Dusk Till Dawn

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Porque eu quero te tocar, amor
E quero te sentir também
Eu quero ver o Sol nascer
Sobre seus pecados, só eu e você
Esquente as coisas, estamos em fuga
Vamos fazer amor esta noite
Nos aproximar, nos apaixonar
Tentar
...
(Amor, eu estou bem aqui)

ANY

A consciência bateu à porta da minha mente adormecida, mas tentei mantê-la longe. Eu não queria acordar. Estava contente, confortável e aquecida. Visões vagas do meu sonho passeavam atrás dos meus olhos fechados. O cobertor que eu abraçava era o mais quente e cheiroso com o qual já tivera o prazer de dormir — pois ele abraçava de volta.

Algo quente se apertou contra mim. Meus olhos se abriram e focaram mechas de cabelos familiarmente desarrumados a apenas alguns centímetros do meu rosto. Centenas de lembranças surgiram naquele segundo, quando a realidade da noite passada desabou sobre meu cérebro confuso.

Merda.

Era real.

Meu coração acelerou quando levantei sutilmente a cabeça para ver aquele lindo homem abraçado ao meu corpo. Sua cabeça estava afundada em travesseiros e a minha no espaço entre seu peito e pescoço. Seu longo corpo estava deitado ao meu lado, nossas pernas se entrelaçavam e seus braços fortes envolviam meu torso com força.

Ele ficou.

A intimidade de nossa posição me atingiu com tanta força que eu até perdi o fôlego. Ele não apenas ficara, ele se agarrara em mim.

Tive dificuldade para voltar a respirar e para evitar entrar em pânico. Eu estava muito ciente de cada centímetro onde nossas peles se tocavam. Podia sentir a batida poderosa de seu coração contra meu peito. Seu pênis estava pressionado contra minha coxa, semiereto em seu sono. Meus dedos ardiam com a vontade de tocá-lo. Meus lábios desejavam beijar seus cabelos. Aquilo era muito para mim. Ele era muito.

Algo mudara na noite anterior e eu não sabia se estava pronta para lidar com isso. Também não sabia o que era essa mudança, mas ela tinha acontecido. A cada movimento, a cada toque, a cada palavra e a cada beijo daquela noite, nós estivéramos juntos. Ninguém nunca me fez sentir assim, como se meu corpo fosse feito para encaixar em outro.

Fechei os olhos, tentando dominar a crescente sensação de pânico. Eu não me arrependia do que acontecera. Tudo fora – como sempre – intenso e definitivamente o melhor sexo que já tivera. Além de tudo que Josh havia feito na noite anterior... Era inacreditável.

Eu apenas precisava de alguns minutos sozinha antes de poder encará-lo. Pousando uma mão em seus cabelos e a outra nas costas, eu consegui tirá-lo de cima de mim. Ele começou a se remexer e eu congelei. Abracei-o de volta e tentei impedi-lo de acordar. Ele murmurou meu nome antes de sua respiração voltar a se acalmar, então eu deslizei para fora.

Fiquei observando-o dormir por um momento, sentindo meu pânico retroceder um pouco, e mais uma vez fiquei admirada por sua beleza. Em seu sono, sua expressão era tranquila e pacífica, dormindo feito um bebê. Uma mecha de cabelo estava caída sobre sua testa e meus dedos desejavam arrumá-la. Cílios longos, rosto perfeito, lábios macios e um queixo definido. Meu Deus, como ele é bonito.

Comecei a andar até o banheiro, mas vi de relance meu próprio reflexo no espelho do quarto e parei. Uau. A imagem de quem acabou de transar. Eu me aproximei e examinei as pequenas marcas vermelhas espalhadas em meu pescoço, ombros, seios e barriga. Uma pequena mordida estava visível debaixo do meu seio esquerdo, além de uma vermelhidão em meu ombro. Olhando para baixo, corri os dedos pelas marcas vermelhas na parte interna das minhas coxas. Meus mamilos endureceram quando lembrei a sensação de seu rosto raspando contra minha pele.

The Stripper - ADAPTAÇÃO {Beauany}Onde histórias criam vida. Descubra agora