Dancing On My Own

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Alguém disse que você tem uma amiga nova
Ela te ama melhor do que eu?
Há um grande céu negro sobre a minha cidade
Eu sei onde você está, aposto que ela está por perto
Sim, eu sei que é estúpido
Mas eu precisava ver isso com meus próprios olhos

JOSH

- Estou prestes a matar quem for que esteja do outro lado da porta. Espere aqui, eu já volto. – Any pareceu não me escutar. Saiu de cima da mesa como um raio e se enrolou na toalha.

- Não! – Ela sussurrou. Não sei se ela sabia que era humanamente impossível alguém ouvir uma conversa em um tom normal lá do corredor. – Estou indo. – Peguei em seu braço.

- Nada disso. Eu vou dispensar quem estiver lá e vamos voltar de onde paramos. – Peguei um roupão e me enrolei nele.

Quando passei pela porta, Any saiu correndo e tropeçando no chão. Tentei pegá-la de novo, mas ela se esquivou. Eu nunca tinha visto uma mulher correr tão rápido. Sem escolhas, a esperei atravessar o cômodo para abrir a porta.

Eu estava prestes a matar o meu futuro cunhado.

- Noah, o que você está fazendo aqui? – Fechei a cara, sem abrir muito a porta – Não tenho mais perfume de graça. – Ele riu.

- Vim te chamar para tomarmos uns drinks ali na saleta ao fim do corredor. – Apontou para o local – Está com alguém aí? – Noah tentou colocar a cabeça no vão da porta e eu quase a fechei em seu pescoço.

Abri a boca para responder "não", mas nesse mesmo momento um barulho de algo se espatifando no chão soou ao fundo. Minha nossa, que mulher desastrada. Tive que pensar rápido.

- Pois é, trouxe o caderninho preto exclusivo de Dubai. Essas garotas fazem uma bagunça... – Forcei um sorriso sacana – Mas..., conhecendo a Sina, e como tenho amor a minha vida, você não vai entrar aqui.

Noah riu alto.

- Foi mal, cara. Não queria atrapalhar sua orgia do oriente. – Assenti – Você sabe da Any? Estava tentando chamar ela para vir com a gente, mas ninguém atende em seu quarto. – Respirei fundo.

- Não, eu não sei.

- Bay ficou "preocupado" – Fez aspas com os dedos – dela estar passando mal. Até deu a ideia de pedirmos a algum funcionário do hotel ir verificar o quarto dela. – Minha mandíbula se enrijeceu. Esse cara estava brincando com fogo e eu estava prestes a queimá-lo vivo.

- Você não apoiou essa ideia ridícula, não é? – Meu tom de voz saiu mais acusatório do que o normal – Sabe muito bem o que o May está pretendendo com minha funcionária. Não vou admitir isso, Jacob.

- Claro que não!

- Ela deve estar dormindo, foi um dia cheio. – Respondi tentando parecer desinteressado– É difícil se acostumar com um fuso horário tão diferente. – Ele concordou.

- É verdade. Bem, se mudar de ideia vamos estar lá. – Assenti e fechei a porta antes que ele inventasse de falar mais alguma coisa.

Andando pelas salas, não encontrei Gabrielly em lugar nenhum. Vi um vaso que deveria ser bem caro espatifado no chão e quis rir. Que desesperada! Resolvi ir até seu quarto, mas a passagem estava fechada. Tentei abrir a porta, mas ela estava trancada.

- Linda? – Bati contra a madeira pesada – Trancar a porta? É sério?

- Eu achei que ele ia entrar. – Ela falou do outro lado, devia estar encostada contra a mesma.

The Stripper - ADAPTAÇÃO {Beauany}Onde histórias criam vida. Descubra agora