Capítulo 05

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Estou triste, eu sei, sim, estou triste, eu sei, sim
Pensei ter dado tudo a ele
Ele pegou meu coração e me deixou sozinha
Eu estive partida, coração contencioso
Eu não vou consertar, prefiro chorar
Estou perdida então sou encontrada
Mas é uma tortura estar apaixonado

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Cassie Ribeiro

Já faz uma semana que estou em Califórnia, e eu simplesmente adoro estar aqui, mas sinto falta da minha família e minha amigas.

Se perguntassem a Cassie dos anos passados como é estudar em Berkeley, eu simplesmente responderia que é uma das experiências mais linda que já aconteceu em minha vida, mas agora é só pra fugir dos meus demônios.

Enfim, eu estou em um apartamento próximo da universidade e vou caminhando mesmo para à faculdade , e divido esse apartamento com a Joe Miller, uma mulher linda, morena e muito simpática, e ela cursa engenharia, logo no momento em que à conheci soube que íamos nos tornas ótimas amigas.

Meus pais sempre no fim do mês iram mandar-me dinheiro para os meus gastos cá, mas mesmo assim eu decide procurar um emprego, e Joe me disse que, onde a prima trabalha, Romeo's coffee estavam à procura de mais uma funcionária, e é claro que eu logo fui saber se ainda a vaga estaria disponível pra minha sorte, SIM estava disponível.
Eu trabalho no café de manhã e de noite vou à faculdade. Não tem sido nada fácil me adaptar a essa nova rotina, e ultimamente não tenho nem ânimo para me levantar da cama.

Todas as tardes, quando tenho tempo sempre falo com a Laura e a Kim no FaceTime e meus pais claro.

- Cassie você não me contou muita coisa sobre você, o que eu sei é que você tem um irmão gostoso e as suas duas amigas. - Ela disse enquanto caminhava até a geladeira, fazendo um coque em seu cabelo.

- O que você quer que eu te conte mais? Eu acho que isso é suficiente não?. - Falei enquanto colocava o meu tênis pra ir na cafeteria.

- Não não não, não é suficiente. Me conta você deixou o seu namorado em Brasil?. - Perguntou e por um momento fiquei tensa.

- Eu não deixei nenhum namorado, estou solteira, e atrasada, tchau. - Falei caminhando até à porta.

- Tchau, e você tem que me explicar bem isso aí. - Ela gritou e tenho certeza que todos os meus vizinhos escutaram.

Eu e a Joe se conhecemos a pouco tempo e conversamos normalmente, mas aí, falar sofre coisas mais particulares eu não estou pronta. E nesse particular que estou me referindo, é o Alex. O que passou, passou, não é isso que dizem? E só museu vive no passado. E eu vim cá para esquecê-lo e ficar falando nele a todo momento será impossível.

Quando chego à cafeteria encontro a Ann Miller, passando o pano no balcão. Ela tem as mesmas características com a sua prima, linda, morena e alta.

- Bom dia Ann.

- Bom dia. Tudo bem?

- Tudo e você?. - Perguntei andando até ao balcão e colocando o avental frontal tipo mine saia.

- Ótima, servindo esse bando de mal murados. - Revirou os olhos. Ri e assim começou o meu dia, servindo cafés e bolos.

Joe é mais divertida e descontraída. Enquanto que a Ann é mas fria e calculista. Ela não é muito aberta, e só fala o necessário.

- Por favor. - Falou um homem loiro levantando o seu braço, ele parece que tem mais ou menos 26 anos, e ele estava acompanhado com um outro homem com alguns traços comuns, porém moreno.

- Bom dia, o que vão pedir?. - Perguntei assim que cheguei na mesa.

- Eu quero um café puro sem açúcar. - Respondeu o homem moreno sem tirar os olhos dos papéis em suas mãos.

- E eu quero um café preto. - Falou o homem loiro sorrindo pra mim.

- Só um estante. - Dito isso, caminho até ao balcão.

- Lucy um café puro sem açúcar e um café preto. - Lucy Portman, também trabalha aqui, e uma senhora muito simpática e alegre, tem mais ou menos 50 a 54 anos e possui alguns cabelos grisalhos. Ela se preocupa com todo mundo, e não tem como não amá-la.

- Aqui está querida. - Disse me dando a bandeja com o que eu pedi. Sorri e fui até a mesa.

- Aqui está o café e a conta. - Disse, e o homem moreno olhou pra mim pela primeira vez, ficou um tempo me olhando e eu ergui uma sobrancelha.— Bom apetite. - Disse e fui atender outras mesas.

Fiquei andando de um lado para o outro, sorrindo e limpando as mesas na cafeteria, minhas manhãs se resumem nisso.

- Aai finalmente, Cassie eu já vou, até amanhã. - Disse Ann.

-Até. - Eu fui até a cozinha. - Senhor Romeo eu já vou pra casa, até amanhã. - Disse pendurando o meu avental.
Senhor Romeo é o dono dessa cafeteria, é um senhor muito simpático mas por outro lado é muito solitário, eu acho que essa cafeteria alegra a vida dele sabe. Ele me disse que perdeu sua mulher há cinco anos, e que eles eram donos dessa cafeteria e que a mulher dele amava fazer cafés.

- Até amanhã Cassie. - Assim que sai da cafeteria senti o ar frio batendo em meu rosto. Ajeitei o meu casaco e fui até o ponto de ônibus.

- Eu posso te dar uma carona. - Virei pra ver o dono dessa voz que estava em seu carro.

- Não obrigada, minha mãe me ensinou a não aceitar carona de estranhos.

-Tecnicamente eu não sou um estranho senhorita Ribeiro. - disse com um sorriso. E franzi a testa.

- Mas como....

- No seu uniforme da cafeteria que eu estava mais cedo. - Falou e eu revirei os olhos.

- Repito, obrigada mas não precisa se incomodar. - Falei respirando fundo.
Ela saiu do seu carro e caminhou até a minha direção.

- Já que você insiste que sou um estanho, prazer eu sou Scott Gubler. - Falou esticando sua mão para que eu apertasse.
Então é esse o nome do moreno que eu servi o café hoje mais cedo.

- Cassie, Cassie Ribeiro. - Falei apertando a sua mão.

- Cassie. - Ele falou mais pra si do que pra mim. - Então Cassie, agora aceita a minha carona, posso levar você até a sua casa, isso não é um problema para mim. - Falou com um ligeiro sorriso.

- Não será necessário Scott Gubler, meu ônibus já está chegando.

- Eu não sou nenhum psicopata ou assassino Senhorita Ribeiro.

- Isso é exatamente o que um psicopata ou assassino diria senhor Gubler.

- Já que você não quer que eu deixa-a em sua casa, então o seu número você pode me dar?. - Perguntou erguendo uma sobrancelha e sorrindo. Revirei os olhos.

- Também não. - Falei e vi meu ônibus aproximando. - Até nunca senhor Gubler. - E fui entrando no ônibus.

- ISSO É O QUÊ VOCÊ PENSA, NÓS NOS VEREMOS AMANHÃ NA CAFETERIA SENHORITA RIBEIRO. - Gritou enquanto eu sentava no ônibus.

Scott Gubler

Scott Gubler

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