Capítulo 01

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Olá galera, é com grande alegria que inicio a minha primeira fic Dayrol. Quero, desde já, agradecer a todas as pessoas que me encorajaram e apoiaram a escrever, vocês são incríveis. Se gostar do capítulo, deixe seu voto e dê sua opinião sobre a história. Teorias são muito bem vindas também.
Sem mais enrolação, aproveitem o capítulo.

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Narrador:

Era uma manhã de domingo, o sol brilhava forte no céu de São Paulo e o relógio marcava exatas 08:15 da manhã; Dayane estava a meia hora parada em frente ao espelho, ensaiando tudo o que diria para Caroline naquele dia. A morena havia se decidido confessar para ela seus sentimentos. Sabia que Carol se casaria em pouco tempo, mas não poderia deixar que isso acontecesse sem que a ruiva soubesse todos os sentimentos que ela guardou durante muitos anos.

Quando finalmente achou que estava pronta, se olhou no espelho mais uma vez, jogou o cabelo para o lado, respirou fundo e decidiu que aquela seria a hora, ou então a coragem lhe faltaria e ela acabaria desistindo.

Saiu do quarto determinada, mas o nervosismo percorria por todo o seu corpo, as mãos suavam frio e o coração batia descompassado dentro do peito. Ficou pensando qual seria a reação de Carol e o que ela faria diante de tal confissão.

Desceu os degraus da escada que dava acesso ao segundo andar da casa, avistou sua mãe na cozinha, certamente preparando o almoço e resolveu desejar um bom dia antes de sair.

- Oi máh, bom dia - deixou o beijo na tempora da mulher mais velha e sorriu, sentando-se em seguida para tomar seu café da manhã

- Bom dia minha querida - retribuiu o sorriso - me admiro que esteja acordada a essa hora, em uma manhã de domingo.

- Bem, eu também não sei o porquê disso, apenas acordei e não consegui mais dormir - a verdade é que o nervosismo e a ansiedade tomaram conta dela e não conseguiu dormir direito, mas não diria isso a sua mãe.

- Entendo querida, mas já que está acordada, poderia aproveitar o dia - Selma estava terminando de cortar alguns legumes para a segunda refeição do dia.

- Na verdade eu vou na casa da Carol, ela pediu minha ajuda para escolher o buquê do casamento e algumas coisas que faltam para a decoração. - Pontuou um pouco triste ao lembrar que sua amiga se casaria em duas semanas, porém tentou não deixar transparecer.

- Mal posso acreditar que a menina Carol vai casar. Parece que foi ontem que à vi tão pequenininha correndo por essa casa - A mulher mais velha falava com uma expressão nostálgica no rosto e um pequeno sorriso.

- Pois é máh, eu também não - um nó acabara de se formar da garganta da morena, mas, antes que sua mãe percebesse, ela levantou da mesa e se despediu de Selma, saindo em seguida rumo a casa de sua melhor amiga.

***

Dayane andava de cabeça baixa na rua, com seus fones de ouvido tocando Pitty e um turbilhão de pensamentos fervendo em sua cabeça. Parou em frente a casa dos Biazins e respirou fundo antes de tocar a campainha. Alguns segundos depois, Rose apareceu sorridente e um pouco eufórica também.

- Mas vejam só quem está aqui logo cedo - sorriu largo para a morena em sua frente e a abraçou - bom dia minha querida, entre por favor.

Dayane retribuiu o abraço e o bom dia e adentrou o ambiente em seguida. Reparou que Renan e Rafael jogavam videogame na sala, mas não viu nenhum sinal de Carol.

Aproximou-se dos garotos e cumprimentou-os:

- Olá dois patetas, nunca largam esse videogame, né? - bagunçou os cabelos dos ruivos e se jogou no sofá em seguida.

Dayane era como alguém da família, afinal cresceu junto com os três irmãos. Não precisava mais de formalidades ou timidez pra falar com alguém da casa. Sempre foi brincalhona e zoava os ruivos sempre que podia, o que era totalmente devolvido da parte deles.

- Olá sapatão - cumprimentou Renan - você sabe que nosso videogame é parte de nós - finalizou sem tirar a atenção do jogo.

