13.

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O médico me olhava sério, pegou uma cadeira que estava perto e se sentou na minha frente.


- A Senhorita Shivani Paliwal foi um caso diferente - falou e olhou sua prancheta.


- Com-como assim diferente? - solucei apreensivo.


- Era para Shivani, antes da ambulância chegar lá, já estar morta - falou me olhando nos olhos e minhas lágrimas presas caíram.


- Mas, el-ela é for-forte, né? - encostei minha cabeça na poltrona imaginando minha pequena.


- Sim, muito forte - soltou um sorriso - Shivani Paliwal, quando estava mutilando-se, conseguiu acertar uma veia do braço.


- Meu bebê - sussurrei pensando na dor que ela sentiu.


- Ela fez certo, na verdade, MUITO certo - enfatizou o muito - Em estancar o sangue com a toalha, caso não tivesse feito isso, ela não iria resistir.


Suspirei em meio ao choro, ela está bem.


- Como havia perdido muito sangue, ela precisou receber mais sangue - falou e eu olhei preocupado - Fique despreocupado, nós já tínhamos bolsas de sangue do tipo O+, então ocorreu tudo bem - ele sorriu se levantando.


- Ela está acordada? - perguntei e ele negou.


- Ela tomou anestesia na veia e faz com que ela só acorde mais tarde - entregou a prancheta para o enfermeiro - Mas pode ir vê-la e ficar lá até ela acordar.


- Sim - falei concordando freneticamente e ele falou para segui-lo.


- Eu avisei que ela estaria lutando para te ver - o enfermeiro riu para mim e eu concordei limpando as lágrimas.


- É ela lutou - sorri - Para me ver.


[...]


Ao abrir aquela porta e ver minha pequena, com o braço enfaixado, vários fios ligando várias partes de seu corpo, percebi que ela estava usando aparelho respiratório.


- Pequena - fui até ela, derramando minhas lágrimas - O Daddy ficou com tanto medo de te perder.


- Nós iremos sair, caso precise de nós, ou se ela acordar, aperte o botão vermelho - olhei o botão e concordei.


- Perdoa o papai amor - beijei sua bochecha um pouco pálida - Não sei o que eu seria sem você.


Fui até a poltrona que tinha alí e puxei ela para mais perto da caminha dela.


- O papai é um merda - falei e sentei na poltrona segurando a mãozinha dela - O papai não tinha di-direito de gritar com você - fiz carinho em seus dedinho - A culpa é mi-minha por você es-estar aqui - falei soluçando.

Pretty Babygirl|ˢʰᶦᵛˡᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora