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Segunda-feira • 07h a.m

Meu primeiro dia de aula.

Se eu estou anciosa? Nem um pouco.

As férias parecem ter passado tão depressa, eu nem consegui aproveitar direito. Aparentemente, tudo que é bom, passa rápido. Muito rápido.

Me levantei da cama, sem ânimo algum. Ouvi os armários serem abertos e fechados lá em baixo, Dixie devia estar preparando nosso café.

Tomei um banho quente, e coloquei minha melhor roupa. Eu podia estar de mal-humor, mas não iria ir feia no meu primeiro dia.

Não demorou muito para eu e minha irmã, sairmos de casa e irmos para a escola. Dixie nos levou, com seu próprio carro. A danada tem ele desde que tinha dezesseis. Eu já estou com desezete, e meu pai ainda não se ofereceu a me comprar um. Eu sempre soube que essa ridícula era a preferida.

Chegamos na escola, e uma alegria imensa surgiu dentro de mim.

— Payton! Eu senti sua falta, seu merdinha.
— Falei, assim que entrei correndo pelos corredores, e vi meu melhor amigo lá.

Ainda era meio cedo, então nós tínhamos uns minutos pra poder matar a saudade.

Eramos um grupinho, Payton, Noah, Dixie, eu e Mads. Nós andamos juntos a um bom tempo.

— Porra. Quem é vivo sempre aparece. – Payton disse rindo, abracei ele.
— Achei que a princesinha tinha esquecido de mim, me viu uma vez nas férias e depois nem me procurou mais.

— Isso é uma puta de uma mentira! – me defendi, ele sorriu.
— Você sabe muito bem que eu estava viajando pra casa dos meus avós com minha família.
– desfiz o abraço.

Era impressão minha, ou ele tinha crescido?

— E sua mão ia cair se você me ligasse – Moormeier cruzou os braços.

— Você vai mesmo começar com esse showzinho?

— Vou. E eu ainda não acabei. Eu achei sim, um grande absurdo você não ter me ligado pelo menos uma vez, sua filhote de lombriga.

— Eu vou fingir que eu não escutei isso. Aliás, aonde está o resto da nossa galera? – perguntei, olhando em volta.

Nem precisei falar mais nada, Dixie apareceu com Noah e Mad estava vindo em nossa direção, toda animada.

Sendo honesta, Dixie e Noah estão agindo bem estranho desde a última vez que saímos. A tensão sexual entre ambos sempre foi nítida, acho que eles estão com receio de tentarem algo e a acabarem estragando a amizade.

— Fala comigo, seus bando de gay. Sentiram falta da mamãe aqui, não sentiram?! – Madi chegou, envolvendo eu e Payton em seus braços.

Aquela garota era um ícone.

— Charli, da onde vieram esses peitos mulher?
– Revirei os olhos, ela conseguia ser bem inconveniente quando queria.
– É coisa da minha cabeça, ou esse pinguim cresceu? – a loira diz, se referindo a Payton.

Eu sabia que não era só impressão.

Payton deu o dedo do meio, e todos nós rimos.

— E vocês dois? Estão juntos? Eu to sentindo o amor icumbado daqui. – Gargalhei. Dixie afundou o rosto em meu pescoço.

É, então ela gostava mesmo dele.

— Somos amigos, Mad. Já repetimos isso centenas de vezes.
– Noah rebateu.

Madi mostrou a língua.

— Você tem quantos anos mesmo? – Dixie perguntou para Monroe, ironicamente.

𝐌𝐀𝐊𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐈𝐍𝐄, chachaOnde histórias criam vida. Descubra agora