Give You What You Like

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Quando você desliga as luzes
Eu vejo estrelas nos meus olhos
Isso é amor?
Talvez algum dia
Tenho a cena na minha cabeça
Não sei bem como termina
Isso é amor?
Talvez um dia
Então, não ligue as luzes
Vou te dar o que você gosta

Josh

Entramos no bar que parecia ser bem menor por dentro do que por fora. Notei o quanto Any parecia estar tensa e me perguntei se tinha sido mesmo uma boa ideia vir. Apertei sua mão, trazendo sua atenção de volta para mim. Ela deu um meio sorriso e uma piscadela.

Com certeza aquilo não era o tipo de festa que eu costumava frequentar. Logo no inicio tinha um cara sendo levantado de cabeça para baixo enquanto tomava cerveja diretamente do barril.

Duas mulheres todas vestidas de preto e com mais tatuagens do que Heyoon se beijavam freneticamente em um sofá no canto do bar. As luzes eram vagabundas e me faziam estreitar os olhos.

Em uma ilha tinha um barman de idade. Tentei disfarçar a cara quando vi que estavam servindo apenas cerveja, vodka com suco e uma bebida da moda que eu não arriscaria tomar. As pessoas dançavam frenéticas ao ritmo de uma música e eu senti o leve cheiro de maconha e cigarro de palha no ar.

No outro canto, tinha uma mesa com petiscos que eu não deixaria nem Monkey comer. Mas Any já estava me puxando em direção para lá. Olhei para ela, parecia menos tensa e mais animada. Ok, eu posso suportar isso.

- Eu preciso ver a sua cara experimentando isso - disse ela, levantando para mim uma bala em formato de dentadura.

Oh, Deus.

- Talvez depois? - Mas ela já estava enfiando a bala na minha boca. - Minha nossa, Any. Calma - comi o doce que deveria ser 98% açúcar e 2% corante. Pigarreei. - É ótimo.

- Mentiroso - ela deu uma gargalhada que recompensou ter comido aquilo.

- Se a Sabina não tivesse confiscado o celular de todos na entrada, eu teria tirado uma foto disso - Pepe apareceu atrás de mim. - Me diz que você trouxe aquele cantil de Whisky - sussurrou.

- Não trouxe - compartilhei de seu sofrimento sem demonstrar.

- Aqui tem bebida o suficiente para os dois - Any falou. - Venham - me puxou pela mão.

Mesmo que a gente não conhecesse nenhuma daquelas pessoas. Fiquei exageradamente feliz. Foi só por isso que aceitei quando ela me deu um copo de vodka barata com suco de maracujá.

Copos vermelhos e mais copos vermelhos depois, Any começou a ficar ainda mais falante. Seu rosto estava corado e ela dizia tudo mais alto do que o necessário. Como se estivesse com tampões de ouvido. Obviamente estava ficando alterada. Fiz a nota mental de ir cortando aos poucos o álcool.

Ela foi dançar uma música agitada com Sabina na pista, sua alegria naquele momento me contagiava. Ela dançava, olhava para mim e mandava beijo.

Era impressionante a quantidade de coisas que eu sabia sobre Gabrielly sem nem perceber. Por exemplo, o pequeno sorriso que ela dava sempre que dizia algo engraçado e me esperava perceber. Era uma coisa muito sútil, apenas um movimento de lábios e olhos. Era um desafio. A maneira como ela mordia o lábio inferior enquanto lia, ou a tampa de uma caneta enquanto pensava.

A maneira como me beijou naquela manhã que a levei para a minha casa, devagar, preguiçosamente, como se não existisse mais nada no mundo, mais nenhum lugar para se estar.

The Stripper - ADAPTAÇÃO {Beauany}Onde histórias criam vida. Descubra agora