em uma mecha de meu cabelo, fazendo com que meu corpo estar atraído com meu “discurso”. –Parecem que estão num eterno jogo de xadrez, estudam, observam para só então fazer seus movimentos. –Balancei minha cabeça negativamente. –Isso é irritante! –Sorri de maneira descontraída. Bem, certamente os efeitos recorrentes do álcool já começavam a aflorar.

-Agir por impulso é perigoso. Não acha, Izabel?

-Depende do que tem a perder. –Respondi.

-É, estou começando a entender a razão pela qual Eros gostou tanto de sua companhia, Izabel.

-Vamos fazer assim... –Falei ao ignorar totalmente o que ele havia dito, em passos rápidos e precisos avancei em sua direção, que parecia entender meus próximos atos pois manteve nos lábios um sorriso de satisfação. –Vamos agir de maneira imprudente... –Senti uma pressão em minha cabeça e leve tontura e rapidamente entendi que aquelas ações eram consequência da bebida. –Prometo guardar segredo... –Sussurrei ao levar meu indicador até os lábios. –Um segredo só nosso! –Sorri ao sentar sem seu colo num único movimento, colocando minhas pernas uma de cada lado de seu corpo.

-Certo, Izabel. –As mãos de Leon deslizaram pela minha cintura, passeando livremente, seus dedos apertaram minha pela fazendo com que eu soltasse o ar. Toquei no cós de sua camisa preta e comecei a levantá-la, Leon ergueu os braços para facilitar meu trabalho e em poucos segundos estávamos livres daquela peça que revelou seu tronco definido.

Dedilhei meus dedos por aquela toda extensão, ele parecia estar gostando de todo aquele “jogo”, pois exibia um sorriso sacana enquanto mantinha seu olhar fixo em mim, observando cada gesto feito, ele agarrou uma de mecha do meu cabelo , fazendo com que meu corpo fosse projetado para frente, ele encostou seus lábios nos meus que exalavam aquele cheiro característico de álcool que a essa altura deixava tudo ainda prazeroso.

–Você parece valer cada centavo... –Constatou de encontro aos meus lábios. Eu apenas fechei meus olhos e abri meus lábios de maneira vagarosa, senti que Leon fez o mesmo, mas em momento algum me movi, não era preciso, pela respiração e calor que se corpo emanava, sabia perfeitamente que ele estava impaciente para provar do meu beijo e quando dei por mim, a língua dele já estava dentro da minha boca.

As mãos dele desceram pelo meu dorso devagar enquanto sentia um calor crescer dentro mim, quando a boca de Leon começou a descer pelo meu queixo à frente indo até a curva do meu pescoço, senti vários arrepios cruzarem meu corpo.

-Hum... –Gemi baixo ao sentir sua boca sugar minha pele, parecendo saboreá-la lentamente. Quando ele tomou certa “distância” do meu corpo, nos encarávamos de maneira febril, talvez pudéssemos culpar a bebida pelo incontrolável desejo em nossa libido, ou apenas era apenas a excitação crescente em nosso corpo. Que seja!

Mantendo o olhar fixo em mim, as mãos de Leon desceram pelas minhas coxas ainda encobertas pelo tecido fino da legging, as apertando fortemente. Inclinei meu corpo para frente e desci meus lábios pelo seu tórax, depositando alguns beijos enquanto sentia seu peito arfar a cada contato, parecíamos estar extasiados apenas com aquelas pequenas caricias, mas sabíamos que ambos estávamos dispostos a mais, a muito mais.

Seus braços fortes fecharam-se ao redor da minha cintura novamente, e em poucos segundos senti meu corpo ser erguido num rápido solavanco e como se não estivesse sentindo peso algum em seus braços me levou até o seu quarto, atirando-me cautelosamente na mesma.

Impulsionei meu corpo para trás de modo que eu pudesse observar suas futuras ações.

Naquela profissão poucas eram as vezes que eu realmente conseguia desfrutar de um homem como aquele, em todos os aspectos. Ele não estava interessado em apenas suprir suas necessidades, seus atos, seus olhares mostravam com clareza que ele também estava disposto a fazer daquele momento algo memorável para ambos.

Leon era realmente muito bonito, a pele branca fazia contraste com seus fios de cabelo incrivelmente negros, algumas tatuagens e cicatrizes em suas costas o deixavam ainda mais imprevisível.

-Não vai tirar sua roupa? –Falou enquanto desabotoava sua calça. –Prefere que eu faça isso pra você? –Completou enquanto se livrava daquela peça com agitação. Antes que eu pudesse fazer ou dizer algo, Leon puxou minha perna com facilidade, arrastando meu corpo para a beirada da cama. –Acho que nos dois preferimos isso, não é? –Ele sorriu de maneira sacana ao erguer meus braços e retirar o top que cobria parte do meu corpo, ele repetiu o mesmo processo com a legging, suas ações naquele momento pareciam não ter pressa alguma, a cada gesto ele direcionava seu olhar hora em minha direção, hora em meu corpo. –Você fica ainda mais bonita assim. –Constatou ao segurar em meu queixo. –Agora eu o entendo. –Falou como se pensasse alto.

-O que? –Questionei sem entender. Leon sorriu de maneira despreocupada ao passar seus dedos em meus lábios numa carícia pouco delicada e segundos depois sua língua entrou como um furacão em minha boca, tirando qualquer vestígio de sanidade que poderia restar em minha mente, suas mãos apartavam meu corpo com força, com certeza seus dedos deixariam marcas espalhadas em minha cintura, mas naquela hora pouco importava.