Capítulo 1.

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LUCCA.
Já tem mais de dez minutos que a Ana saiu com o carro, com a Elena no banco do carona.
Ainda estou parado no meio do estacionamento, me sentindo um merda.
Não era para ela descobri assim, eu não queria que ela soubesse dessa forma, eu iria contar, só estava criando coragem, eu sabia que assim que ela descobrisse, não iria mais querer ficar comigo.
Eu sei que isso é egoísmo, eu deveria ter contado, eu só não estava pronto para vê-la partir, eu a amo tanto, ela enfeitiçou meu corpo e alma.
Ela foi chegando aos poucos, com aquele jeito único dela, com aquela doçura, e aquele lindo sorriso que sou completamente apaixonado por ela, Elena é a mulher mais incrível que eu já conheci.
Eu me odeio pelo o que fiz com ela, eu estraguei as coisas, como sempre, eu destrui tudo o que tínhamos, mas eu vou fazer de tudo para consertar os meus erros, eu vou conquistar a confiança dela em mim de novo, vou ser digno do seu amor, eu vou lutar por nós.
Para aonde ela está indo agora? Para a nossa casa?
Decido ir para a casa, espero que ela esteja lá.
Chegando em casa, pulo os negrais dois em dois, estou nervoso para vê-la, eu preciso explicar tudo.
Bato duas vezes na porta e não obtenho resposta, decido entrar mesmo assim.
Entrando no quarto, me deparo com a Elena em um sono profundo.
Vou até ela, e fico de joelhos no chão ao lado da cama, afasto seus cabelos do rosto, noto a ponta do seu nariz, e suas bochechas coradas.
Ela está com um calça de pijama, e um moletom cinza.
Até sem se esforçar, ela consegue ser linda.
Não sei quantos minutos ou horas, eu fiquei a vendo dormir calmamente.
Me pego pensando, o que ela vai fazer quando acordar? Gritar comigo, me mandar embora, me xingar?
Vejo seus olhos se abrir, e dois pares azuis me olhar, seus olhos estão inchados e vermelhos
"Elena?" Minha voz acaba saindo baixa, quase como um sussurro.
"Por favor, me deixe explicar tudo." Ela passa os dedos abaixo dos olhos, limpando os borrados da sua maquiagem.
Ela me olha, e faz bruscamente que não com a cabeça.
"Sai daqui!"
"Dois minutos, só isso que eu te peço, por favor." Imploro.
"Seu tempo está passando."
Ela diz, sem olhar para mim.
"Eu sei que fiz uma grande merda, mas eu te amo, preciso de você."
"Pode parar, você já conseguiu o que queria, agora pode seguir enfrente com a sua vida." Lágrimas escorrem por sua bochecha, e tenho que me controlar para não limpá-las, com o meu polegar.
"Você é a minha vida Elena, eu não consigo segui-la sem você."
Passo as mãos pelo meu cabelo.
"Você deveria ter lembrado disso antes." Ela responde, seca.
"Você me fez terminar com um cara legal e que me amava de verdade, e tudo isso pra que?
Para tirar a minha virgindade, e sair espelhando para todos os seus amigos, você não tinha o direito de fazer isso comigo."
Elena grita, e se levanta da cama.
"Não foi assim, eu não contei nada para eles, eu juro."
Me levanto também.
"No começo foi uma aposta, mais depois eu conheci você, e me apaixonei."
"Eu não acredito em você!"
"Eu faço qualquer coisa, para provar que te amo, por favor."
"Você não precisa me provar mais nada, acabou Lucca, você conseguiu destruir tudo."
Como assim acabou?
"Você não pode estar falando sério."
"Como você ousa falar isso, a culpa é toda sua, você fodeu com tudo, você consegue destruir tudo ao seu redor." Ela, soluça.
"Elena, por favor, não faz isso."
Eu tento abraçar ela, que me empurra na hora.
"Você não consegue enxergar? não fazemos bem um ao outro, você vai amar uma pessoa de verdade um dia, e essa pessoa vai te amar mais do que eu te amei, espero que você não acabe com ela também."
Ela limpa as lágrimas com a manga do moletom.
"Agora por favor, sai daqui."
Ela dá as costas para mim.
Eu limpo as lágrimas que nem tinha me dado conta que estavam caindo.
Eu estou destruído, não consigo acreditar que eu a perdi.
"Eu sinto muito, eu te amo de verdade Elena, como nunca amei ninguém." Digo.
Assim que saio do quarto, me sento ao lado da porta, e escuto Elena gritar lá de dentro, e começar a chorar alto.

Assim que saio do quarto, me sento ao lado da porta, e escuto Elena gritar lá de dentro, e começar a chorar alto

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