Outro fato que vale ser dito, é que todos sabiam sobre a sexualidade de Day e não tinham nenhum problema com isso.

- Qual é Dayzinha, você também adora videogame e aposto que já já rouba um dos controles e vem jogar com a gente. - Foi a vez de Rafael se pronunciar.

- Bem, na verdade não. Hoje vim ajudar sua irmã com os últimos preparativos do casamento. Onde ela está? - Perguntou notando que não havia nem sinal da ruiva.

- Ah, ela saiu pra tomar café da manhã com o Kaio, mas já deve estar voltando. - Renan respondeu com um tom sério no rosto, ele não gostava muito do cunhado e não fazia questão de esconder isso.

Kaio era filho de um grande empresário em São Paulo. Seu pai era dono de uma das maiores griff's de roupa do estado. Era um bom rapaz, mas tinha a pose de esnobe e metido. Por isso Renan não ia muito com a cara dele, gostava mais de pessoas simples.

- Oh, acho que posso voltar outra hora então - A verdade é que ela sentiu-se um pouco triste com a notícia e tal fato não passou despercebido pelos ruivos ao seu lado.

- Até quando vai esconder isso dela Day? - Rafael perguntou enquanto se certificava de que sua mãe não estava escutando.

- Na verdade, pretendia contar a ela hoje, mas não sei se ainda tenho coragem pra fazer isso - baixou a cabeça e olhou para os próprios pés.

- Nada disso Day, seja corajosa e faça o que têm que fazer. Ainda dá tempo de concertar tudo isso, ainda dá tempo de serem felizes. Não a deixe escapar e outro ocupar o lugar que deveria ser seu. - Foi a vez de Renan expôr seu ponto de vista.

Os dois irmão perceberam os sentimentos que Dayane e Caroline nutriam uma pela outra ainda na adolescência e sempre fizeram de tudo para quem ambas confessassem, porém não obtiveram sucesso. Mas, desde que sua irmã resolvera casar, eles vem encorajando Day a se declarar, antes que seja tarde demais. Apesar de saberem desse fato, nunca chegaram a confessar para nenhuma das meninas, pois era uma coisa entre elas e esperavam que um dia uma das duas o fizessem.

- Mas e se não for recíproco? E se nossa amizade for por água abaixo depois disso? - fitou os dois irmãos com um semblante triste e preocupado.

- Você só vai saber se tentar Dayzinha - Começou Renan, colocando uma de suas mãos sobre a de Day.

- O "não" você já tem - concluiu Rafael, tentando passar segurança para a morena.

Antes que Day pudesse responder, ouviram risadas se aproximando da porta, para logo ser aberta e revelar uma ruiva sorridente, acompanhada de seu noivo. O homem era um pouco mais alto que ela, de pele branquinha, barba rala, cabelo bem cortado, olhos azuis e bastante elegante. Usava uma bermuda branca, com uma camisa polo preta, sapatênis nos pés e óculos de sol no rosto.

Já Caroline estava com uma blusinha de alça vermelha, short jeans azul e uma sapatilha preta nos pés. Seus cabelos estavam presos em um coque alto e seu rosto era coberto pelos óculos de sol.

Ao contrário do que os três que estavam no sofá pensaram, o rapaz não entrou. Apenas cumprimentou-os da porta e se despediu de Carol com um beijo casto nos lábios. Aquilo fez o coração de Day cair do peito, ela queria que fosse ela a beijar aquela boca.

Quando Kaio se retirou, Carol fechou a porta e se virou em direção aos seus irmãos, encontrando um par de olhos castanhos olhando pra ela, com um sorriso pequeno nos lábios. Naquele instante, os olhos de ambas se prenderam um no outro e elas sentiram como se o mundo ao redor tivesse sumido e só existissem elas duas naquele ambiente.

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E aí bebês, o que acham? Será que a Day vai ter coragem de se declarar? Aguardem as cenas dos próximos capítulos.

Não esqueçam de votar e deixar suas opiniões e teorias nos comentários. No mais, é só isso mesmo. Vejo vocês no próximo e prometo não demorar.

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