27 de setembro de 2019
Como, em uma fração de segundos, situações se contornem por completo?
Novamente, você se vê perdido em uma grande imensidão de acontecimentos que sufocam, e mesmo que você tentasse gritar, espernear, ate mesmo se mover se tornava trabalhoso quando se estava soterrado e incapaz de fazer nada.
Mesmo que Jungkook se sentisse assim, ele ainda tentava manter o controle. E controlar era algo em que ele se tornou viciado.
Ele nunca fora de falar, brincar e sorrir. Mesmo que na infância, como qualquer criança normal, ele desejasse isso, logo Jeon percebeu que, como outras crianças, ele deveria procurar suas próprias maneiras de se entreter.
- Você pode brincar comigo, hyung?
- Não, tenho dever de casa. – Seu irmão responde, subindo as escadas de dois em dois degraus, logo sumindo no corredor de cima.
Ainda que ele desejasse companhia, afeto e carinho como qualquer outra pessoa, o pequeno
Jungkook entendeu que não ganharia tão facilmente. Portanto, aos cinco anos, ele decidiu se esforçar para ganhar a atenção de seus pais. Consequentemente, em uma tarde de domingo, quando todos estavam em casa, mesmo que cada um distante do outro, que o pequeno caçula da família apareceu, feliz e sorridente, completamente coberto de doce de avelã, uma especialidade da avó dele, cujo sua mãe, mesmo que inexpressiva, apreciava muito.
- Hyung, hyung, eu sou o capitão avelã! – exclama o pequeno menino, ao parar em frente a porta do quarto do irmão mais velho.
Junhyun, que estava concentrado demais em montar um barco de lego velho, olhou despreocupado para o irmão. Logo, ele se levanta, portando uma expressão de surpresa e desaprovação.
- O que você fez?! – ele exclama. – Mamãe vai te matar, meu deus! - então, Junhyun agarra o braço do pequeno Jungkook, encaminhando-o em direção ao próximo cômodo, buscando pelo banheiro.
- Não, hyung, não! – menino vocifera ao mesmo tempo em que puxa seu braço do aperto do irmão. – Eu sou o capitão avelã!
Junhyun suspira, por um momento parando no corredor e ajoelhando-se na altura do irmão mais novo. Ele encara Jungkook com tamanha severidade que o pequeno Jeon se encolhe.
- você precisa se lavar, você não é o capitão avelã, é um menino morto se a mamãe descobrir o que você fez, entendeu? – o mais velho tenta explicar, mesmo não muito paciente, porque ele nunca realmente foi, e Jungkook era novo demais para entender o temperamento do irmão mais velho.
- Achei que você fosse gostar, hyung... – é tudo o que o mais novo diz, cabisbaixo.
Então Junhyun levanta, ainda segurando forte demais o braço de Jungkook. – Não tem como eu gostar de uma besteira dessas, Jungkook. – é tudo o que ele fala antes de leva-lo ao banheiro.
Depois do fatídico domingo a tarde, em que por sorte, seus pais não viram o mais novo completamente coberto de avelã, ocorreu as devidas consequências por Jungkook ter se coberto do doce da sua mãe.- Vocês viram meu pote de doce de avelã? – ela questiona na terça-feira, enquanto todos estavam reunidos para o café da manhã.
- Não. – é o que Junhyun e seu pai respondem em uníssono. Jungkook permaneceu quieto, apreciando muito lentamente suas colheradas no cereal com leite vegetal que tomava todas as manhas.
- Jungkook? – sua mãe indaga.
- Não vi, não, mãe.
Ela lamenta em um baixo xingamento, entendendo tudo apenas com a forma que seu filho desviava o olhar.
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A Pessoa Que Você Foi {Jikook}
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Onde Jimin está internado em uma clínica psiquiátrica, sem conseguir falar sobre seu passado e desejando de forma inconsolável a volta de Jeon Jungkook, alguém que ninguém além dele sabia quem era. | NÃO é sad!fic ou death!fic | (Volt...