Angel

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Anjo, oh oh oh
Sabia que você era especial no momento que eu te vi
Eu sinto que você está mais perto a cada vez que eu chamo
Porque tudo que eu vejo são as asas, eu posso ver suas asas
Mas eu sei o que eu sou e a vida que vivo, sim, a vida que eu vivo
E mesmo que eu peque, talvez nós nascemos para viver
Mas eu sei que o tempo dirá se estamos destinados para isso, sim, se fomos destinados para isso

JOSH

Foi na sexta de madrugada, depois dela bater com a porta na minha cara, que eu recebi aquele maldito telefonema. Eu realmente só poderia estar delirando. Tom tinha mesmo razão, nunca tinha ficado tão disperso nos meus objetivos como naqueles últimos dias.

Definitivamente, aquela mulher era a minha perdição. Decidi que, já que ela estava mesmo querendo distância de mim, seria prudente dar espaço e aproveita-lo para me situar outra vez em meus planos – já que quando eu estava com ela a porra do meu cérebro entrava em parafuso e não pensava em outra coisa.

E isso poderia me fazer perder tudo.

Nunca pensei que ia ser tão difícil manter apenas as formalidades com aquela mulher. Era realmente uma prova divina. Any parecia ficar mais sexy a cada dia. Algo sobre suas roupas, ou algo que fazia, ou como me olhava sempre jogava minha mente de volta para a sarjeta.

E eu me condenava porque tinha um trilhão de problemas e o principal que eu não tirava da cabeça deveria ser o menor deles, mas não era.

Combinei comigo mesmo que não haveria mais "sessões". Eu tinha de pôr um fim nisso, e imaginá-la enquanto eu me masturbava – inferno, imaginar ela se masturbando – não iria ajudar em nada.

Na segunda-feira Any usou o cabelo solto. Ao vê-la sentada na minha frente em uma reunião, tudo que eu conseguia pensar era em agarrar aqueles cabelos enquanto ela me chupava.

Na terça-feira ela vestiu um terno. Isso foi inesperadamente pior, pois eu não conseguia parar de pensar como seria tirar aquelas calças de suas pernas. Alguém lá em cima me odiava mesmo.

Na quarta-feira ela vestiu uma saia na altura dos joelhos e meias com a costura subindo pela parte de trás das pernas. Ela parecia algum tipo de secretária pin-up. Aquelas meias foram a minha desgraça pelo resto do dia. Eu ia morrer e ainda era só quarta-feira da primeira semana.

Na quinta-feira, eu pensei que iria explodir enquanto me locomovia para as Indústrias Beauchamp. Não tinha batido uma sequer a semana inteira, e, por causa disso, eu estava andando por aí com o pior caso de saco roxo que a humanidade já presenciou. Eu rezava para que ela faltasse no trabalho, para uma consulta ou algo assim. Mas, por alguma razão, não achava que teria tanta sorte.

O meu humor particularmente péssimo por conta do amontoado de problemas que Tom e Pepe vinham me trazendo só piorou com a minha excitação acumulada naquela semana. Eu acho que nunca tinha ficado tanto tempo assim sem transar.

Quando sai do elevador, quase tive um ataque do coração. Ela estava abaixada regando as plantas (eu nem sabia que tinha plantas ali antes disso), usando um vestido cinza e botas que subiam até o joelho. Cada curva de seu corpo estava à mostra. Engoli seco. Sabia que ia precisar controlar aquela sinuosa ereção antes da reunião em uma hora.

Ela se virou. O vestido tinha decote. Puta que pariu. Estava linda com aquele batom vermelho. Merda.

- Bom dia, Sr. Beauchamp. – Arqueou uma sobrancelha provocativa para mim e havia um novo tom de irritação na sua voz.

Não entendi. Eu nem tinha feito nada a semana toda, tinha sido um chefe educado e profissional até demais para o meu gosto. Ou para os meus parâmetros.

The Stripper - ADAPTAÇÃO {Beauany}Onde histórias criam vida. Descubra agora