The Stripper - ADAPTAÇÃO {Beauany}

Pillowtalk

Suba a bordo
Vamos devagar e rápido
Luz e escuridão
Me segure forte e calmamente
Estou vendo a dor, estou vendo o prazer
Ninguém além de você, além de mim, além de nós
Corpos juntos
Adoraria te abraçar perto de mim, esta noite e sempre
Adoraria acordar ao seu lado

ANY

Afundei o dedo no botão do elevador tão forte que pensei que o estragaria. Talvez eu estivesse fantasiando que aquele era o olho do Sr. Beauchamp.

- Espera. Você não pode ir embora assim. – Meus olhos se fecharam automaticamente e segurei em minha boca uma lista de palavrões – Qual é o problema? Já não tínhamos resolvido?

Olhei por cima dos ombros. Josh estava atrás de mim com as sobrancelhas juntas e confusão no rosto. Aquilo deveria ser tão normal para ele que sua estranheza poderia até ser genuína.

- Any, olha para mim. – Seu tom de voz foi firme.

Me virei com a expressão mais sínica que consegui e o encarei diretamente pela primeira vez desde que me levantei da mesa e resolvi ir embora. Josh não ia saber o quanto aquilo tinha me magoado.

- Não temos nada para conversar.

- Acho que temos sim. Você é bipolar por acaso? – Ele balançou a cabeça e diminuiu a distancia entre nós com dois passos.

Senti meu sangue ferver nas veias.

- Agora eu sou bipolar só porque não quero discutir sobre um pequeno deslize? – Uma sobrancelha sua se arqueou – Poupe o seu tempo e o meu que é muitíssimo precioso, Sr. Beauchamp. Não há nada a se falar aqui.

- É assim que você chama aquilo? Pequeno deslize?

- É sim. Não fomos os primeiros chefe e funcionária que perderam a linha e consideraram que transar não seria uma má ideia, mas com certeza é. – Fiz uma pausa porque estava começando a sair irritada demais – E como não significou nada, podemos muito bem esquecer e seguir em frente como se nada tivesse acontecido. – O elevador chegou vazio, me virei, mas ele colocou um braço na frente, não me controlei – Saí da minha frente.

- Boa tentativa. – Seus olhos se estreitaram em mim – Boa mesmo. – Ele falava com tanta certeza de que eu estava inventando aquilo que o teor da minha fúria se duplicou – Está afim de falar a verdade agora?

- Eu não estou mentindo!

- Então, porque os seus olhos não acompanham o que você diz? – Meu queixo caiu e ele deu um meio sorriso vitorioso. Merda.

- Sabe de uma coisa? Eu não entendo porque está tão emocionado querendo discutir sobre um simples e singular sexo casual. Valorizo a minha carreira o suficiente para querer que isso se perca completamente no esquecimento. Achei que o senhor valorizasse a sua também. Mas é claro que não, independente do que acontecer, você vai continuar sendo o chefe e eu vou ser a secretária que transou com o patrão pra tentar subir de carreira. – Ele inclinou o queixo para trás, mudar o foco da conversa tinha sido mesmo uma boa ideia – É o meu nome que não vai sair da boca desses trinta andares e não quero nem imaginar quando for tentar arrumar um trabalho na minha área! Então, não! – Esbravejei – Não estou mentindo quando digo que esse mínimo deslize não vai interferir na minha...

- Eu não planejei isso. – Me interrompeu tão abruptamente que continuei com a boca aberta, as palavras por sair – Desde que assumi a empresa, nunca me relacionei com uma funcionária. – Pisquei duas vezes, desconcertada – Eu tinha muito o que provar desde que fiquei com a maior parcela de ações das Indústrias Beauchamp. O projeto dos meus hotéis independentes não foram o suficiente no começo para provar que eu estava pronto. – Um músculo em sua mandíbula se contraiu, ele não estava confortável em dizer isso para mim – Eu não seria idiota o suficiente para me envolver com alguém da minha corporação e correr o risco de colocar tudo em risco. Até você chegar.