Prólogo

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NOVA YORK - 13/12/2020

Era uma vez... contos de natal começam assim? Eu pelo menos sei que contos de fadas começam. Mas, isso não é um conto de fadas... oh, está bem longe disso! Não existe príncipe e muito menos princesa. Existem dois seres humanos que se odeiam.

Não sei se é sábio falar em ódio. Porém, se pensarmos em duas pessoas que implicam desde que se entendem por gente, poderíamos nomear a relação de duas maneiras. Ódio ou amor reprimido. Como sou apenas narradora dos fatos, vou deixar a decisão com vocês.

Cloe estava feliz naquela manhã de dezembro. A neve da noite anterior não havia atrapalhado sua vinda para o trabalho, já que a loira de olhos cor de mel morava a duas esquinas de seu trabalho.

A empreendedora era dona da Party, empresa de organização de eventos que estava em ascensão entre os executivos de Wall Street. Só naquele fim de ano ela havia organizado quinze festas das mais variadas e conceituadas empresas de Nova York. Todas executadas com sucesso e distinção.

Outro fato que contribuía para a felicidade matinal de nossa amada protagonista. Era sua viagem para casa durante as festas. A loira não era natural da metrópole americana, pelo contrário ela nasceu em Washington D.C.. Cloe estava ansiosa para rever a família.

A moça estava tão distraída que se assustou quando o telefone da mesa tocou.

— Cloe você tem uma chamada na linha dois — a voz de Evelyn soou ao seu ouvido.

— Obrigada, Eve — a loira agradeceu a amiga que havia sonhado aquela empresa com ela. — Cloe Hasgins.

— Srta. Hasgins da empresa Party? — a voz máscula perguntou.

— Exatamente, como posso ajudar?

— Sou o secretário do Sr. Harry Taylor, da Associados Taylor.

— Sei qual empresa — e assim a ligação prosseguiu.

Assim que a ligação foi encerrada a loira ainda estava estarrecida, quando a amiga adentrou no escritório.

— Me conta tudo. Era da Associados Taylor, a maior empresa de advogacia do mercado! Você tem ideia disso? — a menina pulava de empolgação.

— Tenho muita noção! Mais noção ainda de que temos que estar no restaurante mais caro de Nova York em exatos quarenta em cinco minutos. Por isso, vamos! — e assim a loira arrastou a cacheada para fora do escritório.

— Boa tarde, Srtas

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— Boa tarde, Srtas. — o atendente cumprimentou. — Como posso ajudá-las?

— Sou a Srta. Hasgins, tenho uma reunião com o Sr. Taylor.

— Por favor, me acompanhe.

— Srta. Hasgins é um prazer te conhecer — um senhor grisalho de terno sob medida se levantou e a cumprentou com um sorriso simpático. — Sou Harry Taylor.

— É um prazer finalmente conhecê-lo, Sr. Taylor. Esse é Evelyn Luise, minha assistente.

Assim que todos se assentaram o Sr. Taylor logo tomou a palavra.

— Estou apenas esperando um dos meus funcionários, após o fiasco da outra empresa, quero alguém de confiança te auxiliando, Srta. Hasgins.

— Compreendo e agradeço, Sr. Taylor.

— Bom, como você foi informada a empresa responsável por nossa confraternização de fim de ano, declarou falência essa semana e simplesmente sumiu do mapa — o Sr. Taylor bufou. — Por isso, ficamos em cima da hora, nesse processo.

— Sr. Taylor sinto pelo atraso, a empresa Flister atrasou na reunião.

— Fique tranquilo, Jacob. Essas são as Srta. Luise e a Srta. Has...

— Cloe?

— Jacob? — eles perguntaram simultaneamente.

— Vocês se conhecem? — Harry Taylor perguntou sem notar o clima tenso.

— Mais do que imagina — Cloe respondeu com um sorriso tenso.

— Ótimo, isso facilita a situação. A festa será dia vinte e três de dezembro. Vocês conseguem, Srta. Hasgins?

A vida passou em câmera lenta, Cloe sabia que aceitar aquele contrato elevaria sua empresa em outro nível, mas também sabia que poderia ser sua ruína na vida pessoal, afinal ela provavelmente seria presa por assassinato até o natal.

Quem não arrisca não petisca, certo?

— Conseguimos, Sr. Taylor. 

Pois bem! Dei o Start

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Pois bem! Dei o Start.

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