The Stripper - ADAPTAÇÃO {Beauany}

I know you

I believe, I believe there's love in you
Grid locked on the dusty avenues
Inside your heart, just afraid to go
I am more, I am more than innocent
But just take a chance and let me in
And I'll show you ways that you don't know

Don't complicate it
Don't let the past dictate
I have been patient, but slowly
I'm losing faith
...

Eu acredito, eu acredito que há amor em você
Preso nas avenidas empoeiradas
Dentro do seu coração, apenas medo de ir
Eu sou mais, eu sou mais do que inocente
Mas apenas dê uma chance e deixe-me entrar
E eu vou te mostrar caminhos que você não conhece
...
Não complique
Não deixe o passado comandar
Tenho sido paciente, mas aos poucos eu estou perdendo a fé

Any

A senhorita primeiro. - Sua mão indicou a porta enquanto ele estava colado no batente da copa.

Eu ainda não acreditava que ele não havia me reconhecido. É claro que na boate eu me transformava em outra pessoa. Havia a maquiagem pesada, toda a produção, além da máscara que cobria uma parte do meu rosto. Mas aquele homem, quer dizer, o Sr. Beauchamp não foi um mero espectador.

Ele também tinha sentido aquilo. Não era possível que não. E, se os papeis estivessem invertidos, eu o reconheceria mesmo em meio da Times Square em noite de ano novo.

- Obrigada. - Passei pela porta e senti seu olhar queimar em mim enquanto me descolava de novo para a recepção.

Meus pensamentos ainda estavam confusos e eu ainda morria de medo do que pudesse acontecer. Não sabia o que fazer, mas não tinha tempo, nem cabeça, para arquitetar nada agora. Ainda bem que eu praticava meditação toda manhã, caso contrário já teria saído correndo daquele lugar.

Eu precisava fingir que tudo estava bem e que aquela era a primeira vez que o tinha visto na vida.

- Hina lhe mandou minhas agendas? - Parei bruscamente ao chegar em minha mesa e me virei, ele estava logo atrás de mim, há um palmo de distância.

Logo meu cérebro me enviou alertas de perigo. Instintivamente dei dois passos para trás.

- Sim, com certeza. - Alcancei o meu celular, que agora havia todos os compromissos profissionais e não profissionais do meu chefe extremamente gostoso e, com as mãos ainda suadas, lutei para que ele identificasse minha digital e desbloqueasse.

- Não parece tão prático em situações de nervosismo.

Posso jurar que minha boca se abriu e fechou antes de encará-lo. Ele sorria abertamente para mim, a diversão ainda pairava em seus olhos. Pelo visto o Sr. Beauchamp gostou de me ver constrangida e, se eu não mudasse aquela posição logo, estaria perdida.

- Não estou nervosa, Sr. Beauchamp . - Passei o indicador na barra do vestido e desbloqueei meu Iphone. Eu o vi assentir, ainda sem acreditar no que eu havia dito. Ok! Até eu não acreditaria - O senhor tem uma reunião daqui uma hora com o setor de marketing para analisar as propostas de publicidade dos novos hotéis em Milão e da Argentina.

- Certo. - Ele colocou as mãos no bolso e trocou o peso de uma perna para a outra. Casualmente sensual. Parece que nem fazia de proposito e isso me deixava zonza - O Sr. Urrea já confirmou presença?

- Sim. - Respondi quando e-mail nada formal que Noah me mandou no domingo veio em minha mente. Um "ESTAREI LÁ, MAS QUERIA ESTAR..." em letras maiúsculas seguidos de vários emoticons de bolas de futebol e carinhas chorando.